Archive for janeiro 2014

Guia para os playoffs da NFL - Finais de conferência

E a NFL está cada vez mais próxima do derradeiro final de temporada, o tão aclamado Super Bowl já está batendo a porta. Patriots, Broncos, Seahawks e 49rs brigam por um lugar no MetLife Stadium, em New Jersey, no dia 2 de fevereiro. As finais de conferência, AFC e NFC, serão disputadas pelas quatro melhores equipes na fase qualificatória da NFL, algo raro na história do esporte. O campeão da AFC East, AFC West, NFC West e vice, serão os protagonistas das duas partidas de domingo que prometem ser históricas.

Saints, Colts, Panthers e Chargers tentaram abocanhar um lugar na final de conferência, porém, seus esforços não foram suficientes. Marques Colston, WR de New Orleans, tornou-se numa grande piada ao errar a jogada no último drive que poderia mudar o rumo da partida contra Seattle. Indianapolis, que estava cheio de moral após grande partida contra Kansas City Chiefs, não viu a cor da bola contra o arquirrival, que valeu-se da força do RB LeGarrette Blount, que acabou expondo toda a fragilidade do time de Indiana. Panthers, que possuía a segunda melhor defesa da NFL, mostrou que não basta ser intransponível, a lição é de que é preciso ousar mais no ataque para conquistar posições maiores na liga. Já o time de San Diego repetiu o mesmo prontuario do Cotls, que também apresentara um defesa muito frágil.

Dizem que a camisa também pesa muito na NFL, algo que pode ser favorável a três das quatro equipes que disputarão as finais de conferência. Patriots, Broncos e Niners já conquistaram mais de uma vez o Super Bowl, enquanto o Seahawks nunca vencera a final. Confira abaixo todos os detalhes que vão compor as finais da AFC e NFC:


AFC CHAMPIONSHIP FINAL GAME

New England Patriots (12-4-0)
Denver Broncos (13-3-0)











O campeão da AFC West recebe em sua casa, o Sport Authority at Mile High, o campeão da AFC East, respectivamente o primeiro e segundo colocados no power ranking da conferência americana. Será mais um duelo entre Denver Broncos e New England Patriots, mais uma rivalidade que surgiu gracas ao eterno duelo entre Manning e Brady. No entanto, a final da conferência americana possui outros ingredientes que vão além do antagonismo entre os dois maiores mitos do futebol americano.

O primeiro fato relevante, e pedra cantada ao longo da campanha, é a máquina mortífera que se tornou a linha ofensiva dos Broncos após a chegada de Manning, especialmente nessa temporada quando o time se firmou como melhor ataque da competição. O QB, que é o responsável direto pelo upgrade de uma linha repleta de jogadores desconhecidos, bateu o recorde da liga em jardas e touchdowns e agora busca melhorar sua infame marca de 10 vitórias e 11 derrotas nos playoffs. Para que uma nova tragédia não aconteça, Manning terá de contar muito com a ajuda de seus protetores no pocket, que até o momento permitiram que o adversário sacasse o lançador em 28 oportunidades. Se a proteção deixa a desejar, os recebedores da equipe são uma outra história na saga desse ataque que ficará eternamente na lembrança dos fãs da NFL. Os quatro principais alvos de Peyton Manning, o WR Demaryious Thomas, o TE Julius Thomas, o WR Wes Welker e o WR Eric Decker, tiveram uma destacável partida contra os Chargers, onde juntos combinaram para 22 recepções, tendo o WR Demaryious Thomas como destaque com 8 recepções. Entretanto, é bom a defesa dos Patriots tomar cuidado com esse ataque, especialmente quando Manning grita o seu famigerado "OMAHA!!!", que é um comando especial para a linha ofensiva onde é impossível prever se vem um passe aéreo ou uma jogada terrestre.

Desfocando Manning por algumas linhas, vamos prestar atenção em alguns detalhes sobre o restante da equipe de Denver, que deve ter o desfalque do safety Duke Ihenacho, do tight end Joel Dreessen, do free safety Mike Adams e do offensive tackle Winston Justice. Dentre todos os jogadores machucados, a pior notícia para John Fox é justamente o primeiro deles citado, Duke Ihenacho, que fora responsável por 73 tackles e 3 fumbles forçados. Para tentar remediar a situação, Fox deve mudar a postura de sua defesa, que apesar de ocupar a 19ª posição no ranking (sete posições acima da defesa de New England), mostrou fragilidade quando enfrentou San Diego - que desempenhou uma campanha abaixo da média no duelo -, contabilizando apenas 43 tackles combinados (a média dos oponentes são de 67 tackles combinados). Apesar dos números da defesa, uma coisa é certa que os Broncos deverão explorar nessa partida contra NE: os sacks. Na partida contra San Diego foram QUATRO sacks que fizeram Phillip Rivers engolir a grama do Mile High, todos eles servidos por Malik Johnson (1.0), Jeremy Mincey (1.0) e Shaun Phillips (2.0). Considerando os sacks, os donos da casa ainda terão que contar com uma partida segura de dois de seus destaques na linha defensiva, o cornerback Dominique Rodgers-Cromartie, e o outside linebacker Danny Travathan.

Apesar de ter um ataque melhor e uma defesa "menos pior", os Broncos encaram dificuldades enormes quando enfrentam o New England Patriots. O que explica essa chaga na vida dos jogadores de Denver é justamente o game play imprevisível da equipe de Massachusetts. O ataque dos Pats é apenas o sétimo colocado no ranking, porém, em comparação com o time de Denver, o jogo terrestre prevalece na 9ª posição contra a 15ª dos Broncos. Contra os Colts, na semana passada, LeGarrette Blount correu para 166 jardas e anotou QUATRO touchdowns, um recorde na história da franquia em jogos de playoffs. Blount, que subiu da 3ª para a 1ª opção em jogadas terrestres, anotou um TD de 73 jardas contra a equipe de Indianapolis. Desde a temporada passada os números dos ataques terrestres de New England subiram gradualmente, um patamar muito diferente de campanhas anteriores quando Bill Belichick era contestado pela ineficiência desse setor. Stevan Ridley e Shane Vereen são outras duas grandes armas dos Patriots para as jogadas terrestres, sendo que na última partida pelo Divisional Round a equipe também contara com um TD de corrida do primeiro jogador citado. Sem Gronkowski, principal referência da equipe no ataque, Brady tem apostado na ampla gama de recebedores, que apesar de não gozarem de muito respeito na liga, vêm resolvendo a parada para o time. Julian Edelman, o Minitron, foi o principal alvo de Tom Brady na última partida com seis recepções e 87 jardas conquistadas. Além dele, outro personagem que vêm conquistando espaço na hora certa é Danny Amendola, que obteve 3 recepções e 77 jardas conquistadas. Shane Vereen, que é RB, mas que também ataca de WR, abre ainda mais um leque de opções que conta com a participação de Austin Collie, WR que fez sucesso nos Colts, e com o tight end havaiano Michael Hoomanawanui, responsável por substituir o ídolo Rob Gronkowski. Entretanto, ainda existe a possibilidade dos WRs Aaron Dobson e Kenbrell Thompkins atuarem nesse jogo, o que reservaria mais jogadas de profundidade a Tom Brady. A versatilidade no esquema ofensivo de Bill Belichick é a principal arma dos Patriots para perfurar a defesa de Denver, fora de casa. Por ser considerado o quarterback mais eficiente da história da NFL dentro do pocket, e um dos jogadores mais inteligentes da liga, Tom Brady dispõe de uma proteção decente, que lhe permite tempo suficiente para escolher um recebedor em rotas alternadas. Caso haja muita pressão, Brady também é capaz de resolver a jogada num piscar de olhos. O lançador de New England possui o menor tempo de resolução de jogadas, sendo capaz de completar uma descida em menos de CINCO SEGUNDOS. Para que isso seja possível acontecer, uma equipe precisa estar bem treinada e muito atenta as coordenadas do quarterback. 

Sempre contestada, a defesa de New England ganhou destaque na passagem final da temporada regular e também no jogo contra o Indianapolis Colts, quando interceptou o QB Andrew Luck em QUATRO oportunidades. Famosa por forçar turnovers, a defesa contou com atuações inspiradíssimas de Alfonzo Dennard, responsável por duas interceptações chave contra Luck, Jamie Collins, que fora draftado numa das últimas rondas do draft, mas que contribuiu com 3 tackles (mais 3 assistências), 1.0 sack e uma interceptação, e Dont'a Hightower, que conseguiu 3 tackles (mais 5 assistências) e uma interceptação no último jogo de playoff. Logan Ryan, Aqib Talib, Chris Jones, Steve Gregory e Joe Vellano também se destacaram na sólida performance do time. Por ocupar a 26ª posição no ranking, nota-se que algum problema reside nessa defesa dos Patriots. O principal erro da equipe é o baixo número de tackles, devido aos desfalques de Jerod Mayo e Brendon Spykes (sem contar o desfalque de Vince Wilfork na proteção), e uma secundária muito limitada, que possui problemas para ler as jogadas do quarterback adversário. Por saber da fragilidade da proteção de Denver ao QB, Belichick deve repetir a dose contra os Broncos, quando usou e abusou do blitz para forçar os turnovers na partida contra o Indianapolis Colts. Por jogar fora de casa, fica a dúvida com relação a possível performance dessa defesa que foi muito eficiente e agressiva quando recebeu os Colts no Gillette Stadium. Chandler Jones, principal destaque da defesa patriota, não se destacou contra o Indianapolis, mas, baseado nos números, uma atuação de gala desse jogador pode ser o fiel da balança para equipe sair com um resultado surpreendente fora de casa.

Voltando ao antagonismo que ilustra essa partida, o duelo Manning versus Brady possui números muito peculiares que derrubam aquela tese de Manning é um detentor de recordes e que Brady é apenas um vencedor de campeonatos. Os dois se enfrentaram 14 vezes na história, sendo que Brady venceu 10 vezes e Manning apenas quatro. Entretanto, quando o assunto é MVP, Manning leva vantagem ao vencer este prêmio por quatro vezes contra duas de Brady. E vitórias em Super Bowls? Brady ganha de novo, por 3x2. O QB de New England também detém o recorde de 18 vitórias em playoffs, o maior número da história da NFL. Caso vença domingo, Brady pode chegar à sua SEXTA final de Super Bowl, o que seria outro recorde da liga. Manning também pode fazer história na liga caso passe pelos Patriots. Nunca na história da NFL um time com o melhor ataque venceu o Super Bowl. No entanto, Manning conta com uma coincidência a seu favor para esse duelo: na última vez em que o New England Patriots não decidiu em sua casa uma final de conferência fora justamente contra o próprio Peyton Manning, que defendia o Indianapolis Colts, em 2007, ano no qual ele conquistou seu único Super Bowl. Outros números interessantes entre os dois QBs: Brady marcou mais pontos (30.0 contra 24.6), tem melhor porcentagem de acerto (67.1 contra 61.8), mais jardas por tentativa (7.4 contra 7.1), menos interceptações (12 contra 20) e menos sacks (22 contra 28). Manning leva vantagem na quantidade de touchdowns (29 contra 26) e jardas conquistadas (283.6 contra 243.1).

Números à parte, domingo também colocará Wes Welker novamente contra os Patriots, equipe que o elevou ao nível de grande WR. Se o Patriots sagrar-se vencedor, e caso o exame que Peyton Manning vai fazer em março aponte para alguma irregularidade no pescoço, essa pode ser a última partida do lendário lançador. Todavia, o jogo é muito difícil para o time de Massachusetts, que além de ser odiado em todo lugar que vai, provavelmente enfrentará um clima hostil em Denver - apesar de não ser uma torcida atuante. Entre recordes e coincidências, os Broncos entrarão como favoritos contra um time que toda vez que entrou como azarão se deu bem. O retrospecto de 3 derrotas nas últimas 3 três partidas contra o New England Patriots deixa o torcedor do Colorado reticente com a vantagem que lhes foi atribuída.

Brady à esquerda e Manning à direita.




NFC CHAMPIONSHIP FINAL GAME


San Francisco 49rs (12-4-0)
Seattle Seahawks (13-3-0)











Em situação semelhante ao duelo da AFC, encontra-se também a final da NFC entre Niners e Seahawks, no CenturyLink Field, em Seattle. Os visitantes e mandantes duas conferências possuem os mesmos números de campanha, além de se equivalerem nos pontos fortes e fracos. Se na AFC os dois times têm ataques poderosos, o contrário pode-se dizer dos dois finalistas da NFC, que possuem duas defesas excelentes. Porém, em contraste com os ótimos números de suas defesas, está o ataque de Niners e Seahawks, que pouco brilhou nessa temporada. Pelo lado dos Niners, que se reforçara muito bem para esse setor, fica a dúvida de quando Anquan Boldin vai decidir valer o seu contrato milionário com os californianos. Já pelo lado do Seattle, cabe a indagação de como os Seahawks vão se portar caso os Niners consigam parar a maior arma da equipe, o RB Marshawn "The Beast" Lynch. Envolto a isso tudo estão dois QBs novatos, que conquistaram a titularidade na temporada passada e estão em constante progresso desde então. Colin Kaepernick, que apesar de ter sido criticado pela maior lenda de San Francisco, o QB Joe Montana, apresenta maior confiança do que Russell Wilson, QB de Seattle.

Entretanto, Wilson conta com uma ótima proteção dentro do pocket para realizar seus lançamentos. O jovem quarterback, apesar de baixinho, gosta muito da chamada "big play" (lançamentos em longa profundidade), e também é muito atento quanto ao posicionamento da secundária adversária, qualidade que o faz evitar ser interceptado. Porém, Wilson sofre com a pouca produtividade de seus alvos, que, na realidade, são jogadores limitados e com pouca "ginga" para livrarem-se da marcação. A grande contratação do Seattle para a temporada foi Percy Harvin, WR que jogou por muito tempo pelo Minnesota Vikings, e que sofrera uma concussão que o deixara por 15 rodadas fora de campo. Harvin voltou à campo contra o New Orleans Saints na semana passada e desenvolvera uma ótima rotação, descarregando um pouco as costas de Marshawn Lynch. Porém, após cair com a cabeça no chão depois de tentar uma recepção na end zone, Harvin sofrera novamente uma concussão e está fora da partida deste domingo contra o San Francisco 49rs. Sem Harvin, os Seahawks terão que contar com uma exibição muito melhor de seus recebedores (Douglas Baldwin, Golden Tate, Jermaine Kearse e Zach Miller) que saíram em branco do último duelo pelos playoffs. Contudo, Wilson deverá abusar mais uma vez do "Beast Mode", o seu fiel companheiro Marshawn Lynch, que movido à uma quantidade absurda de Skittles (aquela balinha), será responsável por anotar os touchdowns da franquia.

Os "irmãos" da defesa de Seattle, abastecidos pela torcida mais barulhenta do mundo, são responsáveis pela maravilha que é a melhor defesa da NFL. Na partida contra os Saints, a defesa dos Seahawks bateu sem dó nem piedade na linha ofensiva do New Orleans Saints, anulando completamente qualquer tipo de jogada que eles tentavam. A defesa tackleia tanto o adversário que os turnovers são praticamente garantidos em um jogo dos Seahawks. Contra os Saints, o defensive end Michael Bennett forçou dois fumbles do adversário, e contou com a ajuda do outro defensive end, Cliff Avril, para completar um sack no quarterback Drew Brees. O que pode se dizer sobre a defesa de Seattle é que o time vai de acordo com o barulho protagonizado pelos torcedores, que por si só já é ensurdecedor, e que atrapalha qualquer chamada do QB adversário. Aliado ao "fator arquibancada", está a força atlética desses verdadeiros monstros da linha defensiva, que alternam entre blitz e marcação por zona constantemente, deixando uma pressão psicológica muito grande contra o QB adversário, que não sabe se vai ser sacado, interceptado ou que não vai ter para quem lançar a bola. Entretanto, se existe um pequeno defeito nessa defesa, esse "defeito" é justamente o excesso de vontade dos jogadores de linha que cometem muitas faltas desnecessárias.

Pelo lado do San Francisco encontra-se um time muito vibrante (às vezes até demais), que desde o vice-campeonato da temporada passada convive com a expectativa de vôos maiores, dignos da era de Joe Montana. Por falar nele, Montana resolveu abrir o bico na hora errada quando fora indagado por um repórter sobre o desempenho de Colin Kaepernick. Como dito lá em cima, Montana deu uma pequena cornetada no menino dizendo que ele precisa melhorar muito o estilo de jogo, especialmente no pocket, onde ele pouco fica. Segundo Montana, Kaepernick é muito bom, porém, ele deixa a desejar justamente por optar por correr muitas vezes com a bola ao invés de segurar um pouco a barra dentro do pocket. Não dá para discordar do lendário ex-quarterback de San Francisco, até porque o que ele disse é verdade. No entanto, Montana poderia ter dito isso antes do playoffs, quando a pressão por uma "big play" era menor do que agora. Falando em críticas, toda a linha ofensiva californiana merece um verdadeiro esporro para ver se eles resolvem acordar e dar mais opções ao jovem (e criticado) quarterback do time. As duras críticas de Montana poderiam ter escorregado nos WRs que pouco aparecem para o jogo, e quando aparecem correm muito pouco. Excluindo-o dessa bravata, o tight end Vernon Davis deve ser louvado por, ao menos, tentar fluir melhor os drives de San Francisco, sendo o "artilheiro" dos Niners com 2 touchdowns nos playoffs. Além dele, somente Frank Gore, ótimo RB, responsável por 1 TD e Colin Kaepernick, que também possui apenas um TD solitário ajudaram os 49rs a mexer no placar durante os playoffs.

Sem querer ser redundante, mas sendo, a quinta melhor defesa da NFL conta com um "quinteto mágico" para deter qualquer tipo de avanço adversário sobre a sua end zone. Ahmad Brooks (outside linebacker), NaVorro Bowman (inside linebacker), Patrick Willis (inside linebacker), Eric Reid (free safety) e Aldon Smith (outside linebacker) são fantásticos em qualquer tipo de formação que o coordenador defensivo opte por aplicar contra o adversário. Ahmad Brooks, inclusive, é o destaque dos Niners nos playoffs com 4.5 sacks, 12 tackles e um fumble forçado. Bowman e Willis são os principais tackleadores de San Francisco, e são grandes responsáveis por segurar as pontas quando o adversário, por algum milagre, chega numa com uma oportunidade de anotar um touchdown na end zone. Por ser mais pesada e, consequentemente, menos atlética que a defesa de Seattle, os Niners costumam segurar muito mais o jogo do que deveriam. A confiabilidade gerada pela defesa é explorada em demasia pelo time que têm dificuldades em atacar com qualidade.

O último jogo de domingo colocará frente a frente dois times idênticos em suas qualidades e também nos seus defeitos. O 49rs segue sua sina de enfrentar times que possuem uma defesa tão boa quanto a sua nos playoffs. Na última rodada, o time de San Francisco derrotou o Carolina Panthers, dono da segunda melhor defesa da NFL, e agora se prepara para enfrentar o time de melhor defesa no ranking da liga, também fora de casa. Os Hawks, sensação da NFL dessa temporada por contar com uma defesa intransponível, teve um destino parecido com o ataque do Denver Broncos, que já era muito bom na temporada passada, mas que se tornou referência em 2013. Com Richard Shermann, Bob Wagner, Michael Bennett, Cliff Avril, Earl Thomas, Malcolm Smith, Kam Chancellor, K.J. Wright, Bruce Irvin e outros tantos, o Seattle é favorito para o duelo. Entretanto, existe uma peculiaridade sobre o time de Seattle que pouco fora comentado ao longo da temporada. Quando um time possui um ataque mediano, mas conta com uma defesa invencível, o que geralmente acontece? O time chuta field goals, certo? Exato. Steven Hauschka, kicker de Seattle, tem média de 95% de acerto em seus chutes, o melhor da NFL. É como se os Hawks entrassem com três pontos garantidos no placar, dependendo apenas de uma "segurança" dos jogadores de defesa. O duelo vai ser muito interessante, especialmente para Colin Kaepernick, que dependendo do que fizer contra o Seattle, pode calar a boca do maior ídolo da história da franquia.

Os dois primeiros colocados da NFC West, a mais disputada no lado da conferência nacional, se enfrentaram duas vezes nesta temporada. A primeira partida, na casa dos Hawks, foi uma verdadeira lavada dos mandantes com uma vitória por 29x3. O segundo encontro aconteceu no Candlestick Park, em San Francisco, quando o 49rs devolveu a derrota sofrida em setembro ao vencer o Seattle por 19x17. A final da NFC não poderia ser de outra maneira senão reunir os dois melhores times num único jogo, num palco extremamente barulhento e com o intuito de desempatar essa peleja e assim credenciá-lo ao Super Bowl. Ao contrário da outra final, a partida entre Hawks e Niners deve ter um placar baixo, com poucas jogadas arriscadas e vários chutes. O grande detalhe desta partida é o quanto Kaepernick terá de arriscar contra uma defesa forte, e o quanto Marshawn Lynch terá de correr contra uma barreira que gosta de bater como é a de San Francisco. Quem errar menos leva o troféu.

Wilson à esquerda e Kaepernick à direita.

Guia para os playoffs da NFL - Divisional Round

E o gargalo vai apertando na NFL conforme o mata-mata vai avançando. Após uma rodada de wild card, três partidas foram decididas por três ou menos pontos, algo nunca antes visto na pós-temporada da NFL. O equilíbrio também fica evidente quando se percebe que essa foi apenas a segunda vez na história da competição em que dois jogos de playoffs foram decididos no último lance da partida.

Indianapolis Colts, New Orleans Saints, San Diego Chargers e San Francisco 49rs juntaram-se a New England Patriots, Seattle Seahawks, Denver Broncos e Carolina Panthers para disputar o Divisional Round, uma espécie de semi-final das conferências AFC e NFC.

Patriots, Seahawks, Broncos e Panthers, que folgaram na rodada de wild card por terem uma campanha superior à dos demais, decidirão os jogos em seus domínios após um inicio tenebroso para os mandantes durante os playoffs. Apenas o Indianapolis Colts, que enfrentou o Kansas City Chiefs, venceu como mandante - apesar de ter chegado bem perto da derrota. Quer saber como ficam os duelos para o Divisional Round? Aconchegue-se e veja-os abaixo:


AFC DIVISIONAL ROUND

Divisional Round 1

Indianapolis Colts (11-5-0)
New England Patriots (12-4-0)












Um dos maiores jogos da história dos playoffs da NFL, é assim que ficou conhecido o duelo entre Indianapolis Colts vs Kansas City Chiefs, na semana passada no Lucas Oil Stadium. Superando um déficit de 28 pontos, os Colts eliminaram a equipe de Kansas e agora enfrentará o seu maior rival na Divisional Round, o New England Patriots. A vitória de virada sobre os Chiefs é a segunda maior da história dos playoffs da NFL, ficando atrás apenas da partida entre Buffallo Bills e Houston Oilers (hoje Houston Texans), quando a equipe de Nova Iorque tirou uma diferença de 32 pontos, em 1993. O grande nome da vitória dos Colts foi o QB Andrew Luck, que apesar de ter sofrido três interceptações lançadas, obteve uma atuação espetacular com 488 jardas e 5 TDs totais. Outro destaque da partida fora o jovem WR T.Y. Hilton, que conseguiu impressionantes 224 jardas e 2 TDs, incluindo o foguete lançado por Andrew Luck, de 64 jardas, que o WR recepcionou e selou a virada da equipe de Indiana. Entretanto, o ar dramático que a partida tomou foi ocasionado pela fragilidade da defesa de Indianapolis, mesmo ela tendo uma média ok na NFL (20ª colocada no ranking) e jogando em casa. Apesar da moleza da defesa, Robert Mathis, linebacker dos Colts, se destacou com um fumble forçado e que fora transformado num touchdown. Ao que tudo indica, a "pane" sofrida por Indianapolis na partida contra os Chiefs, apesar da excelente apresentação de Alex Smith, será esquecida graças à sorte da ex-equipe de Peyton Manning, que contou com TRÊS contusões da equipe de Kansas City para virar o jogo.

Um time imprevisível e com uma alma guerreira, essa é a definição do que foi o New England Patriots na temporada regular da NFL. Campeão pela nona vez da AFC East, os Patriots, apesar do título, não desempenharam uma campanha de se encher os olhos como costuma fazer na temporada regular. Sofrendo com lesões de jogadores chaves desde a primeira partida do ano, a equipe de New England teve que improvisar para manter o sonho de disputar a sua sexta final de Super Bowl sob a batuta de Tom Brady (que já disputou 5 Super Bowls, um recorde na NFL). Jogadores como Rob Gronkwoski, Shane Vereen, Aaron Dobson, Kenbrell Thompkins, Logan Mankins, Steve Gregory, Danny Amendola, Will Svitek, Alfonzo Dennard, Devin McCourty, Kyle Arrington, Dane Fletcher, Brandon Spikes, Aqib Talib, Nate Solder, Rob Ninkovich, Matt Slater e Jerod Mayo se machucaram em algum ponto da campanha na temporada regular e obrigado a Bill Belichick remontar o roster. Dentre todas as contusões, as mais sentidas foram a de Rob Gronkwoski e Jerod Mayo, ambos estão fora da temporada. O tight end, que fora destaque logo em seu primeiro ano na NFL, em 2011, quebrou o braço na temporada passada e, ao retornar aos gramados nesta temporada rompeu os ligamentos do joelho após bater o recorde da franquia, onde tornou-se o jogador com mais recepções para touchdown na franquia. Jerod Mayo é o bastião da defesa dos Patriots, que sempre fora contestada, mas sempre teve no linebacker o ponto forte para forçar turnovers nos adversários. Com a volta de muito desses jogadores citados acima, Bill Belichick conseguiu dar uma cara, mesmo que remendada, aos Patriots usando muitas jogadas novas (algumas delas "suicidas") para então conquistar a segunda melhor campanha na AFC - que chegou a ser ameaçada pelo Cincinnati Bengals, na última rodada). O time de Foxborough contará, mais uma vez, com Tom Brady, o QB que mais venceu nos playoffs, para tentar chegar à final da conferência. Apesar de não estar numa temporada espetacular (Brady tem apenas 87.9 de rating, a média mais baixa das últimas cinco temporadas do QB), o marido da Gisele Bundchen prova que ainda é o rei dos Patriots, sendo que é capaz de protagonizar campanhas sólidas (55x31 contra os Steelers e 30x23 contra os Falcons) e viradas inimagináveis (34x30 contra o Denver Broncos, 30x27 contra o New Orleans Saints e 34x31 contra o Houston Texans). Nesta temporada, Tom Brady igualou o recorde de Drew Brees e chegou à 4,343 jardas conquistadas (vale lembrar que Brady conquistou muitas dessas jardas com a mão direita inchada). Além das jardas, o QB possui 25 touchdowns e apenas 11 interceptações, números bons graças à sua linha ofensiva que aprendeu a lhe defender. Mesmo tendo o 7º melhor ataque da NFL, os Patriots não possuem grandes destaques no ataque que estarão ativos para os playoffs (já que Gronkwoski está fora). No entanto, a diversidade de opções e gameplays escolhidos por Bill Belichick transformam qualquer jogador da linha ofensiva de New England numa ameaça letal. Julian Edelman (WR com 105 recepções; 1,056 jardas e 6 TDs), Danny Amendola (WR com 54 recepções, 633 jardas e 2 TDs), Shane Vereen (RB/WR, como RB tem 44 carregadas, 208 jardas e 1 TD, e como WR tem 47 recepções, 427 jardas e 3 TDs), Stevan Ridley (RB nº2 com 178 carregadas, 773 jardas e 7 TDs), LeGarrette Blount (RB nº3 com 173 carregadas, 772 jardas e 7 TDs), Aaron Dobson (WR rookie com 37 recepções, 519 jardas e 4 TDs), Kenbrell Thompkins (WR rookie com 32 recepções, 466 jardas e 4 TDs) e Brandon Bolden (RB nº4 com 55 carregadas, 271 jardas e 3 TDs) são os destaques da ofensiva de New England. Porém, Aaron Dobson estará fora da partida devido a uma contusão no pé, e Kenbrell Thompkins, que participou do treino limitado, tem o retorno questionável devido a uma contusão no quadril. Com a 26ª defesa da NFL, os Patriots progrediram bastante nesse quesito em relação à temporadas atrás, onde a linha defensiva era sempre uma das piores. A aquisição do cornerback Aqib Talib e o draft do defensive end Chandler Jones na temporada passada fizeram o patamar da contestada defesa de New England subir consideravelmente de nível. Famosos por forçarem fumbles, sacks e interceptações, os "carniceiros" dos Patriots, apesar da fragilidade no contato, tornaram-se em ótimos alimentadores para o ataque da equipe justamente por pressionar muito o adversário. Chandler Jones (DE com 79 tackles, 11.5 sacks e 1 fumble), Dont'a Hightower (outside linebacker com 97 tackles e 1.0 sack), Steve Gregory (strong safety com 79 tackles e 1.0 sack), Kyle Arrington (cornerback com 62 tackles, 2.0 sacks, 2 fumbles e 1 interceptação), Rob Ninkovich (defensive end com 91 tackles, 8.0 sacks e 2 fumbles), Chris Jones (defensive tackle com 54 tackles e 6.0 sacks), Aqib Talib (cornerback com 41 tackles, 1 fumble e 4 interceptações), Joe Vellano (DT rookie com 54 tackles e 2.0 sacks), Dane Fletcher (linebacker com 26 tackles, 2.0 sacks e 1 fumble), Tom Kelly (linebacker com 22 tackles e 2.5 sacks), Sealver Siliga (DT com 23 tackles, 3.0 sacks e 1 fumble) e Logan Ryan (cornerback com 35 tackles, 1.5 sack, 1 fumble e 5 interceptações) são responsáveis por tacklearem muito pouco os adversários (por isso a defesa é considerada "mole"), mas, em contra-partida, são extremamente eficientes ao forçarem muitos turnovers.

O campeão do Leste recebe o campeão do Sul, no Gillette Stadium, em Foxborough-NE, no sábado às 23h, para decidir quem vai à final da conferência da AFC. Patriots e Colts alimentaram uma rivalidade muito ferrenha nesse século devido a eterna disputa entre Tom Brady x Peyton Manning para saber qual é o melhor QB da história da liga. Como Manning saiu dos Colts, a rivalidade entre essas duas equipes diminuiu um pouco (mais por parte dos Patriots, já que Manning é considerado o anticristo naquelas terras), mas resquícios dessa disputa ainda migram de um lado para o outro quando o nome de ambas equipes é citado. Os Colts adquiriram uma moral muito grande após vencer o Chiefs por 45x44, em casa, e prometem dificultar a vida do seu maior rival. Já os Patriots, que continua instável devido as contusões, tem no ataque a sua maior esperança, já que no ranking da NFL o time tem a terceira melhor média de pontuação. Nos comparativos, New England só perde para Indianapolis no sistema defensivo (20ºx26º), e, nos últimos três encontros entre as duas equipes, os Patriots venceram todos os jogos. Para a partida do próximo sábado, Austin Collie, WR que atuou por muito tempo em Indianapolis, vai enfrentar sua ex-equipe. O mesmo pode-se dizer de Deion Branch, WR bicampeão da NFL com o Patriots (e MVP em 2001/02), que enfrentará o New England pela primeira vez, e de cara jogando no Gillette Stadium. O duelo entre Patriots e Colts já aconteceu outras três vezes nos playoffs, e pasmem: toda vez que esse duelo ocorre nos playoffs um deles é campeão do Super Bowl. Para que isso ocorra, os Colts entrarão com uma ligeira desvantagem nesse duelo por estarem mais cansados, jogando fora e, claro, por enfrentar Tom Brady. No entanto, nada disso impede uma vitória, ainda mais se Chuck Pagano souber explorar a fragilidade da defesa de New England. Pelo lado do mandante, que é o favorito para o duelo, fica a dúvida de como Bill Belichick vai encarar essa partida. Nos últimos jogos a equipe de New England conteve-se mais, ousou pouco e abusou das jogadas terrestres com LeGarrette Blount, que deixou de ser uma arma secreta. Por jogar em casa, onde o torcedor "exige" um time mais ofensivo, pode ser que Belichick dê mais liberdade para que Tom Brady arrisque mais de seus passes milagrosos. Esse será um teste de fogo para ambas equipes, onde Andrew Luck, jovem e audacioso, enfrentará um dos maiores QBs da história desse esporte que, apesar da inconstância, continua tirando coelhos da cartola.


Divisional Round 2


San Diego Chargers (9-7-0)
Denver Broncos (13-3-0)


Tá sentindo esse cheiro? Não? Pois saiba que esse é o cheiro do azarão passando correndo pelos playoffs. O San Diego Chargers, equipe com pior campanha dentre os classificados na AFC, desbancou por 27x10 os favoritos Cincinnati Bengals, na casa do adversário que terminara a temporada regular sem perder em seus domínios. Se não bastasse todo o prólogo que vocês já sabem sobre o drama que foi a classificação dos Chargers (clique aqui), existe outra coisa que não sai da cabeça dos torcedores da equipe californiana: a profecia. Mas que profecia é essa? Segundo a lenda, nos últimos quatro anos, o time que encarou os Eagles no primeiro jogo da equipe na Filadélfia venceu o Super Bowl. Na semana 2 desta temporada, o San Diego foi ao Lincoln Financial Field e venceu os donos da casa por 33x30. Maluco? Pode ser que sim, mas tem como dizer o contrário sobre a campanha de San Diego até agora? É óbvio que não. A fase dos Chargers é de tanta empolgação que até a defesa, muito contestada da equipe, apareceu e ajudou muito os californianos na batalha de Ohio. Donald Butler, linebacker de San Diego, foi o principal destaque da muralha montada por Mike McCoy, sendo responsável por 12 tackles e um fumble sobre o RB Giovani Bernard, quando o adversário estava dentro da red zone prestes à marcar um touchdown. Embora o desempenho monumental da defesa de San Diego tenha chamado atenção, todos os holofotes estão apontados para Phillip Rivers, quarterback e capitão da equipe que liderou com maestria o poderoso ataque californiano na gélida Cincinnati. Apesar das poucas 128 jardas e um passe para touchdown, Rivers coordenou os seus asseclas dentro de campo com uma maturidade e calmaria completamente diferente das últimas temporadas, principalmente nas jogadas terrestres, fugindo um pouco das famosas bombas lançadas pelo próprio QB. Confiante, San Diego tem boas chances de manter viva a profecia e assim seguir na competição, já que o próximo adversário costuma pisar na bola quando se depara com os Chargers.

Liderança, recordes quebrados, novos recordes estabelecidos, melhor ataque da competição e a vantagem de jogar todos os jogos em casa nos playoffs deram ao Denver Broncos o estigma de favorito ao título. Nada mais justo quando se trata de uma equipe comandada por Peyton Manning, quarterback que quebrou o recorde de touchdowns (55) e jardas passadas (5.477) em um ano. No entanto, seguindo a mesma toada de mistérios que envolve o San Diego Chargers, algo tão obscuro e tenebroso cerca o principal jogador do Denver Broncos. Peyton Manning, que ao lado de Brett Favre, é dono de uma ingrata marca nos playoffs da NFL: o QB de Denver possui apenas 9 vitórias em 20 jogos de playoffs. Como apenas ele e Favre possuem 11 derrotas na pós-temporada, essa marca pode se tornar ainda pior caso o Chargers vençam neste domingo, pois Brett Favre já se aposentou dos gramados e caberia apenas à Manning a inglória marca de 12 derrotas em playoffs. É estranho um time tão forte ser tão questionado num momento chave como é o Divisional Round. Porém, essa parcela tão gigantesca de favoritismo só é atribuída aos Broncos devido à alucinante temporada regular de Manning, e como ele carregar esse fardo nos playoffs, o medo e a incerteza estão andando de mãos dadas com o time do Colorado. Apesar disso tudo, existe o lado bom da vida para os torcedores dos Broncos, que é a campanha impecável do ataque na temporada regular. Como dito antes, Manning passou para 55 touchdowns, fez 5,477 jardas e tem um rating de 115.1 na escala da NFL. Já a equipe de Denver possui 457.3 jardas, sendo que 340.2 foram por passes, e uma média de 37.9 pontos por partida. Os números são tão altos que nenhuma equipe sequer chegou perto de igualá-los. Para que esse ataque funcione, Manning tem à sua disposição Damaryius Thomas (WR com 92 recepções; 1,430 jardas e 14 TDs), Eric Decker (WR com 87 recepções; 1,288 jardas e 11 TDs), Wes Welker (WR com 73 recepções, 778 jardas e 10 TDs), Julius Thomas (TE com 65 recepções, 788 jardas e 12 TDs), Knowshon Moreno (RB com 241 carregadas; 1,038 jardas e 10 TDs) e Montee Ball (RB com 120 carregadas, 559 jardas e 4 TDs) como opções para devastar as terras inimigas. Em contraste com o ataque está a defesa de Denver, dona de números bastante tímidos em relação ao desempenho de cada um dos componentes da linha ofensiva. Contudo, apesar de deixar a desejar, a linha defensiva tem alguns destaques, como Danny Trevathan (outside linebacker com 129 tackles, 2.0 sacks, 3 fumbles e 3 interceptações), Duke Ihenacho (strong safety com 73 tackles e 3 fumbles), Wesley Woodyard (linebacker com 84 tackles, 1.5 sack, 2 fumbles e 1 interceptação), Malik Jackson (defensive end com 42 tackles, 6.0 sacks e 1 fumble), Nate Irving (outside linebacker com 41 tackles e 1.0 sack), Shaun Phillips (defensive end com 35 tackles, 10.0 sacks, 2 fumbles e 1 interceptação), Von Miller (outside linebacker com 34 tackles, 5.0 sacks e 3 fumbles), Dominique Rodgers-Cromartie (cornerback com 31 tackles e 3 interceptações), Robert Ayers (DE com 29 tackles, 5.5 sacks e 1 fumble), Terrence Knighton (DT com 31 tackles, 3.0 sacks e 1 interceptação), Derek Wolfe (DE com 16 tackles e 4.0 sacks) e Sylvester Williams 19 tackles e 2.0 sacks). Nota-se que a defesa de Denver é bem parecida com a de New England, especialmente por tacklearem muito pouco e forçarem muitos turnovers. Para passar pela casca de banana sem tropeçar, o Denver Broncos vai ter que fazer uma partida impecável em seus dois setores (ataque e defesa) para que nenhuma zebra atravesse o Sports Authority Field novamente.

O último jogo do Divisional Round, que acontecerá na noite de domingo, às 19h30, deverá ser o mais imprevisível de todos, mas, que mesmo assim, tem um grande favorito à classificação. Apesar de todos falarem que playoffs e temporada regular são duas coisas distintas, seria completamente displicente e errado desconsiderar todos os recordes e goleadas impostas por Manning e cia durante a fase classificatória. Do outro lado existe o San Diego Chargers, que ocupa uma posição bastante confortável (se é que isso é possível, sabendo que o melhor time da competição é o seu próximo adversário no mata-mata), já que a diferença entra as duas equipes são mínimas e ainda existe o "fator extra" preocupando Peyton Manning. Denver tem o melhor ataque e o melhor passe, enquanto San Diego tem o quinto melhor ataque e o quarto melhor passe. Denver possui a 19ª defesa e o 15° melhor jogo terrestre, enquanto San Diego possui a 23ª melhor defesa e o 13° melhor jogo terrestre. Os comparativos são muito estreitos, e Denver leva vantagem em três quesitos contra um de San Diego. Além disso, existe uma contra-partida muito valiosa para a equipe da Califórnia deixar esse duelo ainda mais equilibrado. O Chargers é a única equipe que conseguiu vencer os Broncos lá no Colorado, quebrando uma sequência invicta de Denver. Portanto, para todos os meios de comparação, o Denver Broncos é sim o favorito à classificação, muito pelo fortíssimo ataque que tem, e pelo lendário QB que os comanda, mas o San Diego Chargers tem as suas armas (e profecia) que lhe garante uma boa chance de fazer história. Esse, definitivamente, não é um jogo-morto.



NFC DIVISIONAL ROUND


Divisional Round 1

New Orleans Saints (11-5-0)
Seattle Seahawks (13-3-0)











Depois de uma partida histórica contra o Philadelphia Eagles, no Lincoln Financial Field, lá na casa do adversário, mesmo sem ter uma apresentação da qual estamos acostumados - porém de praxe dos Saints nessa temporada -, o time de Nova Orleans venceu o rival por 26x24 com um field goal salvador do veterano Shane Graham. Os Saints demonstraram que a sua defesa continua confiável nos momentos difíceis, sendo que ela será extremamente necessária agora, já que o time de Nova Orleans continuará a não fazer partidas dentro do Super Dome até o Super Bowl, caso chegue, claro. Entretanto, o que era motivo de orgulho antes do encontro contra o time da Filadélfia agora se tornou num pequeno incômodo. Drew Brees, o capitão/quarterback/pedra filosofal da equipe, lançou dois passes que foram interceptados pela defesa dos Eagles, algo que não é do feitio desse excelente jogador. Além do mais, Brees terminou a partida com a dúbia marca de 250 jardas conquistadas, algo que ele normalmente consegue em apenas dois quartos de jogo, e um touchdown no cartel. Porém, não é novidade para ninguém que Drew Brees é um jogador que aparece na hora certa, no lugar certo e com o passe certo para vencer uma partida. Esse susto, apesar de ter sido uma partida de playoff fora de casa, não deve se repetir caso os Saints queiram chegar a mais uma final de conferência da NFC.

Descansados e cheios de moral, o Seattle Seahawks enfrentarão o seu maior desafio depois de longínquos vexames na temporada regular. A nova era de Seattle deve-se ao excelente time montado com vários picks de primeira rodada nos drafts anteriores devido as suas péssimas campanhas. Os Seahawks terminaram a temporada regular como campeões da NFC West, deixando o poderoso San Francisco 49rs na segunda posição. Os belíssimos desempenhos dos mandantes deste duelo devem-se à Russell Wilson, jovem QB que está apenas em sua segunda temporada, e à "besta" Marshawn Lynch, um running back capaz de perfurar até a muralha da China. Juntos, Wilson e Lynch colocaram os Seahawks na 4ª posição do ranking geral de jardas corridas com 136.8 totais. Esse ótimo número, em sua generosa parte, deve-se à Lynch, que sozinho conquistou 1,257 jardas e 12 touchdowns! Não é a toa que o chamam de "besta", o RB é dotado de uma força capaz de quebrar vários tackles e desmontar vários bloqueios na linha de scrimmage e indo parar duas, três, quatro, cinco, seis, sete jardas a frente! No entanto, o jogo corrido de Seattle também tem grande parte nos pés do próprio QB Russell Wilson, que sozinho já correu 539 jardas - um número bastante considerável se você comparar com alguns RBs de equipes tradicionais - e tem um TD anotado.  Robert Turbin, o RB nº 2 de Seattle também tem um número interessante, passando da marca centenária, com 264 jardas conquistadas com sua própria força. Esse trabalho de correr com a bola é aproveitado a exaustão pelo head coach Pete Carroll, que além dessa arma letal também conta com as 3,357 jardas e 26 touchdowns protagonizados por Russell Wilson, e que possui o admirável 101.2 pontos de rating. Porém, Pete Carroll não conta apenas com o QB e a besta para colocar os Seahawks como favoritos ao Super Bowl, o treinador ainda possui armas como Golden Tate (WR com 64 recepções, 898 jardas e 5 TDs), Doug Baldwin (WR com 50 recepções, 778 jardas e 5 TDs), Zach Miller (TE com 33 recepções, 387 jardas e 5 TDs), Jermaine Kearse (WR com 22 recepções, 346 jardas e 4 TDs) e Sidney Rice (WR com 15 recepções, 231 jardas e 3 TDs) para o ataque. Já a defesa, a melhor da NFL e tão aclamada por ser atlética, insana e cruel, possui nomes do calibre de Earl Thomas (free safety com 105 tackles, 2 fumbles e 5 interceptações), Bobby Wagner (linebacker com 120 tackles, 5.0 sacks e 2 interceptações), Kam Chancellor (strong safety com 99 tackles, 1 fumble e 3 interceptações), K.J. Wright (linebacker com 80 tackles e 1.5 sacks), Malcolm Smith (outside linebacker com 54 tackles, 1.0 sacks, 1 fumble e 2 interceptações), Bruce Irvin (outside linebacker com 40 tackles, 2.0 sacks, 1 fumble e 1 interceptação), Walter Thurmond (cornerback com 32 tackles, 1.0 sacks, 1 fumble e 1 interceptação), Cliff Avril (defensive end com 20 tackles, 8.0 sacks e 5 fumbles), Michael Bennett (defensive end com 31 tackles, 8.5 sacks e 1 fumble), Tony McDaniel (defensive tackle com 53 tackles e 2.0 sacks), Clinton McDonald (defensive tackle com 35 tackles, 5.5 sacks e 1 interceptação) e Richard Sherman (center back com 49 tackles e 8 interceptações).

Esse duelo será marcado pelo time de melhor defesa contra o segundo melhor time passando a bola. As duas equipes vivem momentos distintos, e que pode ser ilustrado pelo placar do último jogo em que eles se encontraram: 34x9 para Seattle, uma verdadeira surra. Mesmo o Saints tendo números tão bons quanto, o que faz do time dos Seahawks ser tão especial ao ponto de impor um massacre desses na temporada regular contra um time tão forte quanto, e ainda assim ter números inferiores no ataque? Seattle tem duas cartas nas mangas que podem explicar esse fenômeno: as corridas e a defesa. Como explicado acima, o jogo corrido de Seattle é eficiente ao extremo, pois tanto o seu QB quanto o seu RB são armas letais e imprevisíveis. Se formos comparar os números de jardas corridas, os Seahawks goleiam por 136.8 contra 92.1, respectivamente a 4ª e 25ª colocadas no ranking da NFL. Já a defesa, a melhor da NFL, não precisa de muita explicação porque os números no parágrafo acima falam por si só. A segurança proveniente de uma rocha, como é a defesa de Seattle, dá a garantia de que sempre haverá interceptações, sacks e fumbles no jogo, dando a impressão de que os jogadores matarão todos que estiverem com outro uniforme. Acostumados e confortados com duas armas acima da média, a linha ofensiva do Seattle não precisa ser forte (ela realmente não é), apenas eficiente. Para ter uma chance contra o Seattle, o New Orleans vai ter que depositar todas as suas fichas no ataque, que fora muito mal contra os Eagles, mas que sempre foi espetacular. Apesar de tudo estar propício para uma campanha devastadora dos Seahawks, julgando pela instabilidade emocional dos Saints, o grande nome do jogo pode ser do adversário. Drew Brees não precisa provar mais nada, pois todos sabem que ele é um QB de elite, um dos maiores de todos os tempos, mas que vem de um jogo ruim. No entanto, são nesses jogos que os gênios aparecem, ainda mais quando se tem uma equipe tão equilibrada quanto a do Saints. Sim, Seattle é a equipe favorita para esse duelo, mas os Saints irão ao CenturyLink Field como franco-atiradores. Atirar eles sabem muito bem, mas eles vão ter que contar com uma partida muito mais encantada do que na final do Super Bowl contra o Indianapolis Colts de Peyton Manning. Saints versus Seahawks será o primeiro jogo do Divisional Round, às 19h15, no sábado.


Divisional Round 2


San Francisco 49rs (12-4-0)
Carolina Panthers (12-4-0)











Depois de uma das batalhas mais duras no wild card, o San Francisco 49rs venceu o Green Bay Packers, no Lambeau Field, sob um gelo de -23º, por 23x20, pela segunda vez nos playoffs. A equipe contou com uma exibição muito consistente e boa do QB Colin Kaepernick, agora mais experiente, para derrotar os "cabeças-de-queijo", e com o field goal convertido no último instante por Phil Dawson. Mesmo sem ter feito um jogo coletivamente bom, os Niners devem-se orgulhar da já citada exibição de seu prodígio quarterback, que ainda é visto por olhares desconfiados de gente mais rigorosa, mas liderou a equipe no primeiro quarto do jogo. Porém, os Niners apresentaram o mesmo problema mencionado na publicação anterior: o ataque inoperante. Todavia, o WR Michael Crabtree colocou a equipe californiana na red zone por duas ocasiões, sendo que nas duas oportunidades San Francisco não conseguiu anotar um touchdown e acabou convertendo dois field goals. Entretanto, a super defesa dos californianos apareceu para salvar o ano de Jim Harbaugh e seus comandados, privando Aaron Rodgers e todo o ataque de Green Bay à apenas NOVE jardas no primeiro quarto. Entre reações e contra-ataques, Kaepernick mostrava segurança em seu jogo corrido (o QB salvou os 49rs em duas ocasiões, uma no terceiro período e outra no quarto, com uma corrida de 42 jardas e outra de 28 respectivamente) e com passes precisos em conversões de terceira descida. Para passar pelo próximo desafio, a equipe de San Francisco precisará mais do que nunca do ataque - e não apenas de Kaepernick e a defesa -, já que o adversário tem uma sólida defesa, quase tão imbatível quanto a do Seattle Seahawks. O veterano Anquan Boldin, que no último jogo novamente não foi bem, precisa acordar para a vida!

O Carolina Panthers, equipe mais nova dentre todos os times classificados para os playoffs, foi uma grata surpresa na temporada regular e chega credenciado nesse duelo pelo divisional round graças ao título conquistado na NFC South, onde deixou para trás o New Orleans Saints e o Atlanta Falcons, sendo que ambas equipes eram consideradas mais fortes do que o time de Charlotte. Com a segunda melhor defesa da NFL, os Panthers conquistaram a maioria de seus pontos forçando turnover e segurando o ataque adversário o mais longe possível da red zone. Apesar de ter números modestos no ataque (26º "melhor" ataque e 29ª "melhor" equipe passando a bola), o time de Carolina nos mostrou uma nova versão de Cam Newton - quarterback que ficou famoso por liderar o Auburn Tigers ao título do BCS Bowl (futebol universitário), em 2010 -, agora um jogador mais confiável e mais ativo no gameplay. Outrora lento e desajeitado, Newton despôs de bons recordes em 2013, parecendo-se mais com aquele QB famoso por correr tão bem com a bola e tirar da cartola passes longos e teleguiados nas mãos dos wide receivers e tight ends. Com 3,379 jardas conquistadas (61% delas completadas), 24 touchdowns, 6 TDs corridos e um rating de 88.8, números bem melhores do que nas duas últimas temporadas, Newton mostrou que pode ser um "franchise player" (jogador de franquia, aquele que "manda" no time) caso esteja disposto a participar mais do jogo e não cometer erros crassos. Erros, porém, que estão presentes e bem vívidos na lembrança do jovem QB, que foi interceptado 13 vezes, tomou 49 sacks e cometeu 3 fumbles. Devido à problemas pontuais no ataque poucos jogadores possuem grandes estatísticas, e aqueles que possuem números bons, são, ao menos, discretos em comparação à outras equipes. DeAngelo Williams (RB com 201 carregadas, 843 jardas e 3 TDs), Greg Olsen (TE com 73 recepções, 816 jardas e 6 TDs), Steve Smith (veterano WR com 64 recepções, 745 jardas e 4 TDs), Brandon LaFell (WR com 49 recepções, 627 jardas e 5 TDs) e Ted Ginn (WR com 36 recepções, 556 jardas e 5 TDs) são os nomes que mais se destacam na modesta linha ofensiva de Ron Riveira. No entanto, o head coach de Carolina possui excelentes nomes na linha defensiva, tais como Luke Kuechly (linebacker com 156 tackles, 2.0 sacks e 4 interceptações), Thomas Davis (outside linebacker com 123 tackles, 4.0 sacks, 1 fumble e 2 interceptações), Mike Mitchell (free safety com 67 tackles, 4.0 sacks, 2 fumbles e 4 interceptações), Captain Munnerlyn (cornerback com 73 tackles, 3.0 sacks, 1 fumble e 2 interceptações), Quintin Mikell (strong safety com 59 tackles, 3.0 sacks e 2 fumbles), Greg Hardy (defensive end com 59 tackles, 15.0 sacks e 1 fumble), Star Lotulelei (defensive tackle com 42 tackles e 3.0 sacks), Charles Johnson (defensive end com 31 tackles, 11.0 sacks e 1 fumble), Mario Addison (defensive end com 21 tackles, 2.5 sacks e 1 fumble) e Dwan Edwards (defensive tackle com 19 tackles e 3.0 sacks). Nota-se que a defesa dos Panthers é assustadoramente forte, ainda mais quando se joga tanto no blitz como costuma fazer Ron Riveira. É perceptível que, invariavelmente, o seu time vai ter o QB sackado ou interceptado pela linha defensiva de Carolina.

Apostar num 0x0 entre San Francisco 49rs e Carolina Panthers não é tão absurdo quando parece soar. Durante a temporada regular, as equipes se encontraram no Candlestick Park, casa dos Niners, e protagonizaram um 10x9, placar muito baixo para os padrões do futebol americano. A vitória foi para o Carolina Panthers, que venceu graças à um field goal no final da partida. Para o duelo de domingo, no Bank of America Stadium, lar dos Panthers, o mesmo que aconteceu no dia 10 de novembro deve se repetir, já que as duas equipes sofrem com um ataque decepcionante. A diferença é que os 49rs possuem jogadores de maior renome e um jogo terrestre mais eficiente do que os Panthers, o que pode ser decisivo devido a periculosidade de se arremessar uma bola contra os interceptadores que estarão a espreita de Colin Kaepernick. Por jogar em casa e contar com uma defesa tão agressiva, o time de Carolina pode surpreender o tradicional San Francisco utilizando-se de uma tática parecida com o "Muricybol", dos tempos áureos do São Paulo tricampeão brasileiro que abusava do "chuveirinho" na grande área adversária. Como isso é possível no futebol americano praticado pelo Panthers? A equipe costuma arriscar poucos passes longos, avançando de pouquinho em pouquinho até chegar na red zone adversária, onde o que rolar é lucro. Com um relógio gasto, basta segurar o tranco com a defesa que tem. É simples, porém eficiente o que o Panthers costuma fazer. O problema é conter a ânsia de Cam Newton de tentar lançar um passe mais "chique" para um wide receiver/tight end não tão qualificado quanto ele pensa. Esse duelo equilibradíssimo, com ligeira vantagem para o Panthers que joga em casa e está mais descansado, acontecerá às 16h.

Guia para os playoffs da NFL - Wild Card

Depois de três meses de disputa, finalmente (e infelizmente) a temporada regular da NFL terminou. Esse sentimento ambíguo pelo término da "primeira fase" da bola oval pode ser analisado de duas formas: a primeira é pelo desânimo dos torcedores que não poderão ver suas equipes nos playoffs. A segunda é pelo fato de que os playoffs passam voando, e depois do Super Bowl, em fevereiro, ficaremos sem ver a bola oval voar por longos SETE meses!

Porém, apesar de breve, os playoffs da NFL sempre nos guardam emoções ímpares, com jogos extremamente disputados e grandes azarões chegando às semi-finais (em alguns casos até à final) de conferências. Nessa temporada - como de costume -, mais um guia estará à disposição de vocês para a primeira perna dos playoffs, o wild card.



AFC WILD CARD

Wild Card 1

Kansas City Chiefs (11-5-0)
Indianapolis Colts (11-5-0)












Segundo colocado na AFC West, o Kansas City Chiefs chamou muita atenção quando abriu 9-0 na temporada regular - logo após enfrentou o Denver Broncos (que terminou em primeiro lugar na AFC West) e conheceu sua primeira derrota na competição - e com um ataque arrasador. Quem comandava o temível (e surpreendente) ataque dos Chiefs era nada mais nada menos que Alex Smith, ex-quarterback do 49rs e que fora chutado após boa aparição de Colin Kaepernick (que se aproveitou da lesão de Smith para roubar-lhe a titularidade). Smith, que antes de sua lesão lá nos tempos de San Francisco, estava numa forma nunca antes vista na Califórnia - era famoso por sofrer muitas interceptações -, e havia conquistando o respeito dos fãs dos Niners, algo que antes era considerado impossível. Hoje, atuando pelo time de Kansas, o quarterback ganhou status de ídolo por conseguir 23 passes para touchdowns; sofrer apenas 7 interceptações; 3,313 jardas e rating de 89.1 (caiu bastante devido à queda de rendimento da equipe depois que abriram 9-0). Além do quarterback, os Chiefs contam com a boa temporada de Jamaal Charles (running back de 259 carregadas; 1,287 jardas e 12 touchdowns), Dwayne Bowe (wide receiver de 57 recepções; 673 jardas e 5 touchdowns) e Derrick Johnson (linebacker de 107 tackles; 4,5 sacks e 2 interceptações).

Já o primeiro colocado na AFC South, o Indianapolis Colts, mostrou que a sua reconstrução desde a saída de Peyton Manning, em 2011, fora breve e muito interessante. O jovem quarterback Andrew Luck está dando conta do recado, despontando para 23 passes para touchdowns; 3,822 jardas e um rating de 87.0, média que seria muito maior caso não tivesse sofrido 9 interceptações na temporada - normal quando se trata de um quarterback em seu segundo ano na NFL. Jogando numa divisão não tão difícil quanto a do seu rival neste wild card, os Colts tiveram a sorte (e competência) de remontar o seu elenco utilizando as peças que já possuía no "período de Manning" com as peças que conseguiu para o "período de Luck". Uma dessas peças interessantes que o time de Indianapolis conseguiu foi o running back Trent Richardson, que por muitos anos fora o [único] destaque do Cleveland Browns. Richardson começou mal na nova equipe, porém, depois de engatar a segunda marcha, o running back mostrou o porquê dos Colts liberarem uma escolha de primeiro round no próximo draft para os Browns: foram 188 carregadas; 563 jardas e 3 touchdowns. Além de Luck e Richardson, os Colts contam com os ótimos serviços de T.Y. Hilton (wide riceiver de 82 recepções; 1,083 jardas e 5 touchdowns), Jerrell Freeman (126 tackles; 5,5 sacks, 6 forced fumbles e 2 interceptações) e Antoine Bethea (safety de 110 tackles; 1.0 sacks e 2 interceptações).

A partida entre Chiefs e Colts, no Lucas Oil Stadium, casa dos Colts, tem tudo para ser um festival de pontos. Motivos? Ambas equipes não são nem um pouco equilibradas e confiáveis, pois sofrem de panes em momentos cruciais da partida fazendo com que os torcedores fiquem com os pêlos ouriçados e unhas serradas. Luck e Smith não são parecidos apenas nos números (é só comparar os dados acima), ambos gostam de correr com a bola. O primeiro corre adoidadamente quando vê uma brecha no ataque, mesmo se algum wide receiver estiver livre. O segundo corre como uma galinha assustada, prestes a ser abatida por um linebacker. O prontuário é que falta confiança aos dois quarterbacks. Por serem duas equipes bastante parecidas, o que pode pesar a favor de um ou outro é justamente o terreno em que vão lutar pela chance de enfrentar o Denver Broncos, na semi-final da conferência americana. Apesar de ter um time ligeiramente superior no quesito técnico, os Chiefs devem sofrer pelo fato do jogo ser em Indiana, onde os Colts podem ter certa vantagem no duelo, já que a fase arrasadora do Chiefs foi há cerca de 2 meses atrás. E, se formos analisar as duas defesas baseadas apenas nos números, os torcedores dos "Potros" de Indianapolis podem botar mais fé ainda em seu time já que a proteção ao Alex Smith deixa a desejar. Outro detalhe: durante a temporada regular os Colts venceram os Chiefs, em Kansas, por 23x7, com uma partida brilhante de Andrew Luck, que passou para 241 jardas e um touchdown, e com uma excelente jornada de Donald Brown, running back que reveza com o Trent Richardson, que anotou dois touchdowns (um com passe de Luck e outro correndo). Também existem outras duas coisas para deixar os torcedores dos Chiefs com medo: a equipe jogou em casa e tomou a virada, sendo que o time passou o primeiro quarto inteiro na frente do placar (touchdown de corrida de Jamaal Charles). O segundo detalhe fora a interceptação da defesa de Indianapolis no Alex Smith, que além de ter sido interceptado ele também recebeu uma baita cafungada no cangote da defesa. 


Wild Card 2

San Diego Chargers (9-7-0)
Cincinnati Bengals (11-5-0)




                    

Terceiro colocado na AFC West, o San Diego Chargers superou todas as expectativas - apesar de ter um bom time - e avançou ao wild card numa divisão ingrata, com Broncos e Chiefs comandando a maioria das ações. O time de San Diego foi encontrando brechas ao longo da estrada e terminou a temporada regular com duas vitórias a menos que os Chiefs, segundo colocado. Aliás, foi graças à uma combinação maluca, que envolve até os Bengals, que o Chargers conseguiu sua classificação para os playoffs. A equipe californiana precisava contar com uma derrota de Miami e Baltimore, além de vencer o time misto do Chiefs em casa. Os Dolphins, que tinham a vantagem na disputa pelo wild card, perderam para o New York Jets, e os Ravens, atuais campeões, perderam para o Cincinnati Bengals, agora rival de wild card de San Diego. Com um milagre praticamente encaminhado, bastava ao Chargers vencer a equipe mista do Chiefs para conquistar a vaga nos playoffs. Fácil, né? Nem tanto. San Diego ficou atrás no placar durante os três primeiros quartos, quando numa campanha de 10 pontos da equipe californiana no último e derradeiro quarto, selou a prorrogação. Entretanto, nenhuma prorrogação ocorreria caso o kicker Ryan Succop não tivesse errado um field goal de 41 jardas faltando 4 segundos para o final da partida no tempo regulamentar. Na prorrogação, após péssimas campanhas de ataque, os Chargers anotaram um field goal com Nick Novac, na linha de 36 jardas, faltando pouco mais de 5 minutos para acabar a prorrogação e assim abocanhar a classificação (e a desolação dos Steelers). Em meio a desgraças, sustos e dramas, os Chargers voltaram aos playoffs da NFL após 3 anos numa temporada em que venceram os Broncos (time de melhor campanha) e perderam para os Raiders (um dos piores). Para tentar protagonizar mais momentos bons do que ruins nesse duelo de wild card, o San Diego vai necessitar muito de um bom jogo do QB Philip Rivers (32 touchdowns; 11 interceptações; 4,478 jardas e 105.5 de rating), que está numa temporada muito boa, sendo responsável direto pela ótima forma do ataque dos Chargers nesse ano (quarto melhor da NFL). Além dele, Ryan Mathews (running back de 285 carregadas; 1,255 jardas e 6 TDs), Antonio Gates (wide receiver de 77 recepções; 872 jardas e 4 TDs), Keenan Allen (wide receiver rookie de 71 recepções; 1,046 jardas e 8 TDs) e Eddie Royal (wide receiver de 47 recepções; 631 jardas e 8 TDs) são armas extremamente importantes que transformaram o ataque dos Chargers nessa máquina temível.

Já os Bengals, primeiro colocado na AFC North, tiveram uma campanha bem mais sólida e confiável que o seu rival no wild card. A principal arma da equipe de Ohio é a sua casa, onde eles terminaram a temporada regular de forma invicta jogando em seu estádio, o Paul Brown Stadium. Dotados de uma defesa muito forte e um ataque muito atlético, os Bengals tornaram-se num dos times mais compactos da temporada. Talvez os únicos problemas sejam o QB Andy Dalton, que ainda sente o peso da inexperiência, e o RB Benjarvous Green-Ellis, que apesar de forte deixa a desejar na hora de correr livre. Esses aspectos são questões técnicas e que muitas vezes são mascarados pelo excelente desempenho coletivo de uma equipe que arrisca muito pouco. Para deixar de ser promessa e finalmente passar pelo wild card, o time de Cincinnati vai ter que confiar muito em Andy Dalton, que falhou no momento errado nos playoffs da temporada passada, e que tem a infame marca de 20 interceptações sofridas durante toda a campanha na temporada regular. No entanto, o QB, que está em seu terceiro ano, possui a boa marca de 33 touchdowns anotados à partir de seus lançamentos e 4,293 jardas aéreas conquistadas. Além desses números de Dalton, Cincinnati possui um alento e tanto em seu time de ataque, uma dupla de WRs arrasadora que combinados possuem 21 touchdowns anotados em toda temporada regular. A.J. Green e Marvin Jones são duas máquinas que conquistaram 1,426 e 712 jardas respectivamente, além de terem recepcionado 98 e 51 bolas em toda a temporada. Porém, algo de magnifico também acontece em outro setor de Cincinnati. A grande arma dos "Tigres de Bengala" é a sua feroz defesa, que ocupa a terceira posição no ranking geral da NFL, onde praticamente todos os jogadores dos Bengals possuem estatísticas absurdas. De todos eles valem a pena destacar seis jogadores: Vontaze Burfict, linebacker segundo anista que possui 171 tackles, 3.0 sacks, 1 fumble forçado e 1 interceptação. Rey Maualuga, linebacker que está no quinto ano e possui 75 tackles, 1.0 sacks e 1 interceptação. Reggie Nelson, free safety que está na sétima temporada e possui 65 tackles, 1.0 sacks, 1 fumble forçado e 2 interceptações. George Iloka, strong safety que está em seu segundo ano de NFL e possui 66 tackles, 2 fumbles forçados e 2 interceptações. Carlos Dunlap, defensive end de quatro temporadas que possui 58 tackles, 7.5 sacks (!!!) e 4 fumbles forçados (!!!). Michael Johnson, defensive end que está no quinto ano e possui 56 tackles, 3.5 sacks, 2 fumbles forçados e 1 interceptação. Nota-se que a defesa possui números monstruosos, além de ser muito nova, algo que permite ao coordenador defensivo utilizar jogadas de pressão em cima do ataque adversário.

O duelo entre as duas equipes acontecerá na casa dos Bengals, no já citado Paul Brown Stadium, num domingo que deverá nevar. Considerando que o time de Cincinnati não perde em casa e que o San Diego é um time acostumado com um calor absurdo, todo o favoritismo vai para o Bengals. Entretanto, existe uma chance pequena, porém real, dos Chargers conseguirem uma vitória no wild card. Para que isso aconteça, a defesa dos californianos vai ter que jogar tudo o que não jogou durante a temporada inteira para que consigam desestabilizar o já desestabilizado por natureza, Andy Dalton, que costuma derrubar a farofa em momentos decisivos (vide a enorme quantidade de vezes que ele fora interceptado somente neste ano). Essa é a grande (pra não dizer a única) chance dos Chargers. Já o Cincinnati deve acelerar bastante o jogo com a sua incrível defesa, pois sabe que não pode dar sopa para o azar já que o QB Philip Rivers é a cara de seu time, algo totalmente imprevisível. Em dezembro, Bengals e Chargers se encontraram no Qualcomm Stadium, em San Diego, em um jogo que terminou com a vitória do time de Cincinnati por 17 x 10. Naquela partida, o jogo corrido dos Bengals chamou a atenção com a combinação dos running backs Green-Ellis/Bernard que juntos correram para 149 jardas. Ellis anotou um touchdown terrestre usando toda a sua força, sua assinatura. Outro fator de destaque fora a já condecorada defesa dos Bengals, que privou Rivers em miseras 252 jardas, em casa, além de ter forçado três turnovers.



NFC WILD CARD

Wild Card 1


New Orleans Saints (11-5-0)
Philadelphia Eagles (10-6-0)











Figurinha carimbada nos últimos playoffs, o campeão do Super Bowl XLIV, o New Orleans Saints, está com a moral baixa nesta temporada. O segundo lugar na NFC South desse ano ocorreu devido a surpreendente ascensão do Carolina Panthers, que fora o campeão da NFC South. Apesar do protagonismo roubado, o time de Louisiana continua praticamente o mesmo das últimas temporadas de sucesso. O que mudou, na realidade, foi a atitude das equipes rivais que aprenderam um jeito de combater o modo de jogar da equipe de Sean Payton - que ficou ausente na temporada passada por condutas ilegais de jogo. Esse novo cenário atrapalhou o playbook dos Saints, obrigando Payton a remodelar suas táticas de jogo para dar uma nova cara a equipe. Apesar de cambaleante, os Saints ainda contam com suas armas letais no ataque e uma defesa muito agressiva (não tanto como outrora, porém continua forte) para botar aquela velha pulga no ouvido dos adversários, que além de impor o medo também ajudam a contribuir para um melhor serviço do QB Drew Brees, a alma dos Saints. Falando nele, Brees é responsável direto pela vice-liderança dos Saints no ranking geral da NFL em passes (307.4 jardas) e a quarta posição no ranking de ataque. Outra prova de que nem tudo mudou nos Saints é que o bom e velho equilíbrio, que deu notoriedade a Sean Payton na liga, continua sendo a marca registrada da equipe na temporada, pois a defesa também ocupa a mesma quarta posição no ranking da NFL das melhores defesas. Para que o equilíbrio nunca saia do prumo, os Saints contam com os números de Drew Brees (39 TDs; 5,162 jardas e rating de 104.7 - apesar de ter 12 interceptações na temporada), Pierre Thomas (running back com 147 carregadas, 549 jardas e 2 TDs), Jimmy Graham (tight end com 86 recepções - maior número do time -; 1,215 jardas e 16 TDs), Marques Colston (wide receiver com 75 recepções, 943 jardas e 5 TDs), Darren Sproles (RB/WR/PR com 53 carregadas, 220 jardas e 2 TDs), Curtis Lofton (linebacker com 125 tackles, 2.0 sacks e 1 fumble forçado), David Hawthorne (linebacker com 91 tackles, 3.0 sacks e 1 fumble forçado), Malcolm Jenkins (free safety com 68 tackles, 2.5 sacks, 2 fumbles forçados e 2 interceptações), Cameron Jordan (defensive end com 47 tackles, 12.5 sacks e 2 fumbles) e Keenan Lewis (center back com 47 tackles, 1 fumble e 4 interceptações).

Jardas, jardas e muito mais jardas! Esse é o pensamento do Philadelphia Eagles, campeão da NFC East e líder da NFL em jardas corridas (160.4), vice-líder em jardas (417.2) e quarto colocado em pontos (27.6 de média). Um ataque fulminante que cresceu demais nessa temporada depois que Michael Vick perdera [finalmente] a titularidade para Nick Foles, um quarterback muito mais confiável e com muito mais precisão na mão. Porém, nem tudo são flores na cidade da independência americana. Apesar de contar com um ataque tão bem ranqueado em quase todos os quesitos, o mesmo não se pode dizer sobre a defesa dos Eagles, que é algo muito preocupante, sendo dona da pífia 26ª colocação no ranking da NFL. Os Eagles conquistaram sua vaga para os playoffs após aniquilarem o Chicago Bears por 54x11, no Lincoln Financial Field, e o Dallas Cowboys, no AT&T Stadium, na derradeira partida final por 24x22. Os destaques da equipe de Philadelphia ficam por conta de Nick Foles (27 TDs; 2,891 jardas e um rating de 119.2 - possui apenas 2 interceptações), LeSean McCoy (running back com 314 carregadas; 1,607 jardas e 9 TDs), DeSean Jackson (wide receiver com 82 recepções; 1.332 jardas e 9 TDs), Riley Cooper (WR com 47 recepções, 835 jardas e 8 TDs), Brent Celek (tight end com 32 recepções, 502 jardas e 6 TDs), DeMeco Ryans (linebacker com 127 tackles, 4.0 sacks e 2 interceptações), Mychal Kendricks (linebacker com 106 tackles, 4.0 sacks, 2 fumbles e 3 interceptações), Trent Cole (outside linebacker com 56 tackles, 8.0 sacks e 3 fumbles) e Connor Barwin (outside linebacker com 56 tackles, 5.0 sacks, 1 fumble e 1 interceptação).

A partida entre Philadelphia Eagles e New Orleans Saints, no Lincoln Financial Field, colocará duas equipes de muita potência frente a frente. Até antes de dezembro, poderíamos dizer que os Saints eram plenos favoritos contra os Eagles, mas, depois de duas partidas convincentes no último mês de dezembro de 2013, a equipe da Philadelphia subiu de patamar e pode enfrentar o temível time de New Orleans. Mesmo sendo um jogo parelho entre duas equipes bem parecidas, existe certo favoritismo pendendo para o lado dos Saints já que time de Drew Brees vai enfrentar uma equipe que não joga bem em casa (os Eagles têm a marca de 4 vitórias e 4 derrotas em seus domínios). Outro fator que pesa a favor dos Saints é o seu equilíbrio, que vai ser fundamental contra uma equipe extremamente "afobada" jogando em casa.


Wild Card 2


San Francisco 49rs (12-4-0)
Green Bay Packers (8-7-1)











Mesmo com números de campeão de divisão (New England Patriots, por exemplo), o San Francisco 49rs fico atrás do Seattle Seahawks e vai ter que disputar o wild card contra o Green Bay Packers, lá no Lambeau Field debaixo de neve. No entanto, mesmo com a boa campanha da equipe californiana, muitos erros ficaram evidentes durante a jornada dos Niners na temporada regular. O QB Colin Kaepernick sofreu 8 interceptações e 6 fumbles, deixando seu potencial em xeque e causando questionamentos nos torcedores que ainda o comparam com o QB anterior, o Alex Smith. O ataque, que na temporada passada vivia do tight end Vernon Davies e do running back Frank Gore, recebeu o reforço do WR Anquan Boldin, rival no Super Bowl passado quando perderam o título para os Ravens. Porém, nem mesmo com um upgrade desses os Niners foram capazes de melhorar seu desempenho ofensivo, ficando com a 25ª posição no ranking da NFL. Já a sua defesa, dona da 5ª melhor posição no raking geral, continua dando show principalmente em partidas decisivas. Mesmo com um número relativamente baixo de interceptações, os Niners apostam na força bruta de NaVorro Bowman (linebacker com 145 tackles, 5.0 sacks, 4 fumbles e 2 interceptações), Patrick Willis (linebacker com 104 tackles, 3.0 sacks e 2 fumbles), Ahmad Brooks (outside linebacker com 60 tackles, 8.5 sacks, 1 fumble e 1 interceptação), Justin Smith (defensive end com 49 tackles, 6.5 sacks e 1 fumble), Aldon Smith (outside linebacker com 34 tackles e 8.5 sacks) e Tramaine Brock (center back com 37 tackles e 5 interceptações). Para não depender apenas dos turnovers que a defesa possa causar no adversário, os Niners terão que contar com uma partida especial de seus principais jogadores de ataque, como Colin Kaepernick (QB com 21 TDs; 3,197 jardas e rating de 91.6), Frank Gore (RB com 276 carregadas; 1,128 jardas e 9 TDs), Vernon Davies (TE com 56 recepções, 850 jardas, 13 TDs), Anquan Boldin (WR com 85 recepções; 1,178 jardas e 7 TDs) e Michael Crabtree (WR com 19 recepções, 284 jardas e 1 TD).

Já o Green Bay Packers, tradicionalíssimo time da NFC, foi a equipe que se classificou para o wild card com menor aproveitamento, sendo capaz até de empatar na temporada regular com o Minnesota Vikings. Só que a desvantagem dos "cabeças de queijo" pode ser creditada à ausência de Aaron Rodgers, QB que liderou o ranking de rating entre os QBs por um longo período até a contusão que o tirou de combate. No entanto, mesmo com Rodgers parado, os Packers terminaram a temporada regular como a terceira melhor equipe conquistando jardas (400.2), sexta melhor em passes aéreos (266.8), a sétima melhor em jardas corridas (133.5) e a oitava melhor em média de pontos (26.1), números que são muito bons. Todavia, a defesa, que outrora era motivo de orgulho para os Packers, hoje é a 25ª colocada no ranking após, adivinhem, inúmeras contusões (especialmente de Clay Matthews). No entanto, nos últimos 5 jogos a equipe de Wisconsin venceu 3 e perdeu apenas 2, leve ascensão para quem estava fadado às férias de inverno. Além da camisa, os Packers vão precisar bastante da ajuda de Aaron Rodgers (17 TDs; 2,536 jardas e rating de 104.9 - apenas 6 interceptações), Eddie Lacy (RB com 284 carregadas; 1,178 jardas e 11 TDs), Jordy Nelson (WR com 85 recepções; 1,314 jardas e 8 TDs), Randall Cobb (WR com 31 recepções, 433 jardas e 4 TDs), Jermichael Finley (TE com 25 recepções, 300 jardas e 3 TDs), James Jones (WR com 59 recepções, 817 jardas e 3 TDs), Jarrett Boykin (WR com 49 recepções, 681 jardas e 3 TDs), A.J.Hawk (linebacker com 118 tackles, 5.0 sacks, 1 fumble, 1 interceptação), Tramon Williams (center back com 83 tackles, 2.5 sacks, 2 fumbles, 3 interceptações), Brad Jones (linebacker com 84 tackles, 3.0 sacks, 1 fumble), Clay Matthews (outside linebacker com 41 tackles, 7.5 sacks e 3 fumbles), Mike Neal (outside linebacker com 47 tackles, 5.0 sacks, 1 fumble, 1 interceptação), Mike Daniels (defensive end com 23 tackles e 6.5 sacks), Sam Shields (center back com 61  tackles e 4 interceptações) para vencer nos playoffs.

Esse será o duelo de maior tradição e de força física entre as equipes que estão no wild card, sendo que juntos Packers e Niners somam NOVE Super Bowls conquistados. Só que nos últimos três jogos em que eles se enfrentaram o San Francisco venceu todos os duelos (9/9/12 - 30x22, 12/1/13 - 45x31 e 8/9/13 - 34x28). Apesar dos placares apertados, a freguesia de Green Bay deve-se ao belo trabalho que Jim Harbaugh desenvolve há três anos lá em San Francisco, onde montou uma das equipes mais sólidas das últimas temporadas da NFL. Mesmo com uma campanha feia, cheia de buracos e insetos, os Packers receberão os vice-campeões do último Super Bowl em sua casa, o mítico Lambeau Field, graças ao título da divisão North da NFC. Entretanto, um fator alternativo deve atrapalhar o espetáculo entre as duas equipes: Neve. Muita, muita, muita neve é esperada para cair em toda Green Bay neste final de semana. Considerando que os Packers jogam em casa, na neve e sem lesões, a vantagem que poderia ser de San Francisco até duas semanas atrás já não é tão grande assim, especialmente porque Aaron Rodgers veio de uma excelente partida contra o Chicago Bears, justamente em seu retorno aos gramados num jogo decisivo e liderando os Packers à classificação. Sabendo dos poderosos números do setor ofensivo, e com resquícios daquela bela defesa de temporadas atrás, os Packers vão jogar de igual para igual com os Niners. E claro, esse clássico deve ser o jogo mais dramático dos playoffs.

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