Archive for janeiro 2013

Simplicidade

Entra ano, sai ano e sempre procuramos mudar alguma coisa em nossas vidas. Um novo corte de cabelo, uma namorada nova, um sofá novo, ou até um time novo. Tudo bem que a última coisa que citei seja imperdoável, mas acontece.
Nasci e fui criado em Taubaté, cidade dos Bandeirantes e terra do eterno Monteiro Lobato. Amo a cidade, mas principalmente o time que leva o nome do município. Torço para o Burro da Central desde que aprendi a distinguir a faixa branca transversa no tronco dos jogadores, e confesso que nunca foi uma tarefa muito fácil por se tratar de um time do interior de São Paulo. O estado possui quatro grandes times que conquistam títulos frequentemente (um deles não anda tão frequente assim, mas não é assunto para esse momento), e existem percalços no meio dos nossos caminhos que nos fazem sucumbir a tentação desses gigantes do futebol.
No entanto, o Taubaté vai sempre estar ali de braços abertos para poder te receber. É no Joaquinzão, o curral do Burro, que eu me sinto em casa. É o lugar que eu sempre fui com o meu pai desde que era um rabisco de torcedor. É lá que eu me encontro com os meus amigos e xingo uma autoridade sem correr o risco de ser preso. Quer coisa melhor do que isso?
Todos os taubateanos estão "cansados" de saber da gloriosa trajetória do Burro da Central. Sabemos que em 1942, um menino chamado Hugo dos Santos (tão bom quanto o Pelé, diziam os ancestrais) deu ao Taubaté o seu terceiro título de campeão do Interior do Estado de São Paulo. Sabemos que em 1954 o Taubaté conquistou o Campeonato da Segunda Divisão do Estado de São Paulo com um esquadrão que, na edição seguinte, enterrou vários desses gigantes no campo do Bosque. Sabemos que um desses gigantes, o Santos Futebol Clube, pereceu diante do Taubaté, no dia 4 de outubro de 1958, com Pelé e tudo, pelo placar de 3x2. Sabemos que em 1979 o Taubaté conquistou a Divisão Intermediária do Campeonato Paulista (repare como o nome do Campeonato Paulista mudou ao longo do anos), no Parque Antártica, contra o arqui-inimigo São José, por 2x1. É muita coisa, meu amigo!
Porém, a sensação de não ser apenas mais um no meio da multidão é uma das melhores coisas que um time do interior pode lhe proporcionar. Claro, o futebol nem sempre é tão vistoso como aquele que você vê pela TV, mas te garanto: é muito bom sofrer pelo time da sua cidade!
Bom, no sábado, dia 26 de janeiro de 2013, marcou um novo ano para o Esporte Clube Taubaté. O Burrão está com um novo elenco, um novo presidente, uma "nova camisa velha" e uma nova esperança.
Porém, algumas coisas não mudaram. Eu e o meu pai continuamos indo ao Joaquinzão. Continuo xingando as autoridades sem ser preso (coitada da bandeirinha que tanto errou na partida). Continuo revendo os meus amigos lá. E o Taubaté continua vencendo sofrido como sempre fora de costume em sua vida.
Dessas novas esperanças, destaco o volante Serginho, que desempenhou um excelente papel no meio-campo taubateano realizando desarmes precisos e passes que iniciaram jogadas de ataque. Além da qualidade técnica do novo camisa 8, ressalto a presença de John Lennon, que resolveu ressuscitar e virar atacante do Taubaté. O ex-Beatle entrou no segundo tempo e pouco contribuiu com a equipe. Mesmo estando num ambiente chuvoso e úmido, tão parecido com a sua amada Liverpool, o jogador só chamou a atenção pelo nome. Além, claro, de revelar novos comediantes de Stand Up na geral do Joaquinzão.
Graças ao gol de falta do Nenê, eu não saí frustado do Joaquinzão no primeiro jogo do Taubaté no ano. Enquanto o Burro anotava a sua primeira vitória no Campeonato Paulista da Série A3, contra o Guaçuano, eu mantava as saudades de gritar a plenos pulmões um gol do Burro [ainda mais] aos 44 minutos do 2º tempo. São essas as coisas simples da vida aqui no interior que eu jamais abrirei mão. Vamos subir, Burro!!!

Harbaugh Bowl

Sem enrolação, vou começar por onde doeu mais: não deu pro New England Patriots. O time da Nova Inglaterra foi muito mal na partida contra o Baltimore Ravens e perdeu a chance de disputar o Super Bowl pela segunda vez consecutiva. Os Patriotas começaram claudicantes, mesmo anotando um field goal na primeira campanha. Não demorou muito e o Ravens, que hora acertava, hora errava uma campanha, anotou um touchdown. E ficou assim até o finalzinho do segundo quarto quando Tom Brady achou Wes Welker sozinho na red zone e colocou 10x7 no placar.
Se no primeiro tempo o New England fora "chocho", no início da segunda etapa fora pior ainda. Nada dava certo para os Pats e as coisas começavam a se encaixar para os Ravens. A partida degringolou de vez para os donos da casa quando os Ravens anotaram 14x10 numa ótima campanha de Joe Flacco. Os Pats continuaram no marasmo e não conseguiram nada outra vez. Já os Ravens ampliaram o placar para 20x10.
Como se não bastasse as coisas ruins, o ataque de New England cometeu um fumble no campo de defesa. Com uma posição de campo favorável, os Ravens enfiaram 28x10 no placar e quase selaram o jogo.
Quase porque Tom Brady forçou um passe longo na campanha seguinte e fora interceptado. Agora, Ray Lewis vai poder se aposentar no Super Bowl. E a pergunta que não quer calar: será que o New England Patriots perdeu a magia? É difícil dizer, mas acredito que não.
Para justificar o título do post, Harbaugh Bowl, o Niners venceu facilmente o Atlanta Falcons de virada no Georgia Dome. Ok, mas que resposta idiota é essa? Bom, o treinador dos dois times classificados para o Super Bowl são Jim Harbaugh (Ravens) e John Harbaugh (49rs). Sim amiguinhos, teremos dois irmãos na final do Super Bowl, em Nova Orleans!
O jogo deve ser truncado, uma vez que os irmãos Harbaugh são ótimos em montar paredões. A vantagem, ao meu ver, é do 49rs do John. Isso porque o ataque de San Francisco é mais habilidoso, apesar de contar com o rookie Colin Kaepernick como quarterback. Bom, o jeito é esperar o Harbaugh Bowl até o dia 3 de fevereiro para descobrir qual dos irmãos vai deixar a mamãe Harbaugh mais orgulhosa.

Um casamento que tem tudo para dar certo

A notícia de que Pep Guardiola seria o novo treinador do Bayern de Munique, ao término desta temporada, transcorria desde segunda-feira. O boato se confirmou verdadeiro nesta quarta-feira quando o clube bávaro confirmou a contratação do ex-comandante do Barcelona como o predecessor de Juup Heynckes, que vai se aposentar em julho.
Desde o seu divórcio com o Barcelona, Guardiola se reclusou durante 1 ano. Poxa, um treinador que venceu 16 troféus em 4 anos merece um descanso. Estudioso como é, Guardiola deve ter assistido, ao menos, um jogo de cada liga futebolística nesse mundo.
Especulou-se que o catalão assinaria com o Chelsea já no começo desse ano. Mentira. Depois ventilaram o seu nome no PSG. Mentira. Houve até um murmurinho de que ele poderia treinar a seleção do Qatar. Mentira. Seleção Brasileira? Por mais que fosse um sonho dele, os vampiros da CBF jamais aceitariam.
Surgiu então o gigante europeu Bayern de Munique. Um clube tradicional com vários fãs no mundo afora, e que investe pesado nas categorias de base. Os bávaros sempre revelam craques (Schweinsteiger, por exemplo). Além do mais, o Bayern sempre fora um time de futebol refinado, ofensivo e técnico. Assim como fora com o Van Gaal, holandês que deu o primeiro título da Liga dos Campeões ao Barcelona (veem a coincidência?), e o próprio Heynckes, atendo-se apenas aos treinadores deste século.
Pep saiu do Barcelona dizendo que estava à procura de novos desafios. Pois agora ele conseguiu! A Bundesliga, que na minha modesta opinião, é o segundo melhor campeonato europeu para se assistir, atrás apenas da Premier League. Nela não se pode gastar mais do que arrecada, essa medida fora tomada há 10 anos atrás e vem dando ótimos resultados aos clubes. Graças à essa regra da saúde financeira, os clubes necessitam formar jogadores em suas canteiras e rodar o mundo à procura de jogadores bons e baratos que possam gerar lucro no futuro.
Voltando as atenções ao novo casamento de Guardiola, agora com o Bayern, pode-se nesse momento imaginar algumas hipóteses. Pep deve receber em julho um time montado e, provavelmente, campeão alemão. Nesse time, Guardiola terá Manoel Neuer (goleiro que tem a menor média de gols sofridos na Bundesliga), Phillip Lahm (uma potência tanto no ataque quanto na defesa, além de jogar nas duas laterais), Dante (zagueiro brasileiro que é cultuado na Alemanha e, estranhamente, nunca fora convocado), Schweinsteiger (gênio do meio-de-campo), Toni Kroos (tem tudo pra desempenhar o papel de Iniesta nos tempos de Guardiola no Barcelona), Javi Martinez (eterno sonho de consumo de Guardiola nos tempos de Barcelona), Thomas Muller (artilheiro da última Copa), Franck Ribery (habilidoso e taticamente imprescindível), Arjen Robben (craque problemático) e Mario Mandzukic (roubou a posição de titular do Mario Gomes).
Se não bastasse esses excelentes jogadores, o Bayern ainda conta com os jovens David Alaba (jogador austríaco, canhoto, e que joga de lateral, volante e meia), Xherdan Shaqiri (jovem meia-esquerda suíço, que veio para o Bayern de Munique após desempenhar ótima UCL pelo Basel), Luiz Gustavo (volante pindense que joga desde zagueiro até segundo volante) e o Emre Can (jovem volante turco, destaque da última Copa do Mundo Sub-20).
As perspectivas são excelentes para Pep Guardiola. A identificação do treinador que cresceu no Barcelona, onde comprou a ideia dos dirigentes catalães ao montar uma equipe que cultuasse o inveterado tike-taka, facilitou no seu processo de genialidade. Porém, a realidade do Barça é uma história. Lá existe Messi, Xavi, Iniesta e Fábregas, que sempre foram tidos como craques. No Bayern, ainda existe a expectativa de que Schweinsteiger, Toni Kroos, Franck Ribery e Thomas Muller se tornem tão grandes quanto o seu potencial nos leva a crer.
Guardiola não precisa montar um Barcelona dentro do Bayern de Munique para que o seu sucesso seja reconhecido. Os bávaros, com Juup Heynckes, já desempenha um futebol bonito e competitivo. No entanto, ainda falta algo a mais para que o Bayern seja a primadona do futebol mundial. Pode ser a posse de bola massacrante do Barcelona, ou pode ser o Lionel Messi...
Independente disso, Pep pode manter o mesmo esquema tático do time de Munique: o 4-2-3-1. Com Ribery e Robben bem abertos nas pontas e com Muller centralizado no meio, como quase um segundo atacante. Atrás desse trio, a dupla de volantes varia de acordo com o adversário. Na maioria das apresentações, o Heynckes entra com Schweinsteiger e Toni Kroos que dão uma qualidade imensa ao meio-de-campo. O primeiro é unanimidade no time, já o segundo revesa com o brasileiro Luiz Gustavo, ou com o espanhol Javi Martinez quando é necessário marcar o adversário abruptamente.
Caso queira, Guardiola pode mudar o modo de jogar sem alterar o esquema tático vigente. Ao invés de colocar o Schweinsteiger como primeiro volante, Pep pode avançá-lo para segundo volante e colocar o Martinez na contenção. Toni Kroos pode trocar de lugar com Muller, que roubaria a vaga de atacante do croata Mandzukic.
É claro que são apenas suposições. Guardiola pode pedir novos reforços -alguns do próprio Barcelona-, ou talvez utilizar uma dessas coisas que disse acima. Além disso, Pep travará duelos interessantes com Jurgen Klopp, excelente comandante do Borussia Dortmund, e Sami Hyypia, aquele ex-zagueiro do Liverpool que hoje treina o Bayer Leverkusen.
Os desafios serão maiores para Guardiola em sua empreitada na Bundesliga, já que o nível de competitividade do campeonato alemão é maior que do no campeonato espanhol. Mas, pelo pouco que deu para ver do ex-treinador do Barcelona durante esses quatro anos mágicos na terra de Carlos Ruiz Zafón, é que classe e trabalho não faltarão em Munique. Como os alemães são centrados em conquistar objetivos, quem mais ganha com isso são os torcedores do Bayern de Munique e a Bundesliga.

Onde os fracos não tem vez

O final de semana passado, entre 12 e 13 de janeiro, ficará marcado na história do futebol americano. Para quem acompanha a NFL, a promessa era de que Denver Broncos x Baltimore Ravens, San Francisco 49rs x Green Bay Packers, Atlanta Falcons x Seattle Seahawks e New England Patriots x Houston Texans seriam grandes jogos. E foram!
Muita gente, especialistas no assunto principalmente, apostavam ferrenhamente que o Denver Broncos seria o bicho-papão da AFC por causa de um tal Peyton Manning e da temível altitude de Mile High. Tudo bem, isso são fatores primordiais numa partida de playoff, mas algo dentro de mim não conseguia digerir muito bem essa ideia. Gosto da maneira como o Denver joga, mas dá-los vários créditos "apenas" pelo fator Peyton Manning? Acredite, já vi muita coisa acontecer na NFL nesses 10 anos de assiduidade. Apesar da extrema qualidade do Manning, eu nunca tinha visto os WRs de Denver num Pro Bowl, ou ao menos cotados para algo. Claro, Peyton poderia ser a peça que faltava pro ataque funcionar, mas mesmo assim continuava reticente.
Do outro lado jazia o Ravens, um time extremamente cascudo - costumava ter raiva do Ravens pois sua defesa, em especial o mito Ray Lewis, sempre complicava contra o meu time -, dado como favas contadas.
O jogo terminou em 38-35 para o Ravens, numa ótima jornada de Joe Flacco. O jogo fora para a prorrogação duas vezes (caso fosse um jogo de temporada regular, o empate teria sido o segundo na temporada), graças a um erro do herói Peyton Manning, que fora interceptado. Enquanto isso, Ray Lewis vive mais uma partida, se é que ele não enfartou no vestiário após o término dessa partida épica.
Depois do interminável embate entre Broncos e Ravens, havia o duelo entre Niners x Packers. Dois times compactos, sendo que os visitantes (Packers) estavam baleados por causa das inúmeras contusões ao longo da temporada. Apesar do contundente placar de 45-31 para os Niners, o jogo não foi tão fácil quanto diz o placar.
Contundente mesmo foi a partida do rookie Colin Kaepernick, que CORREU para 181 jardas na partida. Isso mesmo, um quarterback CORREU para 181 jardas na partida. Kaepernick mostrou o quão bom é, e o quão azarado o Alex Smith é. Aliás, o Niners é favoritíssimo contra o Atlanta, apesar de jogar no Georgia Dome, justamente por causa do rookie.
Georgia Dome, aliás, foi o palco de outro jogo memorável. Depois de várias tentativas, Matt Ryan perdeu o cabaço nos playoffs! Entretanto, a partida entre Atlanta Falcons e Seattle Seahawks foi um daqueles jogos que dá a impressão de que o perdedor saiu como vencedor.
Por que? Seattle tirou uma diferença de 20 pontos no último quarto do jogo, fazendo-se assim uma virada fantástica. Porém, a turma do excelente Russel Wilson (outro quarterback novato), não contava com a astúcia do ataque de Atlanta que conquistou o field goal da vitória: 31-28. É, Seattle vem fortíssimo para a próxima temporada!
O último jogo dos playoffs da noite ficou por conta do meu time, o New England Patriots. E foi justamente o jogo mais tranquilo dos playoffs. Tom Brady desfilou toda a sua técnica milenar contra JJ Watt, e comandou com maestria a conquista da vaga. Porém, nem tudo são flores. Rob Gronkwoski quebrou o braço novamente e ficará de fora até o final dos playoffs. Além disso, existem pontos à serem considerados neste duelo.
O primeiro ponto: a facilidade do New England em dominar a partida rapidamente. No futebol americano, o time que possui um quarterback muito acima da média geralmente marca muitos pontos. Os Pats marcam pontos demais! A facilidade em dominar o jogo provêm da alta gama de variações no gameplay elaborado por Josh McDaniels, coordenador de ataque. Tom Brady, sempre sabe o que fazer.
O segundo ponto: a melhora na defesa de New England. Eu cansei de xingar o sistema defensivo do New England desde a saída do Teddy Bruschi. Hoje, com os novatos Dont'a Hightower e Chandler Jones, aliados ao excelente e megatônico Vince Wilfork, formam uma linha defensiva ligeira. Quem diria, ao contrário do ataque, a defesa de New England era muito lenta.
O terceiro ponto: Matt Schaub e sua sina nos jogos decisivos. Depois da surra sofrida contra o próprio Patriots, Houston não foi mais o mesmo. Melhor, Matt Schaub não foi mais o mesmo. É impressionante a fragilidade do quarterback em momentos decisivos.
O último ponto: New England reaprendeu a correr. Um time que teve Lawrence Marroney como running back há pouco tempo não poderia ter desaprendido a correr. New England encontrou nos jovens Shane Vereen (anotou 3 touchdowns na vitória por 41-28) e Stevan Ridley a chave do sucesso.
Infelizmente a temporada está acabando. No próximo final de semana teremos as finais de conferência da NFC e da AFC. No sábado, Atlanta Falcons enfrenta o San Francisco 49rs no Georgia Dome, em Atlanta. E no domingo, o repeteco da temporada passada entre New England Patriots e Baltimore Ravens acontece no Gillette Stadium, em Foxborough. Que essa temporada seja eterna enquanto dure!

Bradford e Swansea, os novos queridinhos da Inglaterra

O que o Bradford City Association Football Club e o Swansea City Association Football Club têm em comum além das nomenclaturas? Simples! Ambos estão bem próximos de uma classificação para disputar a final da Capital One Cup, antiga Carling Cup, em Wembley. Outra coincidência relevante com relação as duas equipes é o fato de nenhuma delas ter sido apontada como candidata à taça de campeão, especialmente o modesto Bradford.
Considerado um time novo para os padrões ingleses, o Bradford City foi fundado em 1903, na cidade que leva o nome do clube. Comumente chamado de The Bantams, quem em português seria "Os Brigões", é uma homenagem ao mascote do clube, o galo. Fazendo a analogia, o Bradford é um "Galo de Briga" das famosas rinhas de galo, um costume inglês bastante presente nos séculos XIX e XX. Os Bantams tem como rivais o local Bradford Park Avenue A.F.C (atualmente na sexta divisão), e os da região de Yorkshire que são o Huddersfield Town e o Leeds United, ambos da segunda divisão. Os dois últimos formam junto com o Bradford o tradicional West Yorkshire Derby.
Atualmente, o Bradford City encontra-se na sétima colocação da League Two, equivalente a quarta divisão inglesa, com 11 pontos atrás do líder Gillingham. A colocação do Bradford na League Two lhe dá a oportunidade de disputar com outros três clubes (Cheltenham, 4º; Exeter City, 5º; Southend United,6º) os playoffs para última vaga de acesso à League One (terceira divisão).
Mesmo com esse cartel pra lá de modesto, os Bantams possuem quatro títulos oficiais em seus 109 anos de história: 1 FA Cup (1910/1911), 1 Championship (1907/1908) e 2 League One (1928/1929, 1984/1985).
No entanto, o que mais chama a atenção neste modesto, porém tradicional, clube é a campanha nesta edição da Capital One Cup, onde ele eliminou nada mais nada mesmo que o Arsenal, nas quartas-de-final, durante as cobranças de pênalti por 3x2 após empatar no tempo normal por 1x1. Antes de enfrentar os Gunners, os Bantams eliminaram o Notts County (clube mais antigo do mundo) por 1x0 na prorrogação pela 1ª fase. Na 2ª fase, eliminaram o Watford (clube para o qual Elton John torce) por 2x1 no tempo normal. Na 3ª fase, o Bradford eliminou o Burton Albion por 3x2, também no tempo normal. Já na 4ª fase, o clube eliminou o Wigan, da primeira divisão, por 4x2 nos pênaltis após empatar por 0x0 no tempo normal.
Agora, nas semi-finais, os Galos de Briga enfrentam o Aston Villa que está sendo ameaçado pelo rebaixamento na Premier League (16° lugar). No jogo de ida, em seu estádio, o Coral Windows Stadium, o Bradford venceu o Villa por 3x1 (McHugh, McArdle e Wells; Weimann), e pode perder por até 1x0 no jogo da volta, no Villa Park, em Birmingham.
A confiança na conquista da vaga para a final em Wembley é altíssima na pacata cidade de Bradford. Os herois da cidade mantém-se calados, porém, é evidente a ansiedade pelo momento, haja visto a atmosfera que foi no jogo contra o Aston Villa, no jogo de ida.
Já o Swansea, o clube galês da cidade que leva o nome, é um pouco mais famoso. Fundado em 1912 como Swansea Town, os Cisnes, como são chamados, disputa a Premier League desde a temporada passada. Eles tem 4 títulos oficiais, assim como o Bradford. Os galeses conquistaram 2 Jonhstone's Paint Trophy (1993/1994, 2005/2006), 1 League One (2007/2008) e 1 League Two (1999/2000).
Porém, o burburinho que o Swansea vem gralhando deve-se ao ótimo desempenho nas duas competições que vem disputando. O resultado dessas duas belas campanhas deve-se ao bom elenco montado pra esta temporada.
A força do elenco é fundamentada nos espanhóis, pouco conhecidos, mas extremamente eficientes. Para essa temporada foram contratados os defensores Chico e Angél Rangel, o meio-campo Pablo Hernández, ex-Valencia, e o atacante sensação, Michu, autor de 13 gols em 20 jogos na Premier League.
Michu nunca fora um destaque no futebol espanhol. No entanto, atuando pelo Rayo Vallecano na temporada passada, o atacante de 1,90m fez 15 gols em 37 partidas disputadas na La Liga. O sucesso do camisa 9 é tanto que o seu nome já está sendo especulado em grandes clubes europeus, tal como o Paris Saint-Germain. O seu nome já foi especulado também no Zenit, que teria oferecido £$55 milhões ao Swansea.
Entretanto, não é apenas o sotaque espanhol que faz valer o Swansea. Jogadores que eram desconhecidos, até então, vêm fazendo a diferença. Esses são os casos de Nathan Dyer e Danny Graham, o segundo é o vice-artilheiro da copa com 3 gols anotados.
Na Premier League, os galeses ocupam a 9ª colocação, afrente de clubes mais tradicionais como West Ham (11ª), Newcastle (15ª) e Aston Villa (16ª). Já pela Capital One Cup, por ser um clube da Premier League, os Cisnes estrearam na 2ª fase onde eliminaram o Barnsley por 3x1. Na 3ª fase, eles eliminaram o Crawley Town por 3x2. Pela 4ª fase, o Swansea protagonizou uma vitória incontestável diante do Liverpool, em Anfield Road, por 3x1. Já nas quartas-de-final, o clube venceu o Middlesbrough por 1x0, no Liberty Stadium.
Agora, pelas semi-finais, o Swansea venceu o endinheirado Chelsea por 2x0 em pleno Stamford Bridge, no jogo de ida. Podendo perder por até 1x0, os Cisnes tem no Liberty Stadium a sua fortaleza como o trunfo para assegurar a vaga.
Caso o Swansea consiga a sua vaga para a final, em Wembley, o clube galês poderá igualar o feito do seu maior rival, o Cardiff City. Na edição passada, o time da cidade de Cardiff enfrentou o Liverpool num jogo extremamente emocionante, onde o zagueiro Ben Turner empatou o jogo em 2x2 aos 118 minutos da prorrogação. Na disputa de pênaltis, o Liverpool levou a melhor e venceu por 3x2.
Devido a boa vantagem que Bradford City e Swansea City possuem não é nenhum delírio imaginar uma final composta por esses dois "azarões" em Wembley. Com dois belos uniformes, especialmente o do Bradford, a simpatia pelos clubes é muito grande.
Quem não deve estar gostando muito é o pessoal da Capital One, que pagou uma fortuna aos chefões da liga inglesa para patrocinar a competição visando a exposição com os gigantes ingleses numa final para o mundo inteiro ver. Após nove temporadas, a liga desvinculou da fábrica de cervejas britânica, a Carling, os naming rights na temporada passada.

Ravens e Seahawks garantem vaga na próxima rodada dos Playoffs

Na primeira partida do Wild Card deste domingo, o Baltimore Ravens derrotaram o Indianapolis Colts por 24 a 9, no M&T Bank Stadium, em Baltimore. Os Corvos enfrentarão o Denver Broncos, na altitude de Denver no próximo domingo, em Mile High.
Um jogo que prometia altas cargas de emoção acabou não se traduzindo em campo. Em uma participação opaca do quarterback rookie Andrew Luck, pelo Colts, e da aparição irregular do quarterback Joe Flacco, pelo Ravens, fez com que o primeiro tempo fosse abaixo das expectativas.
O primeiro ponto da partida aconteceu apenas no segundo quarto, quando Justin Tucker, kicker do Ravens, colocou 3 a 0 no placar. Adam Vinatieri empatou para o Colts logo na campanha seguinte com outro field goal.
Ao final do segundo período, Flacco arregaçou as mangas e mandou um passe de 47 jardas para Ray Rice anotar uma corrida que botou os Ravens na porta de red zone. Vonta Leach, full back mais bem pago da NFL, anotou o touchdown para o time de Baltimore que deixou o placar em 10 a 3. No entanto, Vinatieri anotou um field goal para os Colts a 3 segundos do intervalo deixando a partida em 10 a 6.
Na volta do intervalo as coisas melhoraram para o duelo. Os Ravens voltaram com tudo do vestiário e, especialmente, Joe Flacco. O quarterback encontrou Dennis Pitta livre na end zone para anotar o touchdown. Em seguida, após belo desempenho da defesa do time da casa, os Colts tiveram que se contentar com outro field goal anotado por Vinatieri, deixando em 16 a 9.
Entretanto, no último quarto, Joe Flacco encontrou Anquan Boldin livre na end zone que acabou anotando o touchdown da redenção, deixando o placar em 24 a 9. Além da alegria pela classificação, os fãs dos Ravens puderam comemorar a permanência do lendário linebacker Ray Lewis por mais uma partida. Lewis anunciou durante a semana que esta é a sua última temporada. Para os Colts ficou o gosto da superação, apesar da derrota, e da esperança no prodígio quarterback Andrew Luck.

Na segunda partida do Wild Card deste domingo, Washington Redskins e Seattle Seahawks se enfrentaram no FedEx Field, em Landover, D.C. O quarterback calouro Robert Griffin III, mais conhecido como RGIII, contrariou as expectativas e foi para o jogo com uma proteção no joelho direito. Os Peles Vermelhas começaram muito bem o primeiro quarto e abriram 14 a 0 sem dó nem piedade dos Seahawks.
Entretanto, no que indicava mais uma partida "sem sal", ganhou ares de emoção após constatarem que RGIII se lesionara na campanha em que os Redskins anotaram o décimo quarto ponto. Devido a lesão, e a notável melhora no desempenho da defesa de Seattle, o time visitante resolveu jogar bola.
Outro quarterback calouro, Russell Wilson, chamou a responsabilidade para si e começou a mudar as rotas do ataque. Uma dessas mudanças, a mais óbvia: Marshawn Lynch. "A Besta" mudou o jogo a favor do Seahawks.
Conquistando várias jardas terrestres com a força da "Besta", Seattle anotou dois field goals e um touchdown (Michael Robinson) que deixou os visitantes a um ponto dos donos da casa até o intervalo. Na volta, passamos o terceiro quarto inteiro vendo um festival de punts. Isso mesmo, ninguém pontuou nesse período.
Anexado ao jogo, havia outra situação que dava emoção ao jogo: a contusão agravada de RGIII. Totalmente avariado, o calouro de Washington não conseguia desempenhar nem 50% do seu potencial. Era triste vê-lo todo robotizado em campo e, mais triste ainda, a falta de confiança do head coach Mike Shanahan ao preterir Kirk Cousins, reserva de RGIII.
Após passar o terceiro quarto inteiro sem pontuar, o placar finalmente foi alterado na metade do último período. Marshawn "The Beast" Lynch anotou o touchdown mais sensacional do Wild Card numa corrida de 27 jardas com direito a vários tackles quebrados. Depois de uma bela chamada do head coach Pete Carroll, os Seahawks trocaram o extra point pela conversão de dois pontos, e conseguiram com Zach Miller.
Se não bastasse a diferença de um touchdown no placar (21 a 14), algo terrível acontecera para os fãs de Washington: após um snap horrendo do center Will Montgomery, RGIII foi atropelado pela blitz do Seahawks. A lesão, que já era enorme, tirou o calouro de jogo. Mike Shanahan poderia ter evitado isso se...
Seattle teve a chance de matar o jogo, porém, o ataque ficou apenas com um field goal e acabou dando um suspiro para os Redskins. Com Kirk Cousins em campo, que até tentou alguma coisa, mas acabou sendo engolido por outra blitz da defesa de Seattle resultando em um fumble. O placar de 24 a 14 deu ao Seattle Seahawks a oportunidade de enfrentar o Atlanta Falcons por um lugar na final da NFC.

Deu a lógica: Texans e Packers avançam no Wild Card

Na reedição do Wild Card da temporada passada, Houston Texans e Cincinnati Bengals se enfrentaram no Reliant Stadium, casa dos Texans. Assim como na temporada passada, os Texans venceram, só que dessa vez vão enfrentar o New England Patriots, no Gillette Stadium, em Foxborough.
O time de Houston venceu pelo placar de 19x13, num embate marcado pelos Field Goals (4 do Texans e 2 do Bengals). Fato esse que indica a fraca performance dos quarterbacks, especialmente do debutante em Playoffs, Matt Schaub, que não teve uma aparição destacada no cotejo. Schaub foi interceptado (o retorno de Leon Hall resultou em um touchdown dos Bengals) e anotou apenas um passe para touchdown.
O destaque do time texano ficou para o running back Arian Foster, recordista de touchdowns na temporada. Foster deu a segurança para o Texans que Matt Schaub não conseguia. O primeiro touchdown dele, e ocasionalmente do Texans, saiu com apenas 4:29 do terceiro quarto.
Devido ao fraquíssimo desempenho do ataque de Cincinnati, e a partida exemplar do craque JJ Watt na defesa, os Bengals pereceram e quase não ameaçaram a red zone adversária.

Na segunda partida da noite, o clássico entre Green Bay Packers e Minnesota Vikings, no Lambeau Field, em Green Bay, tinha tudo para ser tão emocionante quanto a última partida da temporada regular. No entanto, uma notícia que pegou todos de surpresa acabou mudando os rumos da partida: Chris Ponder, quarterback do Vikings, estava inativo devido a uma lesão no cotovelo direito.
Sem o seu principal jogador, ao lado do running back Adrian Peterson, os Vikings virou presa fácil para os Packers em sua gélida casa. O substituto de Ponder, Joe Webb, foi um wide receiver em quase toda a carreira, algo que não seria capaz de animar muita gente... E de fato Webb não animou nem a própria equipe, mesmo dando passe para Michael Jenkins anotar um touchdown no final da partida.
Do outro lado, o time da casa contou com uma partida inspirada do quarterback com o melhor rating da NFL (104.9), Aaron Rodgers. O camisa 12 de Green Bay terminou a partida com 274 jardas e 23 passes corretos de 33 tentativas. Outro grande nome de Green Bay foi o full back John Kuhn, que anotou dois touchdowns na partida.
Com as rotas de ataque bem variadas, os Packers mastigaram o Vikings como quiseram. A decepção, mesmo que involuntária, ficou para Adrian Peterson, segundo running back com  mais jardas na história da NFL na temporada regular. Sem Ponder, Peterson ficou perdido nas chamadas do substituto Joe Webb. Mas, mesmo com esse empecilho, o candidato a MVP da temporada, anotou 99 jardas na partida. O final da partida teve o placar de 24x10 para Green Bay.
Agora o Packers vai precisar mostrar toda a sua força num choque que extrapola tradição. O time sai de sua casa, na gelada Green Bay, para enfrentar o San Francisco 49rs, no Candlestick Park. Tal partida tem tudo para ser um dos melhores enfrentamentos da história da NFC.

Quebra de tabus e incertezas, de 2012 para 2013

Antes de começar a destrinchar sobre o título da postagem, acho prudente explicar o nome do blog (caso alguém não tenha lido e entendido a descrição abaixo do título) logo na postagem de estréia. Trama Futebol Clube trata-se de um conjunto de fatos e histórias sobre os dois tipos de "futebois" mais conhecidos no mundo: o futebol e o futebol (football) americano, meus dois esportes favoritos. Por que fazer um blog com esses dois temas, invés de um específico para cada? Simples, apesar de um ter a bola oval e o outro uma redonda, os dois "futebois" são muito parecidos e interligados. Além do mais, algumas agremiações do "futebol da bola redonda" possuem times de futebol americano, casos do Santos Tsunami, Corinthians Steamrollers e Palmeiras Locomotives, por exemplo. Como no Brasil, apesar da crescente difusão, o futebol americano ainda é visto com certo preconceito, achei interessante juntar os dois num só veículo de comunicação com o intuito de exterminar esse preconceito chato e latente.


Em 2012 muito se falou e pouco se concretizou quando o assunto era futebol. Uma estigma percorria principalmente os clubes de São Paulo, que começou com o futebol decadente e chocho do Santos, que após sonora saraivada do Barcelona no Mundial de Clubes, conquistou o tricampeonato paulista contra o fraco Guarani. Envolto em problemas administrativos da diretoria, que foi do céu ao inferno em 3 anos, o Peixe foi logo descartado das disputas mais acirradas do restante do calendário, com exceção da conquista da Recopa Sulamericana contra a Universidad de Chile.
A maior surpresa do ano, apesar de ter sido fruto de um trabalho duradouro e bem planejado, o Corinthians conquistou incontestavelmente a Libertadores e pôs fim as gozações dos rivais. A antítese do que foi o Santos, o Corinthians manteve a filosofia do Tite e orquestrou um time que ataca e defende da melhor maneira possível, tanto é que conquistou, também de forma merecida, o Mundial de Clubes contra um Chelsea anêmico.
Quem mais sofreu foram os palmeirenses, que foram iludidos com o título da Copa do Brasil e terminaram o ano com a chaga do segundo rebaixamento para a Série B em sua história. Não que o título não tenha sido legítimo, mas, involuntariamente, fez com que o torcedor palestrino supervalorizasse uma equipe fraca e sem muitos predicados, além da bola aérea instaurada e juramentada por Felipão. Se teve alguma coisa boa para o Palmeiras, essa "coisa" é Gilson Kleina.
Já o São Paulo teve um ano atípico, onde teve que esperar todos os outros três rivais paulistas conquistarem os seus títulos para enfim erguer a sua taça. Ganhou a Sulamericana, tão desdenhada pelos brasileiros, num jogo polêmico contra o Tigre-ARG. O entrevero dentro do vestiário do Tigre, misteriosamente, ainda não foi explicado.
Está quase claro que para 2013, dentre os paulistas, Santos e Palmeiras precisam urgentemente reformular os seus elencos mesmo com pouco dinheiro em caixa. O Santos gastou R$ 16 milhões por Montillo, ex-Cruzeiro. O preço é muito salgado, mas para quem urgia por um camisa 10, a diretoria se viu sem rumo senão pagar (com ajuda do Banco BMG) essa quantia à direção da Raposa.
Já o São Paulo e o Corinthians não tem muito com o que se preocupar nesse quesito, mas o Corinthians resolveu "pagar o Pato" e tirar R$ 40 milhões no jogador. Esse é aquele típico momento em que a ideia é tão louca que pode dar certo.
O Fluminense conquistou o Brasileirão sem fazer muito esforço. Mesmo sendo beneficiado com os problemas da arbitragem, o Flu conquistou o nacional com três rodadas de antecedência, mostrando o quanto era superior aos concorrentes diretos: Atlético-MG e Grêmio.
Já o Flamengo se preocupou mais com as confusões armadas pela presidenta Patrícia Amorim do que com o clube em si. O Botafogo ameaçou buscar algo a mais nessa edição do Brasileirão, mas acabou apenas com a medalha de honra ao mérito. O que mais preocupa é o Vasco, time que parecia ter se reestruturado após o descenso, e quase promulgado com a conquista da Copa do Brasil de 2011, porém, começou uma tragédia grega no final do ano de 2012 e que tem tudo para piorar em 2013 depois das saídas de Juninho Pernambucano e Fernando Prass, além do afastamento do Felipe.
Cruzeiro, assim como o Internacional, também foram bons figurantes no Brasileirão, algo que deve ter irado a torcida desses dois grandes clubes brasileiros.
O mercado de transferências vai tomar toda a atenção do clubes brasileiros até que comecem os estaduais. Muitos clubes brasileiros precisam (e muito) ficar atentos ao mercado inflacionado. Mesmo com multas contratuais pesadíssimas e gastos absurdos em jogadores que são rotulados como "apostas", o mercado brasileiro vai pegar fogo.
Como o calendário na Europa é "invernal", vou me ater ao que está acontecendo nesta temporada 2012/2013, onde o Messi bateu o recorde de gols (91 em 2012), onde o Chelsea e o Manchester City foram eliminados na fase de grupos da Champions League, onde o Manchester United nada de braçada na Premier League, na Juventus que lidera o Calccio e o crescimento da Bundesliga (Campeonato Alemão) que são destaques dignos de falar.
Já no futebol americano, onde a temporada é similar ao calendário do futebol europeu, o semestre começou pegando fogo. O atual campeão do Super Bowl, New York Giants, caiu fora antes dos playoffs. Os Giants foram mal no jogo terrestre, contaram com um Eli Manning pouco inspirado (fato que não aconteceu em 2011/2012) no jogo aéreo, contaram com a contusão do running back Ahmad Bradshaw, e a transferência do wide receiver Mario Manningham para o San Francisco 49rs.
Aliás, o time de San Francisco (11-4-1), apesar de claudicante, tem uma defesa quase intransponível e um ataque forte. Porém, há uma incerteza no ataque, e é justamente na posição de quarterback, atualmente ocupada pelo novato Colin Kaepernick. Aliás, a NFC (National Football Conference), notavelmente mais forte, está extremamente acirrada com o Niners e os Falcons em grande fase.
Já na AFC (American Football Conference), a disputa por um lugar no Super Bowl deve ser entre o Denver Broncos (13-3) da fênix Peyton Manning, e do New England Patriots (12-4), do antagônico Tom Brady. O Houston Texans, que começou em chamas, parece ter sentido um pouco a inexperiência da franquia em jogos decisivos apesar de contar com um time jovem, forte e agressivo. Os Texans (12-4) enfrenta os Bengals (10-6) no Wild Card (repescagem).
A surpresa da temporada, na ocasião, foi a classificação do Indianapolis Colts (11-5), do novato Andrew Luck, para o Wild Card contra o Baltimore Ravens (10-6). 
O Wild Card da NFC é composto pelo Minnesota Vikings (10-6), do surpreendente Chris Ponder e do candidato a MVP (Most Valuable Player), o running back Adrian Peterson - que se tornou o segundo maior running back com jardas corridas na temporada regular na história da NFL -, e Green Bay Packers (11-5), que começou bem, depois decaiu com as contusões, e que está dependendo muito da fase do quarterback Aaron Rodgers.
Na outra chave do Wild Card acontece o duelo entre o surpreendente Seattle Seahawks (11-5), e Washington Redskins (10-6), do quarterback novato Robert Griffin III (ou simplesmente RGIII).
A disputa do Wild Card começa nesse final de semana. No sábado, dia 5 de janeiro, o clássico entre Vikings e Packers, no Lambeau Field, em Green Bay. No mesmo dia, Bengals e Texans se enfrentam no Reliant Stadium, em Houston.
No domingo, Seahawks e Redskins se enfrentam no FedEx Field, em Landover, casa dos "Peles Vermelhas". No mesmo dia, Colts x Ravens, batalham no M&T Bank Stadium, em Baltimore.

Espero que após esse relatório flutuante que fiz seja digno de 2012, e que inspire todas essas agremiações dos "futebois" para protagonizarem espetáculos inesquecíveis em 2013.

PS: Só falarei sobre o maior time de todos, o Esporte Clube Taubaté, depois da Copa São Paulo de Juniores. Até lá, só times que você vê pelo sofá!

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