Postado Por : TramaFC 4.1.14

Depois de três meses de disputa, finalmente (e infelizmente) a temporada regular da NFL terminou. Esse sentimento ambíguo pelo término da "primeira fase" da bola oval pode ser analisado de duas formas: a primeira é pelo desânimo dos torcedores que não poderão ver suas equipes nos playoffs. A segunda é pelo fato de que os playoffs passam voando, e depois do Super Bowl, em fevereiro, ficaremos sem ver a bola oval voar por longos SETE meses!

Porém, apesar de breve, os playoffs da NFL sempre nos guardam emoções ímpares, com jogos extremamente disputados e grandes azarões chegando às semi-finais (em alguns casos até à final) de conferências. Nessa temporada - como de costume -, mais um guia estará à disposição de vocês para a primeira perna dos playoffs, o wild card.



AFC WILD CARD

Wild Card 1

Kansas City Chiefs (11-5-0)
Indianapolis Colts (11-5-0)












Segundo colocado na AFC West, o Kansas City Chiefs chamou muita atenção quando abriu 9-0 na temporada regular - logo após enfrentou o Denver Broncos (que terminou em primeiro lugar na AFC West) e conheceu sua primeira derrota na competição - e com um ataque arrasador. Quem comandava o temível (e surpreendente) ataque dos Chiefs era nada mais nada menos que Alex Smith, ex-quarterback do 49rs e que fora chutado após boa aparição de Colin Kaepernick (que se aproveitou da lesão de Smith para roubar-lhe a titularidade). Smith, que antes de sua lesão lá nos tempos de San Francisco, estava numa forma nunca antes vista na Califórnia - era famoso por sofrer muitas interceptações -, e havia conquistando o respeito dos fãs dos Niners, algo que antes era considerado impossível. Hoje, atuando pelo time de Kansas, o quarterback ganhou status de ídolo por conseguir 23 passes para touchdowns; sofrer apenas 7 interceptações; 3,313 jardas e rating de 89.1 (caiu bastante devido à queda de rendimento da equipe depois que abriram 9-0). Além do quarterback, os Chiefs contam com a boa temporada de Jamaal Charles (running back de 259 carregadas; 1,287 jardas e 12 touchdowns), Dwayne Bowe (wide receiver de 57 recepções; 673 jardas e 5 touchdowns) e Derrick Johnson (linebacker de 107 tackles; 4,5 sacks e 2 interceptações).

Já o primeiro colocado na AFC South, o Indianapolis Colts, mostrou que a sua reconstrução desde a saída de Peyton Manning, em 2011, fora breve e muito interessante. O jovem quarterback Andrew Luck está dando conta do recado, despontando para 23 passes para touchdowns; 3,822 jardas e um rating de 87.0, média que seria muito maior caso não tivesse sofrido 9 interceptações na temporada - normal quando se trata de um quarterback em seu segundo ano na NFL. Jogando numa divisão não tão difícil quanto a do seu rival neste wild card, os Colts tiveram a sorte (e competência) de remontar o seu elenco utilizando as peças que já possuía no "período de Manning" com as peças que conseguiu para o "período de Luck". Uma dessas peças interessantes que o time de Indianapolis conseguiu foi o running back Trent Richardson, que por muitos anos fora o [único] destaque do Cleveland Browns. Richardson começou mal na nova equipe, porém, depois de engatar a segunda marcha, o running back mostrou o porquê dos Colts liberarem uma escolha de primeiro round no próximo draft para os Browns: foram 188 carregadas; 563 jardas e 3 touchdowns. Além de Luck e Richardson, os Colts contam com os ótimos serviços de T.Y. Hilton (wide riceiver de 82 recepções; 1,083 jardas e 5 touchdowns), Jerrell Freeman (126 tackles; 5,5 sacks, 6 forced fumbles e 2 interceptações) e Antoine Bethea (safety de 110 tackles; 1.0 sacks e 2 interceptações).

A partida entre Chiefs e Colts, no Lucas Oil Stadium, casa dos Colts, tem tudo para ser um festival de pontos. Motivos? Ambas equipes não são nem um pouco equilibradas e confiáveis, pois sofrem de panes em momentos cruciais da partida fazendo com que os torcedores fiquem com os pêlos ouriçados e unhas serradas. Luck e Smith não são parecidos apenas nos números (é só comparar os dados acima), ambos gostam de correr com a bola. O primeiro corre adoidadamente quando vê uma brecha no ataque, mesmo se algum wide receiver estiver livre. O segundo corre como uma galinha assustada, prestes a ser abatida por um linebacker. O prontuário é que falta confiança aos dois quarterbacks. Por serem duas equipes bastante parecidas, o que pode pesar a favor de um ou outro é justamente o terreno em que vão lutar pela chance de enfrentar o Denver Broncos, na semi-final da conferência americana. Apesar de ter um time ligeiramente superior no quesito técnico, os Chiefs devem sofrer pelo fato do jogo ser em Indiana, onde os Colts podem ter certa vantagem no duelo, já que a fase arrasadora do Chiefs foi há cerca de 2 meses atrás. E, se formos analisar as duas defesas baseadas apenas nos números, os torcedores dos "Potros" de Indianapolis podem botar mais fé ainda em seu time já que a proteção ao Alex Smith deixa a desejar. Outro detalhe: durante a temporada regular os Colts venceram os Chiefs, em Kansas, por 23x7, com uma partida brilhante de Andrew Luck, que passou para 241 jardas e um touchdown, e com uma excelente jornada de Donald Brown, running back que reveza com o Trent Richardson, que anotou dois touchdowns (um com passe de Luck e outro correndo). Também existem outras duas coisas para deixar os torcedores dos Chiefs com medo: a equipe jogou em casa e tomou a virada, sendo que o time passou o primeiro quarto inteiro na frente do placar (touchdown de corrida de Jamaal Charles). O segundo detalhe fora a interceptação da defesa de Indianapolis no Alex Smith, que além de ter sido interceptado ele também recebeu uma baita cafungada no cangote da defesa. 


Wild Card 2

San Diego Chargers (9-7-0)
Cincinnati Bengals (11-5-0)




                    

Terceiro colocado na AFC West, o San Diego Chargers superou todas as expectativas - apesar de ter um bom time - e avançou ao wild card numa divisão ingrata, com Broncos e Chiefs comandando a maioria das ações. O time de San Diego foi encontrando brechas ao longo da estrada e terminou a temporada regular com duas vitórias a menos que os Chiefs, segundo colocado. Aliás, foi graças à uma combinação maluca, que envolve até os Bengals, que o Chargers conseguiu sua classificação para os playoffs. A equipe californiana precisava contar com uma derrota de Miami e Baltimore, além de vencer o time misto do Chiefs em casa. Os Dolphins, que tinham a vantagem na disputa pelo wild card, perderam para o New York Jets, e os Ravens, atuais campeões, perderam para o Cincinnati Bengals, agora rival de wild card de San Diego. Com um milagre praticamente encaminhado, bastava ao Chargers vencer a equipe mista do Chiefs para conquistar a vaga nos playoffs. Fácil, né? Nem tanto. San Diego ficou atrás no placar durante os três primeiros quartos, quando numa campanha de 10 pontos da equipe californiana no último e derradeiro quarto, selou a prorrogação. Entretanto, nenhuma prorrogação ocorreria caso o kicker Ryan Succop não tivesse errado um field goal de 41 jardas faltando 4 segundos para o final da partida no tempo regulamentar. Na prorrogação, após péssimas campanhas de ataque, os Chargers anotaram um field goal com Nick Novac, na linha de 36 jardas, faltando pouco mais de 5 minutos para acabar a prorrogação e assim abocanhar a classificação (e a desolação dos Steelers). Em meio a desgraças, sustos e dramas, os Chargers voltaram aos playoffs da NFL após 3 anos numa temporada em que venceram os Broncos (time de melhor campanha) e perderam para os Raiders (um dos piores). Para tentar protagonizar mais momentos bons do que ruins nesse duelo de wild card, o San Diego vai necessitar muito de um bom jogo do QB Philip Rivers (32 touchdowns; 11 interceptações; 4,478 jardas e 105.5 de rating), que está numa temporada muito boa, sendo responsável direto pela ótima forma do ataque dos Chargers nesse ano (quarto melhor da NFL). Além dele, Ryan Mathews (running back de 285 carregadas; 1,255 jardas e 6 TDs), Antonio Gates (wide receiver de 77 recepções; 872 jardas e 4 TDs), Keenan Allen (wide receiver rookie de 71 recepções; 1,046 jardas e 8 TDs) e Eddie Royal (wide receiver de 47 recepções; 631 jardas e 8 TDs) são armas extremamente importantes que transformaram o ataque dos Chargers nessa máquina temível.

Já os Bengals, primeiro colocado na AFC North, tiveram uma campanha bem mais sólida e confiável que o seu rival no wild card. A principal arma da equipe de Ohio é a sua casa, onde eles terminaram a temporada regular de forma invicta jogando em seu estádio, o Paul Brown Stadium. Dotados de uma defesa muito forte e um ataque muito atlético, os Bengals tornaram-se num dos times mais compactos da temporada. Talvez os únicos problemas sejam o QB Andy Dalton, que ainda sente o peso da inexperiência, e o RB Benjarvous Green-Ellis, que apesar de forte deixa a desejar na hora de correr livre. Esses aspectos são questões técnicas e que muitas vezes são mascarados pelo excelente desempenho coletivo de uma equipe que arrisca muito pouco. Para deixar de ser promessa e finalmente passar pelo wild card, o time de Cincinnati vai ter que confiar muito em Andy Dalton, que falhou no momento errado nos playoffs da temporada passada, e que tem a infame marca de 20 interceptações sofridas durante toda a campanha na temporada regular. No entanto, o QB, que está em seu terceiro ano, possui a boa marca de 33 touchdowns anotados à partir de seus lançamentos e 4,293 jardas aéreas conquistadas. Além desses números de Dalton, Cincinnati possui um alento e tanto em seu time de ataque, uma dupla de WRs arrasadora que combinados possuem 21 touchdowns anotados em toda temporada regular. A.J. Green e Marvin Jones são duas máquinas que conquistaram 1,426 e 712 jardas respectivamente, além de terem recepcionado 98 e 51 bolas em toda a temporada. Porém, algo de magnifico também acontece em outro setor de Cincinnati. A grande arma dos "Tigres de Bengala" é a sua feroz defesa, que ocupa a terceira posição no ranking geral da NFL, onde praticamente todos os jogadores dos Bengals possuem estatísticas absurdas. De todos eles valem a pena destacar seis jogadores: Vontaze Burfict, linebacker segundo anista que possui 171 tackles, 3.0 sacks, 1 fumble forçado e 1 interceptação. Rey Maualuga, linebacker que está no quinto ano e possui 75 tackles, 1.0 sacks e 1 interceptação. Reggie Nelson, free safety que está na sétima temporada e possui 65 tackles, 1.0 sacks, 1 fumble forçado e 2 interceptações. George Iloka, strong safety que está em seu segundo ano de NFL e possui 66 tackles, 2 fumbles forçados e 2 interceptações. Carlos Dunlap, defensive end de quatro temporadas que possui 58 tackles, 7.5 sacks (!!!) e 4 fumbles forçados (!!!). Michael Johnson, defensive end que está no quinto ano e possui 56 tackles, 3.5 sacks, 2 fumbles forçados e 1 interceptação. Nota-se que a defesa possui números monstruosos, além de ser muito nova, algo que permite ao coordenador defensivo utilizar jogadas de pressão em cima do ataque adversário.

O duelo entre as duas equipes acontecerá na casa dos Bengals, no já citado Paul Brown Stadium, num domingo que deverá nevar. Considerando que o time de Cincinnati não perde em casa e que o San Diego é um time acostumado com um calor absurdo, todo o favoritismo vai para o Bengals. Entretanto, existe uma chance pequena, porém real, dos Chargers conseguirem uma vitória no wild card. Para que isso aconteça, a defesa dos californianos vai ter que jogar tudo o que não jogou durante a temporada inteira para que consigam desestabilizar o já desestabilizado por natureza, Andy Dalton, que costuma derrubar a farofa em momentos decisivos (vide a enorme quantidade de vezes que ele fora interceptado somente neste ano). Essa é a grande (pra não dizer a única) chance dos Chargers. Já o Cincinnati deve acelerar bastante o jogo com a sua incrível defesa, pois sabe que não pode dar sopa para o azar já que o QB Philip Rivers é a cara de seu time, algo totalmente imprevisível. Em dezembro, Bengals e Chargers se encontraram no Qualcomm Stadium, em San Diego, em um jogo que terminou com a vitória do time de Cincinnati por 17 x 10. Naquela partida, o jogo corrido dos Bengals chamou a atenção com a combinação dos running backs Green-Ellis/Bernard que juntos correram para 149 jardas. Ellis anotou um touchdown terrestre usando toda a sua força, sua assinatura. Outro fator de destaque fora a já condecorada defesa dos Bengals, que privou Rivers em miseras 252 jardas, em casa, além de ter forçado três turnovers.



NFC WILD CARD

Wild Card 1


New Orleans Saints (11-5-0)
Philadelphia Eagles (10-6-0)











Figurinha carimbada nos últimos playoffs, o campeão do Super Bowl XLIV, o New Orleans Saints, está com a moral baixa nesta temporada. O segundo lugar na NFC South desse ano ocorreu devido a surpreendente ascensão do Carolina Panthers, que fora o campeão da NFC South. Apesar do protagonismo roubado, o time de Louisiana continua praticamente o mesmo das últimas temporadas de sucesso. O que mudou, na realidade, foi a atitude das equipes rivais que aprenderam um jeito de combater o modo de jogar da equipe de Sean Payton - que ficou ausente na temporada passada por condutas ilegais de jogo. Esse novo cenário atrapalhou o playbook dos Saints, obrigando Payton a remodelar suas táticas de jogo para dar uma nova cara a equipe. Apesar de cambaleante, os Saints ainda contam com suas armas letais no ataque e uma defesa muito agressiva (não tanto como outrora, porém continua forte) para botar aquela velha pulga no ouvido dos adversários, que além de impor o medo também ajudam a contribuir para um melhor serviço do QB Drew Brees, a alma dos Saints. Falando nele, Brees é responsável direto pela vice-liderança dos Saints no ranking geral da NFL em passes (307.4 jardas) e a quarta posição no ranking de ataque. Outra prova de que nem tudo mudou nos Saints é que o bom e velho equilíbrio, que deu notoriedade a Sean Payton na liga, continua sendo a marca registrada da equipe na temporada, pois a defesa também ocupa a mesma quarta posição no ranking da NFL das melhores defesas. Para que o equilíbrio nunca saia do prumo, os Saints contam com os números de Drew Brees (39 TDs; 5,162 jardas e rating de 104.7 - apesar de ter 12 interceptações na temporada), Pierre Thomas (running back com 147 carregadas, 549 jardas e 2 TDs), Jimmy Graham (tight end com 86 recepções - maior número do time -; 1,215 jardas e 16 TDs), Marques Colston (wide receiver com 75 recepções, 943 jardas e 5 TDs), Darren Sproles (RB/WR/PR com 53 carregadas, 220 jardas e 2 TDs), Curtis Lofton (linebacker com 125 tackles, 2.0 sacks e 1 fumble forçado), David Hawthorne (linebacker com 91 tackles, 3.0 sacks e 1 fumble forçado), Malcolm Jenkins (free safety com 68 tackles, 2.5 sacks, 2 fumbles forçados e 2 interceptações), Cameron Jordan (defensive end com 47 tackles, 12.5 sacks e 2 fumbles) e Keenan Lewis (center back com 47 tackles, 1 fumble e 4 interceptações).

Jardas, jardas e muito mais jardas! Esse é o pensamento do Philadelphia Eagles, campeão da NFC East e líder da NFL em jardas corridas (160.4), vice-líder em jardas (417.2) e quarto colocado em pontos (27.6 de média). Um ataque fulminante que cresceu demais nessa temporada depois que Michael Vick perdera [finalmente] a titularidade para Nick Foles, um quarterback muito mais confiável e com muito mais precisão na mão. Porém, nem tudo são flores na cidade da independência americana. Apesar de contar com um ataque tão bem ranqueado em quase todos os quesitos, o mesmo não se pode dizer sobre a defesa dos Eagles, que é algo muito preocupante, sendo dona da pífia 26ª colocação no ranking da NFL. Os Eagles conquistaram sua vaga para os playoffs após aniquilarem o Chicago Bears por 54x11, no Lincoln Financial Field, e o Dallas Cowboys, no AT&T Stadium, na derradeira partida final por 24x22. Os destaques da equipe de Philadelphia ficam por conta de Nick Foles (27 TDs; 2,891 jardas e um rating de 119.2 - possui apenas 2 interceptações), LeSean McCoy (running back com 314 carregadas; 1,607 jardas e 9 TDs), DeSean Jackson (wide receiver com 82 recepções; 1.332 jardas e 9 TDs), Riley Cooper (WR com 47 recepções, 835 jardas e 8 TDs), Brent Celek (tight end com 32 recepções, 502 jardas e 6 TDs), DeMeco Ryans (linebacker com 127 tackles, 4.0 sacks e 2 interceptações), Mychal Kendricks (linebacker com 106 tackles, 4.0 sacks, 2 fumbles e 3 interceptações), Trent Cole (outside linebacker com 56 tackles, 8.0 sacks e 3 fumbles) e Connor Barwin (outside linebacker com 56 tackles, 5.0 sacks, 1 fumble e 1 interceptação).

A partida entre Philadelphia Eagles e New Orleans Saints, no Lincoln Financial Field, colocará duas equipes de muita potência frente a frente. Até antes de dezembro, poderíamos dizer que os Saints eram plenos favoritos contra os Eagles, mas, depois de duas partidas convincentes no último mês de dezembro de 2013, a equipe da Philadelphia subiu de patamar e pode enfrentar o temível time de New Orleans. Mesmo sendo um jogo parelho entre duas equipes bem parecidas, existe certo favoritismo pendendo para o lado dos Saints já que time de Drew Brees vai enfrentar uma equipe que não joga bem em casa (os Eagles têm a marca de 4 vitórias e 4 derrotas em seus domínios). Outro fator que pesa a favor dos Saints é o seu equilíbrio, que vai ser fundamental contra uma equipe extremamente "afobada" jogando em casa.


Wild Card 2


San Francisco 49rs (12-4-0)
Green Bay Packers (8-7-1)











Mesmo com números de campeão de divisão (New England Patriots, por exemplo), o San Francisco 49rs fico atrás do Seattle Seahawks e vai ter que disputar o wild card contra o Green Bay Packers, lá no Lambeau Field debaixo de neve. No entanto, mesmo com a boa campanha da equipe californiana, muitos erros ficaram evidentes durante a jornada dos Niners na temporada regular. O QB Colin Kaepernick sofreu 8 interceptações e 6 fumbles, deixando seu potencial em xeque e causando questionamentos nos torcedores que ainda o comparam com o QB anterior, o Alex Smith. O ataque, que na temporada passada vivia do tight end Vernon Davies e do running back Frank Gore, recebeu o reforço do WR Anquan Boldin, rival no Super Bowl passado quando perderam o título para os Ravens. Porém, nem mesmo com um upgrade desses os Niners foram capazes de melhorar seu desempenho ofensivo, ficando com a 25ª posição no ranking da NFL. Já a sua defesa, dona da 5ª melhor posição no raking geral, continua dando show principalmente em partidas decisivas. Mesmo com um número relativamente baixo de interceptações, os Niners apostam na força bruta de NaVorro Bowman (linebacker com 145 tackles, 5.0 sacks, 4 fumbles e 2 interceptações), Patrick Willis (linebacker com 104 tackles, 3.0 sacks e 2 fumbles), Ahmad Brooks (outside linebacker com 60 tackles, 8.5 sacks, 1 fumble e 1 interceptação), Justin Smith (defensive end com 49 tackles, 6.5 sacks e 1 fumble), Aldon Smith (outside linebacker com 34 tackles e 8.5 sacks) e Tramaine Brock (center back com 37 tackles e 5 interceptações). Para não depender apenas dos turnovers que a defesa possa causar no adversário, os Niners terão que contar com uma partida especial de seus principais jogadores de ataque, como Colin Kaepernick (QB com 21 TDs; 3,197 jardas e rating de 91.6), Frank Gore (RB com 276 carregadas; 1,128 jardas e 9 TDs), Vernon Davies (TE com 56 recepções, 850 jardas, 13 TDs), Anquan Boldin (WR com 85 recepções; 1,178 jardas e 7 TDs) e Michael Crabtree (WR com 19 recepções, 284 jardas e 1 TD).

Já o Green Bay Packers, tradicionalíssimo time da NFC, foi a equipe que se classificou para o wild card com menor aproveitamento, sendo capaz até de empatar na temporada regular com o Minnesota Vikings. Só que a desvantagem dos "cabeças de queijo" pode ser creditada à ausência de Aaron Rodgers, QB que liderou o ranking de rating entre os QBs por um longo período até a contusão que o tirou de combate. No entanto, mesmo com Rodgers parado, os Packers terminaram a temporada regular como a terceira melhor equipe conquistando jardas (400.2), sexta melhor em passes aéreos (266.8), a sétima melhor em jardas corridas (133.5) e a oitava melhor em média de pontos (26.1), números que são muito bons. Todavia, a defesa, que outrora era motivo de orgulho para os Packers, hoje é a 25ª colocada no ranking após, adivinhem, inúmeras contusões (especialmente de Clay Matthews). No entanto, nos últimos 5 jogos a equipe de Wisconsin venceu 3 e perdeu apenas 2, leve ascensão para quem estava fadado às férias de inverno. Além da camisa, os Packers vão precisar bastante da ajuda de Aaron Rodgers (17 TDs; 2,536 jardas e rating de 104.9 - apenas 6 interceptações), Eddie Lacy (RB com 284 carregadas; 1,178 jardas e 11 TDs), Jordy Nelson (WR com 85 recepções; 1,314 jardas e 8 TDs), Randall Cobb (WR com 31 recepções, 433 jardas e 4 TDs), Jermichael Finley (TE com 25 recepções, 300 jardas e 3 TDs), James Jones (WR com 59 recepções, 817 jardas e 3 TDs), Jarrett Boykin (WR com 49 recepções, 681 jardas e 3 TDs), A.J.Hawk (linebacker com 118 tackles, 5.0 sacks, 1 fumble, 1 interceptação), Tramon Williams (center back com 83 tackles, 2.5 sacks, 2 fumbles, 3 interceptações), Brad Jones (linebacker com 84 tackles, 3.0 sacks, 1 fumble), Clay Matthews (outside linebacker com 41 tackles, 7.5 sacks e 3 fumbles), Mike Neal (outside linebacker com 47 tackles, 5.0 sacks, 1 fumble, 1 interceptação), Mike Daniels (defensive end com 23 tackles e 6.5 sacks), Sam Shields (center back com 61  tackles e 4 interceptações) para vencer nos playoffs.

Esse será o duelo de maior tradição e de força física entre as equipes que estão no wild card, sendo que juntos Packers e Niners somam NOVE Super Bowls conquistados. Só que nos últimos três jogos em que eles se enfrentaram o San Francisco venceu todos os duelos (9/9/12 - 30x22, 12/1/13 - 45x31 e 8/9/13 - 34x28). Apesar dos placares apertados, a freguesia de Green Bay deve-se ao belo trabalho que Jim Harbaugh desenvolve há três anos lá em San Francisco, onde montou uma das equipes mais sólidas das últimas temporadas da NFL. Mesmo com uma campanha feia, cheia de buracos e insetos, os Packers receberão os vice-campeões do último Super Bowl em sua casa, o mítico Lambeau Field, graças ao título da divisão North da NFC. Entretanto, um fator alternativo deve atrapalhar o espetáculo entre as duas equipes: Neve. Muita, muita, muita neve é esperada para cair em toda Green Bay neste final de semana. Considerando que os Packers jogam em casa, na neve e sem lesões, a vantagem que poderia ser de San Francisco até duas semanas atrás já não é tão grande assim, especialmente porque Aaron Rodgers veio de uma excelente partida contra o Chicago Bears, justamente em seu retorno aos gramados num jogo decisivo e liderando os Packers à classificação. Sabendo dos poderosos números do setor ofensivo, e com resquícios daquela bela defesa de temporadas atrás, os Packers vão jogar de igual para igual com os Niners. E claro, esse clássico deve ser o jogo mais dramático dos playoffs.

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