Archive for fevereiro 2013

O rei da Nova Inglaterra

A dor da eliminação nos playoffs para o Baltimore Ravens foi completamente dissipada do coração azul/prata/vermelho dos torcedores do New England Patriots. O motivo? Bom, antes de explicar o motivo, vamos dizer que o New England Patriots estava planejando uma renovação de contrato com a sua maior estrela, Tom Brady.
Desde a eliminação, o assunto principal que percorria os bairros e jornais de Boston era a renovação do contrato da superestrela da franquia. Entretanto, os Pats tinha um teto salarial muito grande, algo que poderia prejudicar na formação da equipe para a próxima temporada. Tom Brady, antes da reunião de renovação, tinha um acordo que lhe garantia 30 milhões de dólares para as próximas duas temporadas.
Agora o motivo de tanta alegria para os torcedores do New England Patriots: Tom Brady renovou com o New England Patriots por 27 milhões de dólares para os próximos três anos! Isso significa que o time da Nova Inglaterra vai "abrir" 15 milhões de dólares a mais no teto salarial da equipe.
Esse número é excepcional para a franquia, pois, além de possibilitar a renovação de contrato de alguns jogadores importantes da equipe que serão free agents nessa janela (Wes Welker, Aqib Talib e Sebastian Vollmer), os Pats poderão se reforçar com free agents de outros clubes e assinar contrato com ótimas promessas no draft que acontece em julho.
Apenas nesse ano, o Patriots tem o direito de gastar cerca de 25 milhões de dólares com free agents. Considerando que há vários jogadores importantes de outras equipes que encontram-se nessa situação contratual para essa janela (Mike Wallace, do Pittsburgh Steelers, por exemplo), além de que o mercado de rookies deste ano tem tudo para ser o mais prolífico da história, essa "folga" no orçamento da equipe não poderia vir em uma hora melhor.
Tom Brady se desfez de um contrato em que ele poderia ganhar muito dinheiro (mesmo tendo ganho um bônus de 30 milhões de dólares por aceitar essa redução salarial que será dividido em dois anos) para ajudar o clube onde é um ícone, uma bandeira, um rei.
Muito se fala de sua vida particular (especialmente das belas mulheres que passaram por sua vida), de sua sorte em trabalhar com Bill Belichick, de ter sido escolhido na OITAVA rodada do draft e hoje ser um superastro. Por isso, Tom Brady, assim como o New England Patriots, é uma das personalidades mais odiadas nos EUA.
No fundo, todos sabemos que isso não passa de uma rixa agregada ao ódio quase sublime contra a franquia mais "cruel" da NFL. Tom Brady possui três Super Bowls, nove indicações para o Pro Bowl, duas vezes MVP do Super Bowl (XXXVI e XXXVIII), líder em passes para touchdown em toda história da franquia, quarterback mais rápido no pocket na história da NFL, quarterback com mais vitórias em playoffs na história da NFL (17 no total, superando Joe Montana), maior rating da NFL, segundo QB com maior sequencia de touchdowns na história da NFL e Gisele Bundchen como esposa. Precisa de mais recordes? Eu acho que não!
Tom Brady merece um contrato bem mais gordo do que já recebe e do que vai abrir mão de receber nos próximos anos. Porém, existe algo que Thomas Edward Brady gosta mais do que dinheiro e mulheres bonitas: Super Bowls. E pra conseguir a sua sexta participação no momento mais epopeico dos esportes americanos, como em uma de suas jogadas de no huddle, Brady abriu mão do dinheiro para fortalecer a sua equipe.
Bill Belichick vai ter todo tempo e dinheiro para conseguir montar um esquadrão tão forte quanto aquele dream team de 2007 que passou perto da temporada perfeita. Ainda é muito cedo para fazer previsões, mas o meu palpite é de que a defesa deve ser aprimorada ainda mais.
Se existia alguma dúvida com relação ao rei da Nova Inglaterra, essa demonstração de companheirismo calou todos os críticos de um dos maiores quarterbacks da história desse esporte. Se não bastasse toda a sua elegância no gramado, Tom Brady mostrou-nos que é um baita companheiro de equipe.
Ah, o novo contrato do "senhor Bundchen" equivale até os 39 anos. Atualmente, Brady tem apenas 35 anos, idade que é considerada o período perfeito para os QBs. A atitude altruísta de Tom Brady mostra que o New England Patriots vai vir babando para próxima temporada após decepcionar a torcida nos momentos decisivos. É bom as outras franquias abrirem os olhos, porque o camisa 12 está sedento!

As pérolas da Libertadores

A Copa Libertadores sempre foi um torneio fantástico de se assistir. Outrora ignorado pelos brasileiros, hoje é uma obsessão para a maioria deles devido ao sucesso do São Paulo na década de 1990. Excluindo essa recente perseguição alucinada dos clubes brasileiros ao título da Copa, existe um realidade que os times brasileiros ainda não enxergaram muito bem: o mercado sulamericano.
Notoriamente com poder financeiro superior, os times brasileiros pouco investem nos bons valores dos "vizinhos" latinos. Com exceção do caso Montillo, contratado pelo Cruzeiro após grande jornada do argentino pela Universidad de Chile na Libertadores de 2010, é quase nula a investida de clubes brasileiros aos jogadores sulamericanos.
Antes de começar a Libertadores deste ano, resolvi elaborar uma pequena lista com jogadores de até 27 anos (idade de Montillo quando fora contratado pelo Cruzeiro) que poderiam ser boas opções, ou até grandes promessas de revenda, para os clubes brasileiros. Eis a lista:

Eugenio Mena - O lateral-esquerdo da Universidad de Chile é chileno, tem 24 anos e também pode jogar como meia-esquerda. Mena recentemente foi procurado pelo Santos e quase se transferiu para jogar ao lado de Montillo pelo time da Vila. Além de forte na marcação, o lateral tem faro de gol: marcou 4 gols pela La U em 2012. Mena é recentemente convocado para a seleção nacional.

Charles Aránguiz - O meia de 23 anos, também da Universidad de Chile, é um achado do futebol. O chileno começou a carreira no Cobreloa e depois se transferiu para o Colo Colo e Quilmes (ARG). Dotado de uma excelente perna direita, o meia é responsável por todas as jogadas de bola parada da La U, além de ter uma visão de jogo excelente. O estilo de jogo de Aránguiz é bem parecido com o do Jadson, meia são-paulino.

Gustavo Lorenzetti - Outro meia da La U, porém, Lorenzetti joga pela esquerda. O argentino de 27 anos fora contratado pela Universidade de Chile para suprir a saída de Montillo para o Cruzeiro, em 2010. Desde então, Lorenzetti vem sendo o cérebro do time chileno. As maiores qualidades de Lorenzetti é o passe e o chute de longa distância. Apesar de ter 27 anos, o argentino cairia muito bem em qualquer equipe brasileira.

Sebastián Ubilla - O jovem atacante de 22 anos foi contratado pela Universidad de Chile do Santiago Wanderers (clube de empresários) pouco antes da Libertadores passada. Ubilla é incrivelmente rápido e letal, o que lhe permite marcar muitos gols (tanto é que marcou dois gols na estréia dessa edição da Libertadores). Devido aos seus predicados, é bem provável que clubes do exterior cresçam o olho pra cima do jovem chileno.

Gino Peruzzi - O polivalente defensor do Vélez Sarsfield ganhou destaque na mídia sulamericana por ter parado Neymar na edição passada da Libertadores. O alvoroço é justo não só pela qualidade na marcação e na polivalência, mas também pela juventude do garoto. Peruzzi tem apenas 20 anos, e é titular do Vélez desde os 18 anos. O argentino sabe jogar como lateral-direito, zagueiro e volante.

Fernando Tobio - O zagueiro parrudo de 23 anos do Vélez está acostumado com a pressão de ser o xerife da zaga do Fortín desde os 21 anos. Tobio é o típico zagueiro argentino: é seguro, forte e muito bom no jogo aéreo.

Augustín Allioni - A mais nova pérola argentina atende pelo nome de Allioni. O camisa 21 do Vélez tem apenas 18 anos e já é titular do Fortín. Rápido, incisivo, driblador e veloz, Allioni lembra muito o futebol de Maximilliano Morález, ex-Vélez e Racing.

Facundo Ferreyra - Vélez é um clube que revela muitos jogadores de futuro promissor. A nova aposta, além de Allioni, é Facundo Ferreyra, atacante argentino de 21 anos. Apesar da infelicidade de ter marcado um gol contra na estréia do Vélez contra o Emelec, que ocasionou a derrota do Fortín, Ferreyra é muito bom jogador. Rápido e dotado de um potente chute de perna direita, Facundo é presença constante nas seleções de base da Argentina.

Guillermo Burdisso - Irmão mais novo de Nícolas Burdisso, Guillermo é o comandante da defesa do Boca Juniors nessa Libertadores. Jovem de apenas 24 anos, Burdisso já passou pela Roma enquanto o seu irmão mais velho estava por lá. O zagueiro argentino, ao contrário do seu irmão, é alto e bom cabeceador. Apesar de ser lento, Burdisso conta com um bom tempo de bola na hora dos desarmes.

Sánchez Miño - Juan Manoel Sánchez Miño, o talismã Xeneize, joga como volante e como meia-esquerda. Sánchez Miño tem apenas 23 anos e finalmente ganhou sua oportunidade no time titular do Boca com a chegada de Carlos Bianchi. Canhoto, Miño bate muito bem na bola, além de ser um jogador extremamente raçudo.

Lucas Viatri - O "novo Palermo", como é conhecido Lucas Viatri, reveza entre titular e reserva no Boca. Entretanto, o atacante de 25 anos, tem uma capacidade de reter a bola e fazer o pivô igual ao velho e famoso Palermo. Viatri já foi oferecido ao Santos, que não conseguiu a sua contratação por contar com 3 argentinos em seu elenco. Apesar da idade, Viatri seria uma boa adição aos clubes brasileiros por se tratar de um matador.

Marcos Cáceres - Cáceres, paraguaio de 26 anos é o xerife da zaga do Newell's Old Boys, da Argentina. O paraguaio é daqueles defensores que fazem qualquer função que o treinador pedir lá atrás, tanto na lateral quanto no miolo. Cáceres é muito forte na marcação, além de experiente.

Ignácio Scocco - Sim, é AQUELE Scocco do BRASFOOT! Esse jogo de futebol para computador era muito famoso entre os garotos no começo deste século. Scocco, além de virtualmente bom, é muito eficiente na vida real também. O atacante argentino já tem 27 anos, mas a sua contratação seria bem-vinda em qualquer clube brasileiro. Scocco é letal dentro da pequena e grande área, pois é um jogador que bate muito bem na bola e se posiciona melhor ainda. Esse jogador encontra-se em período de empréstimo aos Leprosos (Newell's) pelo Al Ain (EAU). Scocco anotou 13 gols no Torneo Inicial, com média de 0.76 gols por partida, e quase ajudou o seu time a ser campeão.

Harrison Otalvaro - Otalvaro é um meia-atacante de 26 anos que atua pelo Club Desportivo LOS Millonarios (COL), e vai enfrentar o Corinthians na fase de grupos da Libertadores. Otalvaro já deu trabalho a outros clubes brasileiros no ano passado. O meia ajudou o Millonarios a derrotar Palmeiras e Grêmio na Sulamericana de 2012. Inteligente, preciso no passe e bom chutador, Otalvaro seria uma aposta interessante numa posição difícil para muitos clubes brasileiros.

Erick Moreno - Atacante, 21 anos, colombiano e que defende o Millonarios também. Moreno é rápido e finalizador. O jovem atacante faz o "trabalho sujo" para Rentería, ex-Internacional e Santos, apesar de ser muito mais eficiente para o grupo do que o "Saci do Beira-Rio".

Fidel Martinez - O torcedor do Cruzeiro certamente se lembra do jovem jogador franzino recém-chegado do Independiente (EQU) chamado Martinez. Tratado como "a salvação" do futebol equatoriano, o jovem atacante de 18 chegou a Toca da Raposa para desenvolver o seu futebol. Passaram-se dois anos e a promessa não vingou e fora mandada embora para o Deportivo Quito. Hoje, com 23 anos, Fidel Martinez é chamado de "Neymar Equatoriano". O apelido não veio apenas pelo corte de cabelo, mas pelo futebol irreverente que começou a praticar no Deportivo. Após se destacar na Libertadores do ano passado, Martinez se transferiu para o Tijuana, e vai enfrentar o Corinthians na fase de grupos deste ano. Rápido, driblador e incisivo, Martinez é um bom jogador que deve dar trabalho a defesa corinthiana.

Braian Rodríguez - O uruguaio de 26 anos do Huachipato (CHI) dá calafrios nos gremistas toda vez que tem o seu nome citado. O perigoso centroavante do atual campeão chileno marcou o segundo gol na vitória de 2x1 do Huachipato sobre o Grêmio, na Arena Grêmio. Rodríguez é um bom centroavante, que além de reter bem a bola, sabe jogar quando preciso.

Federico Falcone - Falcone é um atacante argentino que tem 1,88m, 22 anos e também joga no Huachipato (CHI). Autor do primeiro gol na vitória chilena na Arena Grêmio, Falcone faz uma dupla de "postes" com Braian Rodríguez no ataque do Huachipato. Entretanto, Falcone demonstrou muita mobilidade para um atacante dessa altura. É bom ficar de olho!

Rubén Botta - Cria do Tigre (ARG), Rubén Botta é uma das esperanças argentinas para o futuro. No entanto, existe um pequeno problema com relação a Botta. Apesar de ser muito habilidoso, Botta é completamente alheio as dificuldades da partida. O meia canhoto de 23 anos é constantemente criticado pela imprensa argentina por "sumir" em jogos importantes. Botta é um bom jogador de meio-campo pois distribui bem o jogo, tem uma visão boa e arremata ao gol com frequência.

Mauro Guevgozián - Atacante uruguaio com ascendência armênia, de 26 anos é a esperança de gols do Libertad, rival do Palmeiras e Tigre na fase de grupos da Libertadores. Além de forte, Guevgozián possui uma bomba no pé direito.

Claudio Vargas - Vargas reconquistou a confiança e também uma vaga no grupo do Paraguai que tenta uma classificação para a Copa do Mundo aqui no Brasil. Vargas já tem 27 anos, porém, é um jogador de muita classe e toque de bola. O meia do Libertad tem tudo para ser a maior ameaça ao Palmeiras, e uma contratação cirúrgica para qualquer clube brasileiro.

Marcos Caicedo - Forte, rápido e matador. Esse é Marcos Caicedo, maior promessa do futebol equatoriano. O jovem atacante do Emelec tem apenas 21 anos e, em sua primeira partida de Libertadores como titular, assombrou a defesa do Vélez Sarfield na vitória por 1x0 na estréia. Muito bom jogador!

Pablo Zeballos - Zeballos é o típico jogador paraguaio que andou por vários clubes e acabou tendo que se contentar com uma realidade que ele não esperava. Zeballos é um atacante rápido, técnico e que sabe fazer gols. Porém, por que ele está no Emelec? Zeballos se machuca muito. Entretanto, em 2012/2013 as coisas mudaram, e o jogador voltou a seleção nacional e é uma das esperanças do Emelec para surpreender na Libertadores.

Jorge Rojas - Artilheiro da seleção paraguaia no Sulamericano Sub-20, campeão do Apertura e titular absoluto aos 20 anos do Cerro Porteño, maior clube paraguaio. Rojas é muito habilidoso, carrega a bola e tem drible fácil. É bom abrir os olhos agora antes que algum europeu venha atrás desse bom jogador.

Ivan Torres - Parceiro de Jorge Rojas tanto no Cerro quanto na seleção paraguaia no Sulamericano Sub-20. A diferença de Torres para Rojas é a idade e o pé. Ivan tem 21 anos e é canhoto, enquanto Rojas tem 20 e é destro. Torres é um cadenciador de jogo e possui uma visão de jogo invejável. O jovem paraguaio já é tido como uma estrela, e tem tudo para conseguir.

Juan Angel Albín - Albín já é conhecido da galera. O uruguaio despontou no Nacional há seis anos atrás e logo foi vendido ao Getafe, que posteriormente o vendeu para o Espanyol. Albín, que ainda não estourou na Europa, voltou ao Nacional por empréstimo. O canhoto de 26 anos tem muita qualidade técnica e velocidade. Além de envergar a camisa 10 do Tricolor, Albín é constantemente convocado por Oscar Tabárez para seleção uruguaia. O seu passe não deve ser muito caro, o que facilitaria muito para qualquer clube brasileiro investir.

Damián Díaz - Díaz é um forte candidato à Montillo em 2013. Além de ter 26 anos, mesma idade de Montillo quando despontou na Universidad de Chile, Díaz é argentino e só foi fazer sucesso em outro clube sulamericano, no seu caso o Barcelona de Guayaquil. O meia argentino é cadenciador, chuta muito bem, cobra faltas, tem toque de bola refinado e faz gols. A situação de Díaz é idêntica à de Montillo. Sortudo será o brasileiro que enxergar ele primeiro!

Edgar Benítez - Dentre todos os jogadores, Benítez foi o que mais me chamou a atenção na primeira rodada da fase de grupos da Libertadores. O atacante paraguaio que atua pelo Toluca(MEX) (está emprestado do Pachuca) é ambidestro e tem apenas 25 anos. Além de muito veloz, Benítez é muito objetivo. Na partida contra o Boca Juniors, em La Bombonera, o paraguaio aprontou um puteiro contra os Xeneizes, e fora o principal trunfo na vitória mexicana por 2x1 de virada. Benítez é constantemente convocado para a seleção paraguaia, e tudo leva a crer que ele é uma aposta quase certeira para qualquer clube que esteja procurando por um atacante rápido, objetivo e habilidoso.

Muricy e Santos: a saga de uma antítese

Terça-feira, 7 de abril de 2011, exatos sete dias antes do aniversário de 99 anos de sua fundação, o Santos Futebol Clube assina um contrato de dois anos com Muricy Ramalho, ex-treinador de São Paulo e Fluminense. A diretoria baseou-se no currículo de quatro Campeonatos Brasileiros (três pelo São Paulo e um pelo Fluminense) de Muricy para escolhê-lo como novo comandante da equipe.
Muricy, desde o tricampeonato pelo São Paulo, é endeusado por grande parte dos fanáticos por futebol. O treinador assumiu o Santos após a transição de Adilson Batista, que foi demitido após perder UMA partida dentro do Campeonato Paulista, e do tampão Marcelo Martelotte.
O treinador, que tem fama de turrão, colecionou confusões e maus momentos desde que saiu do São Paulo. Muricy assumiu o Palmeiras na liderança do Brasileirão de 2009 para entregar o clube em quinto lugar. Pegou um Fluminense montado, conquistou o Brasileirão de 2010 e depois saiu porque haviam "ratos" no vestiário do clube carioca.
Muricy pegou uma "bomba", pois o Santos encontrava-se em situação delicada em seu grupo na Libertadores, onde era preciso vencer o Cerro Porteño no Paraguai e depois o Deportivo Tachira no Pacaembu. O "professor" venceu as duas partidas e de quebra ganhou a Libertadores com o Santos. Um título mais do que importante para o Peixe, pois selaria um hiato de 48 anos desde a última conquista da Libertadores. O ego de Muricy subiu estupidamente no período que precedeu a conquista do torneio continental.
Sem desmerecer os créditos da conquista épica santista, e analisando friamente, os comandados de Muricy tinham obrigação de conquistar o torneio pela qualidade do elenco em relação aos oponentes que haviam sobrado.
Desde então começou a derrocada do comandante alvinegro em resultados satisfatórios, pois assim que a Libertadores acabou o time empalideceu-se. O Santos terminou o Campeonato Brasileiro jogando de forma melancólica, sem causar nenhuma inspiração no torcedor santista de que a equipe pudesse enfrentar o Barcelona de igual, ou ao menos, dar trabalho ao super time espanhol.
O resultado foi catastrófico, e todos se lembram da goleada humilhante que o clube sofreu diante do mundo todo. Porém, o pior não foi placar de 4x0 impiedosamente aplicado por Messi e cia. O maior motivo de raiva (sim, raiva), fora a maneira com que o Santos se portou diante do Barcelona. Jogadores estáticos, perdidos e confusos, era isso que víamos naquela partida em Toyota. Não havia padrão tático, não havia futebol.
O Santos é reconhecido mundialmente como um time de futebol alegre, de ousadia (sem trocadilhos, por favor), um time que joga bonito. Claro, o clube nem sempre fora assim em sua história, mas pode-se dizer, com toda certeza, que durante a maioria dos 100 anos de existência o Santos jogou dessa maneira.
Muricy Ramalho, criador do Muricyball, é a antítese da regra instaurada pelo marketing na gestão do atual presidente, Luís Álvaro Ribeiro, que conclama "100 anos de futebol arte". Nos últimos dois anos a arte passou bem longe da Vila Belmiro, com exceção dos brilhos de Neymar, claro.
Se não bastasse o inexistente padrão tático que Muricy Ramalho nunca deu ao Santos, o comandante santista destila impropérios contra a diretoria e contra os próprios jogadores. Ramalho passou 2012 inteiro cobrando reforços de peso, sendo que tais reforços haviam chego na metade de 2011, logo após a conquista da Libertadores. O treinador critica duramente jovens jogadores do elenco invés de elogiá-los, casos de Felipe Anderson e Pato Rodriguez, que mesmo atuando bem nas poucas oportunidades que lhe são dadas de atuar em suas posições de origem.
Não é novidade para ninguém que Muricy recebe um alto salário no Santos. Porém, uma novidade que não é enxergada pela diretoria é que Muricy não faz jus ao alto salário que recebe.
Estamos em 2013 e Muricy conseguiu os "reforços de peso" de que tanto reclamava. O Santos pagou uma fortuna de R$ 16 milhões por Montillo, além de contratar Cícero, Marcos Assunção, Neto, Renê Jr, Pinga e Guilherme Santos. Após iniciar bem o Paulista, mas sem nada de descomunal, o Santos voltou a jogar o velho Muricyball que tanto deu errado na equipe. Resultado? Duas derrotas e um empate.
O Santos estava encaixado, pois havia suprido bem os problemas na defesa e no meio-campo. A equipe jogava com Rafael, Bruno Peres, Neto, Durval e Guilherme Santos; Renê Junior, Arouca, Cícero e Montillo; Neymar e André (Miralles). Neto e Renê Junior deram ao Santos a consistência defensiva que há tempos não se via na Vila, e Miralles ganhou o lugar de André no ataque. No entanto, mesmo com o time encaixado, Muricy teimava em dizer que era questão de tempo para que colocasse Edu Dracena e Marcos Assunção na equipe titular.
Ora bolas, por que mexer se o time finalmente havia encaixado? Quando o Santos tinha o Neto e o Renê Junior de titulares no time a equipe liderava o Paulistão. Porém, Muricy retirou os dois e o Santos perdeu duas partidas e empatou uma. Ontem, contra a Ponte Preta, ele tirou o Renê no intervalo (pra compensar a expulsão do Neymar) e deixou o Assunção em campo que nada fez outra vez, e tomou mais dois gols no 2º tempo. Duas derrotas seguidas tomando um baile de futebol do Paulista e da Ponte Preta.
É início de temporada, mas a reincidência de Muricy Ramalho nos erros das últimas duas temporadas pelo Santos já não são perdoáveis. O problema principal não é o Montillo que ainda não engrenou, e sim os laterais que não marcam e cruzam da intermediária, a constante ligação direta, a dependência de Neymar, é esse o modo como a equipe se porta em campo. Esse é o legado que Muricy está deixando.
A verdade é que o trabalho de Muricy Ramalho no Santos é ruim, abaixo da média. O choque da sua chegada ao alvinegro praiano pode ter ajudado na conquista da Libertadores, mas isentá-lo dos problemas que ele mesmo causou e atribuí-lo essa conquista é querer tampar o sol com uma peneira.
Está cada vez mais claro que o rótulo de Muricy lhe garante no cargo, pois Dorival Junior e Adilson Batista foram demitidos por protagonizarem momentos bem menos nocivos ao Santos do que o que Muricy Ramalho vem aprontando.
O problema de fato é que o Santos acabou se tornando a cara de Muricy Ramalho: uma equipe melancólica, depressiva, chata e ultrapassada. E isso é a antítese da centenária história do Santos Futebol Clube, que tem como marca o futebol jogado em sua essência: a arte.

O renascimento do Calcio

Há duas temporadas veio uma notícia que evidenciava a decadência do futebol italiano, o popular Calcio. Devido ao fraco desempenho da Azzurra, seleção nacional, e dos clubes italianos em competições como Champions League e UEFA Champions League (atualmente Liga Europa), o Calcio perdeu uma vaga para a ascendente (e contundente) Bundesliga. No ranking da UEFA, a Alemanha superou a Itália e acabou tirando-lhes uma vaga para as competições internacionais.
A decisão da UEFA foi acertada, porém, essa decisão mexeu com o brio dos italianos. O orgulho de uma nação sobre um esporte em que outrora era temida já deixou de existir há algum tempo. Vários fatores contribuíram para essa derrocada do Calcio, no entanto, dois são bem claros.
O primeiro fator, e talvez mais importante, é a grande dívida dos clubes italianos com bancos e jogadores. Nos anos 90, o Calcio era o campeonato mais importante do planeta. Nele havia o Milan dos holandeses Rijkaard, Van Basten e Gullit, a Juventus de Nedved e Zidane, a Internazionale do Ronaldo e a Roma do Totti e Batistuta. Os diretores desses clubes esbanjavam dinheiro em contratações, e muitas delas vinham a granel, ocasionando no déficit bancário.
O segundo fator, que é uma consequência do primeiro, foi a desvalorização dos jogadores italianos. A gastança na contratações de jogadores fez com que abertura do mercado para os estrangeiros fosse completamente absurda. Graças a esse fenômeno, deixou-se de lado a valorização do mercado nacional, restando apenas jogadores italianos com idade bastante avançada.
O duro golpe no ego italiano, que é muito forte diga-se de passagem, foi sentido já na temporada passada quando a Juventus conquistou o Calcio de maneira invicta. A Velha Senhora, com um time recheado de jogadores italianos e uma maneira muito clara de se jogar futebol, faturou o troféu merecidamente num campeonato marcado pelo cerceamento à alguns gigantes, caso da Inter e da Roma que obtiveram desempenhos pífios.
No entanto, como o futebol é algo inexplicável, a Azzurra conseguiu chegar até a final da Eurocopa, contra a Espanha, num dos maiores momentos de turbulência de sua história. Uma das primeiras coisas que aprendi quando criança foi que nós jamais devemos duvidar de seleções como a do Brasil, Alemanha e, especialmente, a da ITÁLIA. Talvez seja o espírito gladiador, ou talvez seja o peso da camisa, mas jamais, em hipótese alguma, duvido do que os italianos são capazes de fazer no futebol.
A partir de então, o futebol italiano cravou suas esperanças novamente em suas raízes futebolísticas, em sua tradição de grandes jogadores. Ficou nítido para os italianos de que algo precisava ser feito para mudar o desastre que eles mesmo tinham criado.
O que ficou claro nesta temporada do Calcio fora a percepção dos italianos de que eles já não podem mais arcar com grandes nomes e assim gastar o dinheiro que não têm. Clubes como Juventus, Napoli e Lazio perceberam antes dos demais que era necessário apostar em jogadores jovens e baratos visando um lucro futuro. Tal perspicácia deu aos três clubes o primeiro, segundo e terceiro lugares no topo da Serie A até o momento.
A Juventus, campeã da temporada passada, apostou mais nos jogadores desconhecidos das grandes praças (Bonucci, Marchisio, Giaccherini, Vidal, Lichsteiner e Matri, por exemplo) do que em medalhões. A única exceção foi Andrea Pirlo, um gênio do futebol que estava em baixa no Milan, que encaixou como uma luva e renasceu no time de Turim. Além dos desconhecidos e do Pirlo, a Juve contratou bons e novos valores para o seu elenco, caso do vigoroso volante Kwadwo Asamoah (24 anos e ex-Udinese), do promissor Paul Pogba (19 anos e ex-Manchester United) e do potente volante/lateral Mauricio Isla (24 anos e ex-Udinese). Para fechar o ciclo, a Juventus apostou mais uma vez no talento de Sebastian Giovinco, apontado desde 2006 como o novo Roberto Baggio, que fora recontratado do Parma.
O Napoli, que ascendeu junto com a Juventus em 2006/2007 da Serie B, vem realizando um trabalho de reconstrução da marca desde então. Até a temporada de 2009/2010, o Napoli oscilava entre a 6ª e 10ª colocação, e partir de 2010/2011, quando conseguiu terminar na honrosa 3ª colocação, ficou evidente o ótimo trabalho napolitano com seu plantel que pouco mudou desde o acesso. O marco para essa mudança foi a contratação do excelente atacante Edinson Cavani, que veio do Palermo após o uruguaio ter dado um show no Sulamericano Sub-20 de 2008. Além do atacante uruguaio, o argentino Lavezzi (atualmente no PSG) contribuiu fortemente para que os napolitanos. Mas atendo-se ao plantel atual, existe um jogador que pouco chama atenção da mídia, mas que tem uma importância colossal para o ex-time de Maradona: Marek Hamsik, eslovaco de 25 anos. Hamsik joga em todas as posições do meio-de-campo. Outros componentes desse forte time são: Maggio, Zuñiga (destaque do Nacional-COL na Libertadores de 2008), Inler e o jovem Insigne, cuja categoria se equivale à sua sorte.
Já a Lazio, time de extrema-direita da capital da Bota, conquistou o seu último Scudetto em 1999/2000 num time que ainda jogavam Nedved, Mendieta e Inzagghi. Desde então, a Águia da Capital alçou vôos modestos até a temporada retrasada quando conseguiu a 4ª colocação. A Lazio, assim como o Napoli, pouco mexeu no seu plantel durante esse período. Aliado aos "senattores" (como são chamados os jogadores de bastante tempo de casa) Mauri, Radu, Brocchi, Floccari e do craque Cristian Ledesma, os novatos Hernanes, Fernandez, Kozak, Ciani e Konko, ditam o ritmo do time. Se pararmos para analisar friamente o time da Lazio, nota-se que o time possui muitos jogadores experientes e até mesmo os novatos não são tão novos assim. Porém, o que encorpou mesmo o time da capital foram as contratações cirúrgicas de alguns jogadores desvalorizados e "velhos", casos do excelente centroavante Miroslav Klose, e do francês Louis Saha, ambos com 34 anos. Outro ponto de destaque fora a contratação do bósnio Senad Lulic, 27 anos, que foi contratado a pedido do treinador Vladimir Petkovic (que recebe apenas £$ 80 mil e faz um trabalho fantástico) após terem trabalhado juntos no Young Boys-SUI.
Além desses três clubes citados, outros times estão dando o que falar por terem se adaptado à nova realidade do Calcio. Um desses clubes é a Fiorentina, time comandado por Vicenzo Montella (aquele mesmo que jogou na Roma) e que pratica um futebol atrevido, que por muitas vezes não é atribuído ao estilo italiano de jogar futebol. O time é muito jovem e possui ótimas promessas como Stephan Jovetic, Juan Cuadrado e Adem Ljajic. O time de Firenzi contratou o excelente Guiseppe Rossi, ex-Villareal, nessa janela de inverno e promete brigar de igual para igual contra os três primeiros. A Viola encontra-se na 6ª posição, atrás de Inter e Milan, 4° e 5° colocados respectivamente.
Neste sábado, inicia-se a rodada 24 da Serie A, que promete ser a mais exuberante (tanto é que serviu de inspiração para esse post) dos últimos anos. O primeiro jogo da rodada é simplesmente o confronto entre a líder Juventus contra a Fiorentina, às 15h. Depois, às 17h25, Lazio e Napoli se enfrentam no Olimpico de Roma.
Sem querer desmerecer os jogos de domingo, mas esses dois embates são imperdíveis justamente pela proximidade da Juventus para o Napoli, que é de três pontos, do Napoli para a Lazio, que é de seis pontos, e da Lazio para a Fiorentina, que é de quatro pontos. Os eternos rivais Inter e Milan, que possuem os mesmos 40 pontos, enfrentam Chievo (12°) e Cagliari (16°) respectivamente, no domingo, e podem finalmente encabeçar uma luta pela UCL.
Portanto, durante a rodada 24 do Calcio poderemos ter uma mudança desde o primeiro colocado até o quinto colocado da tabela. Juntando todos os fatores que implicaram nessa nova mentalidade italiana, nesse futebol agradável de se ver e nessa disputa acirradíssima pelo Scudetto, Champions League e Liga Europa, podemos dizer que finalmente estão tratando o Calcio com o devido respeito com o qual eu sempre tive desde criança. Grazie, inflazione!

Um conto de Edgar Allan Poe

Encerrou-se na madrugada desta segunda-feira o Super Bowl XLVII e, após inúmeras barreiras e contusões, o Baltimore Ravens sagrou-se campeão conquistando o seu segundo troféu Vincent Lombardi após derrotar o San Francisco 49rs por 34x31.
O Baltimore Ravens recebeu esse nome para homenagear um dos maiores contos de terror/suspense da história da literatura mundial: O Corvo (The Raven), de Edgar Allan Poe. O escritor americano passou os seus últimos dias de vida na cidade de Baltimore. Justo posto, pode-se traçar uma linha tênue entre a caminhada do Ravens até a conquista do SB com um conto de terror/suspense.
Os Ravens começaram bem a temporada, liderando sua conferência com tranquilidade. Porém, após contusões de Ed Reed e Ray Lewis, além da inconstância de Joe Flacco, o time acabou perdendo a hegemonia para o Denver Broncos. Com isso, o time de Baltimore teve que jogar a repescagem (Wild Card) contra o Indianapolis Colts.
O time de Baltimore, não só passou pelo Wild Card como derrotou o Denver Broncos naquela partida alucinante no Mile High. Depois veio a prova de fogo: New England Patriots em Foxborough. Com muito mais brio, os Corvos venceram e conquistaram a AFC.
Acompanhando os fatos, os compostos e todo cenário, pode até parecer que Edgar Allan Poe escreveu a história do time de Baltimore nessa temporada. Os Ravens são itinerantes, sendo que foram fundados em 1996 depois de "fugirem" de Cleveland. Um ano antes, o Baltimore Colts migrou para Indianapolis.
História conturbada, o que faz desta franquia algo indesejado por muitos outros fãs da NFL. Em 1996, Ray Lewis fora draftado pelo recém-nascido Baltimore Ravens. O tamanho de sua habilidade como linebacker pode ser comparada a sua arrogância. É o típico jogador que não poderia jogar em outro clube graças às suas declarações ásperas. Lewis, no caso, anunciou antes do Wild Card que essa seria sua última temporada como jogador profissional.
Um componente que fora comentado desde a definição dos classificados para o Super Bowl, o confronto entre os irmãos Jim e John Harbaugh, respectivamente head couches de San Francisco e Baltimore.
Voltando ao Super Bowl, os Ravens dominaram a partida durante todo o primeiro tempo. Joe Flacco, que mais tarde recebera o prêmio de MVP da final, acertou tudo. Partida brilhante do inconstante quarterback de Baltimore. Depois do show da Beyoncé no intervalo, esperava-se que o time dos Niners, especialmente Colin Kaepernick, retomassem o placar de 14x6. Que nada! No retorno do kickoff, Jacoby Jones correu 108 jardas para anotar o touchdown mais longo da história do Super Bowl.
A vida dos Ravens estava fácil demais. Porém, como disse antes, o espírito literário de Poe estava no Mercedes-Benz Superdome. Na metade do terceiro quarto o estádio ficou num breu total! A cena lembra a tempestade que acorçoou a família no conto do Corvo de Poe.
A partida ficou paralisada por 34 minutos. Nesse meio tempo, vários pachecos brasileiros tiveram orgasmos com a deficiência no espetáculo americano. "Depois fala mal do Brasil", "Quando é no Brasil todo mundo fala mal", foram algumas das besteiras que fui obrigado a ler no Twitter.
O apagão assustou as aves de Baltimore, e com isso o time de San Francisco engatou uma sequência quase perfeita para igualar o placar. Foram 23 pontos maravilhosos conquistados nesse período.
Entretanto, para o enredo ficar digno de uma história de causar arrepios, os Niners tinham a chance de passar a frente do placar enquanto os números marcavam 34x29 para os Ravens. Era a 4th to goal quando Kaepernick, que se recuperara da pipocada pré-apagão, lançou para Michael Crabtree. O camisa 15 estava mano-a-mano contra o defensor do Ravens, que notou que não venceria o wide receiver na corrida e logo o agarrou pela camisa. Foi um holding claro, e para piorar a situação, na cara do juiz de linha.
A fúria do San Francisco era sentida, especialmente por meio de Jim Harbaugh que vociferou contra os juízes, pois a chance de vitória tinha sido apagada da história desse conto. No lance seguinte, os Ravens apenas de conseguir um first down para garantir a vitória. Não deu certo. Porém, restavam apenas 7 segundos no cronometro, algo completamente impossível de se converter. No entanto, John Harbaugh lembrou-se da infância e fez uma pegadinha com o seu irmão.
Koch, punter dos Ravens, segurou a bola dentro da end zone até sofrer um safety, dando dois pontos de graça aos Niners. Essa jogada incrível dos Ravens foi um golpe de misericórdia no estômago dos jogadores de San Francisco. Um ponto de bonificação que tiveram de fazer e, com isso, perder tempo. Genial e horripilante.
Com isso o time de Baltimore invadiu o gramado para comemorar o seu segundo título de Super Bowl. Entretanto, o que marcou foram as coincidências no trajeto dos Ravens até a conquista do troféu. Lesões, desconfiança, insegurança, vitórias inesperadas, Super Bowl, irmãos se enfrentando, apagão, erro fatal e Ray Lewis levantando Vicent Lombardi (o troféu) em sua despedida dos gramados. Que belo enredo de suspense, Edgar Allan Poe!
 

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