Archive for junho 2014

A ascensão do soccer

Ao contrário do que muitos imaginavam, a Copa do Mundo no Brasil está servindo para abrir os olhos dos brasileiros para fatos que se consumavam enquanto a população teimava em ignorar.

Um desses fatos que chamou atenção foi a compra de ingressos para os jogos da Copa. Um país, cuja existência perturba metade da população brasileira, foi responsável por comprar mais de 185 mil ingressos para a Copa, sendo que ao todo mais de 90 mil torcedores desembarcaram em terras brasilis para acompanhar sua seleção. Não, não é a Argentina.

Os Estados Unidos ignoraram o futebol por tanto tempo que outros países mais habituados à bola redonda começaram a desdenhar da capacidade americana de gostar do esporte-rei. Como o futebol é o esporte mais praticado e famoso no mundo, era questão de tempo que a febre chegasse na terra da bola oval. E ela chegou.

No final da década de 1970, Pelé deu o primeiro passo para que a bola redonda quicasse nos gramados americanos quando trocou o Santos pelo New York Cosmos com a pretensão de que, juntamente com Beckenbauer e Chinaglia (e posteriormente Carlos Alberto Torres), pudesse promover o esporte no país. A aventura durou pouco e não fora bem aceita pelos americanos, que relutavam fortemente contra o esporte que era taxado de "anti-patriota". Naquela época, por mais estrelas que os americanos importassem de outros clubes, pouco adiantaria já que a relutância era tremenda contra algo marcado na cultura de outros países. Vale dizer anteriormente os norte-americanos eram muito mais patriotas do que agora (muito se atribuiu à ignorância e falta de estudo, especialmente em regiões cuja escolaridade não era boa).

Entretanto, alguns entusiastas do futebol não desistiram da terra do Tio Sam para o futebol. A Copa de 1994 é o grande exemplo de como uma cultura pode ser alterada quando o patriotismo é revertido. Como a Copa era na casa deles, os americanos se sentiram na obrigação de fazer um bom papel, ou ao menos torcer pela seleção deles. Como o futebol estava apenas engatinhando por lá, seleções como Alemanha e Brasil caíram no gosto dos ianques. E esse foi o estopim para que uma nova cultura fosse implantada nos EUA, mesmo que bem timidamente.

Disputando Copas do Mundo ininterruptamente desde 1990, na Itália, os Estados Unidos foram evoluindo no futebol graças a importação de treinadores brasileiros, holandeses, alemães e italianos para as categorias de base. Como muitos dos "antigos" americanos já estavam velhos demais para reclamar em 1994, uma nova geração de torcedores foi crescendo por lá e, paralelamente, outro fenômeno foi se intensificando no cenário americano.

As grandes ligas americanas (MLB, NBA e NFL) passaram por uma revolução brutal desde suas criações até o final da década de 1990. O beisebol, que um dia já foi chamado de "o passatempo favorito dos americanos", caiu em desgraça depois de tantas denúncias de dopping, manipulação de resultados e descalabro com o dinheiro (o abismo financeiro entre New York Yankees com o restante das equipes era bizarro, não tinha graça), fazendo com que muitos jovens perdessem o gosto pelo jogo. A NBA também sofreu com a diminuição de popularidade por causa do dopping e do predomínio de Los Angeles Lakers e Boston Celtics nas finais (quando não era um o campeão era o outro). Sobrou apenas para a NFL, que deixou de ser o terceiro para ser o primeiro graças à uma visão financeira e esportiva de igualdade (as posições no draft, teto salarial e controle excessivo no anti-dopping). Uma invenção americana, a franquia, também contribuiu para o insucesso da MLB e NBA em relação à NFL, que é muito mais rigorosa com isso. Hoje, o passatempo do americano é o futebol americano.

Como a globalização é massiva, e aquele projeto que se iniciou em 1994, os jovens americanos começaram a praticar mais o futebol da bola redonda em escolinhas de futebol. O crescimento ainda é desigual por lá, porém, existem cidades onde a interação é muito mais intensa, como Seattle por exemplo. Eles perderam o seu maior orgulho no começo dessa década, o Seattle SuperSonics (time de basquete), para Oklahoma (virou o Thunder) por motivos políticos da NBA, justamente na época em que o "soccer" estava ficando em evidência nos EUA. Hoje, existe um ódio supremo por lá com a NBA e todos os fãs do basquete dessa cidade se voltaram para as outras duas equipes da cidade, o Seattle Seahawks (time de futebol americano, atual campeão do Super Bowl) e Seattle Sounders (tricampeão da Taça dos Estados Unidos - 2009, 2010 e 2011), que jogam no estádio mais barulhento do mundo (o pessoal de Seattle ultrapassou a barreira do som TRÊS VEZES em 2013, sendo duas vezes com o Seahawks e uma com o Sounders). Ainda impera entre os americanos o desejo de torcer por aquilo que vale a pena, pois como é dá natureza deles de só torcer para aquilo que tem chance de vencer, mas também é da cultura do americano gostar de esportes, de serem extremamente competitivos e orgulhosos. Quando eles perceberam que havia algo de bom acontecendo no futebol deles, o apoio começou a aumentar e aumentar sem parar. Atualmente, a MLS (Major League of Soccer - liga americana) tem uma média de público bastante superior a do Brasileirão.

Pesquisas revelaram que o "soccer" já está empatado com o beisebol e já ultrapassou o hóquei na preferência dos americanos. Entre os jovens, o "soccer" já é superior ao beisebol, sendo que a venda de camisas oficiais nos EUA é superior as que são vendidas no Brasil e Argentina juntas. O jogo entre Estados Unidos e Portugal, no domingo passado, bateu o recorde de audiência no ano da TV americana, superando até a média das finais da NBA entre Miami Heat e San Antonio Spurs. Mais de 24 MILHÕES de televisores ligados na partida que terminou empatada por 2x2 e mais de 500 MIL STREAMINGS na internet foram rastreados de cidades americanas. Em 2010, mais americanos assistiram a final entre Espanha e Holanda (24.3 milhões) do que a final da MLB entre Texas Rangers e San Francisco Giants (15 milhões), lembrando que naquela Copa os EUA foram eliminados por Gana nas oitavas-de-final.

Aliados à um bom futebol mostrado pelos americanos, com bastante toque de bola e compreensão tática, a presença maciça de americanos no Brasil para ver essa boa seleção de Klinsmann pode ser explicada pela preferência da juventude americana (que está de férias) por um esporte mais emocionante e imprevisível (e mais justo em relação beisebol e ao basquete). Times como Lakers, Celtics, Raiders, Yankees e Trailblazers foram perdendo espaço para Los Angeles Galaxy, Seattle Sounders, Sporting KC, Portland Timbers e Real Salt Lake, que desenvolveram um bom futebol e um belíssimo apoio das arquibancadas. Torcedores fanáticos dos Sounders e Timbers levaram os americanos a criar os AMERICANS OUTLAWS (Americanos Fora-da-lei) para apoiar a seleção, com gritos de guerra e mosaicos.

Em alguns lugares dos EUA a atmosfera durante um jogo da seleção pode ser facilmente confundida com a dos tempos do Dream Team de Michael Jordan e cia durante o auge do basquete, ou até com uma final de conferência no futebol americano. No entanto, parques, bares, escolas, ginásios e centros comunitários armam telões, fecham ruas e até as decoram para assistir os ianques desbravando uma terra que eles admiram muito (no futebol). Parece com a gente, não? Durante a semana, antes da partida contra a Alemanha, foi veiculada uma notícia de que os americanos pediram ao Obama que declarasse feriado nacional para que todos pudessem acompanhar a partida, já que o fuso horário para algumas cidades americanas chegaria a 4 ou 5 horas de diferença para o horário oficial do jogo, que foi às 13:00. Apesar do Obama ser fã declarado do esporte, o presidente resolveu não declarar feriado nacional, o que não impediu que muitos americanos parassem o que estavam fazendo para assistir o duelo que classificou a seleção novamente para a segunda fase da competição mais importante entre confederações do mundo.

Poucos países que possuem uma liga profissional de futebol evoluíram tanto e transformaram uma nação como o futebol fez nos Estados Unidos durante as últimas duas décadas. É claro que, apesar da nítida evolução, existam pessoas nos EUA que não veem com bons olhos um esporte que pode terminar sem gols ou, pior, num empate. Na visão do americano provinciano que ainda não "comprou" o esporte, esses são os motivos para o "soccer" não derrubar de vez outros esportes, cuja probabilidade de terminar sem uma pontuação, ou num empate, é quase zero. Parece bobo para nós, habituados a torcer por um 0x0 salvador, acreditar que isso seja uma justificativa de uma pessoa patriota.

Entretanto, os americanos adotaram o futebol como um esporte digno de se torcer. Vai ser comum à partir de agora vermos americanos chorando com um empate (se for sem gols, pior ainda), é assim jeito deles. É claro que muitos torcem pela vitória, mas, apesar de ser alvo de críticas, o patriotismo faz com que muitos expectadores da seleção norte-americana torçam para Dempsey e cia sem ao menos serem fãs de verdade do esporte, pois trata-se do país deles que está lá jogando numa terra completamente diferente da qual eles amam muito. E muitos desses críticos, sem perceberem, acabam pegando gosto pela bola redonda, tornando-se fãs do melhor jogo do mundo. Muitas celebridades americanas contribuem para que americanos normais comecem a gostar de futebol (veja no link dois parágrafos acima), fato como as visitas de Leonardo di Caprio e Kobe Bryant ao Brasil durante o torneio ajudam a promover o esporte por lá, até o apoio de outros que estão nos EUA como Bruce Springsteen (que até cornetou o Luís Suárez pela mordida), LeBron James, Josh Duhamel, Brad Pitt e Jimmy Fallon endossam esse novo ideal.


Se você não quer acreditar (ou gostar), prepare-se, pois os ianques estão chegando (no futebol).



Mais de 20 mil americanos foram ao Grant Park, em Chicago, para assistir EUA x Alemanha.

































Muitos parques foram tomados por torcedores em Washington.


























O mesmo apoio acontecem na Filadélfia, uma das cidades mais patriotas dos EUA.























Até o basquete parou para ver os EUA jogando contra a Alemanha. Essa foto é do Barclays Center, NY, onde aconteceu o draft da NBA na quinta-feira.


Não podia faltar ele, né? Segundo o Obama, "essa foi a maior partida que nós já jogamos".


















A Copa do Mundo em pedaços - Grupos G e H

A última parte da análise dos grupos da Copa do Mundo. Para maiores informações, clique aqui ver os grupos A, B e C e aqui para ver os grupos D, E e F.


Grupo G











Jogador-chave: Thomas Müller. O jovem atacante do Bayern é a principal esperança de gols dos alemães. Com apenas 24 anos, Müller é tratado como o novo Gerd Müller (ou novo Klose, se preferir). O atacante tem boa estatura e muita mobilidade em campo, além de ser muito técnico e muito bom no arremate. A responsabilidade dada ao artilheiro da Copa do Mundo de 2010 aumentou após a contusão de Schweinsteiger, que vem baleado para o Mundial.

Preocupação: condição física. A Alemanha sofreu demais com as contusões que afastaram Marco Reus, Ilkay Gundogan e os irmãos Bender. Porém, outros jogadores que estão convocados ficaram à mercê de não disputar a Copa por terem sofrido algum tipo de lesão meses antes do Mundial, casos de Bastian Schweinsteiger e Sami Khedira.

Aposta: Julian Draxler. O meia-atacante do Schalke 04 é extremamente cobiçado por Arsenal e PSG, que seguem o rastro do jovem jogador desde a temporada passada. Draxler possui uma bomba de perna esquerda e um passe muito bom, porém, o que deixa a desejar no novato é o seu baixo rendimento em jogos difíceis.

Ficaram de fora: Marcel Schmelzer e Mario Gomez. Como dito antes, a Alemanha sofreu inúmeras baixas por motivo de lesão, o que diminuiu bastante as opções de Joachim Löw. Entretanto, algumas opções consideradas supérfluas pelo treinador acabaram ficando de fora. Schmelzer, lateral-direito de ofício do Borussia Dortmund, foi descartado mesmo a Alemanha não tendo uma opção segura para o setor. Já Mario Gomez pouco atuou pela Fiorentina nessa temporada devido à uma lesão na coxa.

Curiosidades:
- Para não perder a Copa, Khedira se isolou numa clínica isolada no meio de uma floresta na região da Baviera.
- Os alemães são bastantes sisudos e descrentes, porém, existe uma superstição na Alemanha chamada "Maldição da Nutella", que costuma reservar jogadores jovens ao ostracismo após estrelarem suas campanhas publicitárias. Os únicos jogadores que se safaram da maldição são Manoel Neuer e Mesut Özil.
- Kevin Grosskreutz é um personagem a parte na seleção alemã. Ele quase ficou de fora da convocação de Joachim Löw por se machucar numa brincadeira em um hotel americano durante a semana de preparação para a Copa. Porém, Grosskreutz quase ficou suspenso e preso na temporada passada por ter arremessado um KEBAB no rosto de um homem, que ficou com os olhos ardendo em chamas por causa do molho ardido da iguaria árabe.
- Ainda sobre o Grosskreutz, o jogador possui uma história bonita no futebol. Quando era mais jovem, o pequeno Kevin era gandula do seu time do coração, o Borussia Dortmund. Obstinado à alcançar o sonho de ser jogador de futebol, o alemão entrou para a academia de jovens craques do clube aurinegro. Nem precisa falar que deu certo, né?
- A camisa rubro-negra da Alemanha, apesar de bem aceita no Brasil por parte da torcida flamenguista, é considera a pior camisa que a fornecedora da seleção já fez em toda sua história.
- Os irmãos Boateng (Jerome, que atua pela Alemanha, e Kevin-Prince) vão se enfrentar pela segunda vez numa Copa do Mundo.
- A maluca história dos irmãos Boateng não termina aí. Jerome e Kevin-Prince são netos de Helmut Rahn, atacante alemão campeão do mundo em 1954 contra a Hungria de Ferenc Puskas. Se não bastasse, os dois ainda são sobrinhos de Robert Boateng, ex-atacante ganês da década de 1990.
- A equipe alemã é muito caseira. A prova dessa afirmação é o grau de parentesco de 8 jogadores da seleção com outros jogadores, veja: Kevin Grosskreutz (primo de Marcel Grosskreutz, ex-jogador do Borussia Dortmund), Mats Hummels (irmão de Jonas Hummels, que atualmente joga pelo Unterhaching-ALE), Jerome Boateng (irmão de Kevin-Prince Boateng, que defende o Schalke 04, neto de Helmut Rahn e Robert Boateng), Sami Khedira (irmão de Rani Khedira, que é jogador do Red Bull Leipzig), Bastian Schweinsteiger (irmão de Tobias Schweinsteiger, que defende as cores do Bayern de Munique B - detalhe: ele tem 32 anos), Toni Kross (irmão de Felix Kross, meia do Werder Bremen), Miroslav Klose (filho de Jozef Klose, ex-atacante polonês) e Mario Götze (irmão de Fabian Götze, lateral-esquerdo do Unterhaching).
- Todo mundo sabe que a seleção alemã é extremamente globalizada (poderia ser mais caso não tivesse sofrido com lesões), ao todo são 6 jogadores com dupla-nacionalidade: Jerome Boateng (Alemanha/Gana), Shkodran Mustafi (Alemanha/Albânia), Sami Khedira (Alemanha/Tunísia), Mesut Özil (Alemanha/Turquia), Lukas Podolski (Alemanha/Polônia) e Miroslav Klose (Alemanha/Polônia). Desses 6 jogadores apenas 2 nasceram fora da Alemanha, os dois poloneses listados acima.
- Miroslav Klose está muito próximo de ultrapassar Ronaldo na artilharia de todas as Copas, necessitando apenas de 1 gol.
- Miroslav Klose disputou quatro Copas do Mundo por quatro clubes diferentes: Kaiserslautern (2002), Werder Bremen (2006), Bayern de Munique (2010) e Lazio (2014).



Jogador-chave: Cristiano Ronaldo. Vide Lionel Messi, precisa explicar muito sobre o melhor do mundo? O único empecilho na vida de Cristiano Ronaldo vai ser sua forma física, já que o jogador está visivelmente baqueado pela lesão.

Preocupação: criatividade. Existe pouca vida em Portugal sem Cristiano Ronaldo. Paulo Bento não promoveu a renovação que lhe fora atribuída quando assumiu o cargo de treinador e, como a convocação mostra, é difícil acreditar que coisas interessantes possam sair dos pés do contestável Nani e do irregular João Moutinho. O segundo, aliás, é a grande esperança portuguesa caso algo de ruim aconteça com Ronaldo.

Aposta: William Carvalho. O jovem e vigoroso volante do Sporting é alvo de transferência de metade da Europa nesse momento. Esse assédio todo é explicado por sua força na marcação e potente chegada ao ataque, lembrando um pouco o jeito de jogar do Yaya Touré.

Ficaram de fora: Cédric Soares, Josué, André Martins, Danny e Nélson Oliveira. Lembra quando eu falei que Paulo Bento não promoveu a renovação que deveria ter feito? Pois bem, Cédric Soares fez um campeonato muito seguro pelo Sporting nessa temporada e chegou até a figurar em algumas convocações para a Copa, porém, ele fora descartado para dar lugar ao overrated João Pereira, que é mais experiente, mas que mal acerta um cruzamento. Josué, que é um bom meia-armador, do tipo que Portugal precisa, fora descartado por Bento que decidiu levar o Vieirinha, do Wolfsburg. O mesmo pode-se dizer sobre André Martins, que deve ser negociado com o Manchester United após o belo campeonato que fez pelo Benfica. Por que ele não foi convocado? Nem Bento deve saber. Danny, que sempre correspondera bem pela seleção lusitana, sequer foi lembrado por Paulo Bento na preparação para a Copa. Outra ausência inexplicável é Nélson Oliveira, talhado pelo Benfica para ser o camisa 9 da seleção, perdeu lugar para Éder, Hugo Almeida e Helder Postiga, que mal atuou pela Lazio nessa temporada.

Curiosidades:
- Bruno Alves é filho de Washington, ex-jogador do Flamengo, e sobrinho de Geraldo, também ex-jogador do Flamengo na época do Zico.
- Beto, goleiro reserva, tem um desafeto muito grande no futebol, o treinador Jorge Jesus, hoje no Benfica. Quando Jesus era treinador de Portugal, ele afirmou que Beto não poderia ser convocado pois era muito baixinho para ser goleiro. Nessa temporada, Beto, goleiro do Sevilla, pegou dois pênaltis contra o Benfica na final da Liga Europa. A vingança é bela, não?
- Miguel Veloso é filho de Antonio Veloso, um dos maiores laterais-esquerdos da história do Benfica.
- A família de João Moutinho também é totalmente dedicada ao futebol. Nelson Moutinho, o pai de João, foi atacante durante a década de 1970 pelo Olhanense. Os dois irmãos mais velhos, Nélson e David, atuam em ligas menores de Portugal.
- Vieirinha também tem irmãos que jogam futebol e, por uma criatividade tremenda, todos eles jogam sobre a alcunha de Vieirinha.
- Paulo Bento disputou a Copa do Mundo de 2002 por Portugal. Na ocasião, Bento e seus colegas enfrentaram um adversário que está em sua chave hoje, os Estados Unidos (perderam por 3x2). Ah, Portugal ficou em terceiro no grupo.













Jogador-chave: Clint Dempsey. Experiente e vencedor, Clint Dempsey é o grande nome da seleção americana há muito tempo. O jogador, que é muito técnico e bom finalizador, deverá ser escalado como atacante devido à falta de opções confiáveis para o setor. A melhor posição na qual Dempsey se encaixa é a de ponta-de-lança, aquele jogador do meio-campo que sempre chega com perigo na cara do gol.

Preocupação: ataque. Justamente por ter que adiantar Clint Dempsey para o ataque, nota-se que Jurgen Klinsmann enfrenta uma seca nesse setor que é tão importante. Altidore é o nome principal, porém, o potente centroavante costuma se machucar com muita frequência.

Aposta: Julian Green. Joia da base do Bayern de Munique, Julian Green esteve muito próximo de se declarar para a seleção alemã de futebol. Atacante de muita habilidade, Green deve ser utilizado quando os americanos precisarem de um tempero especial na partida. Vale ressaltar que Green já atuou pelas seleções de base da Alemanha.

Ficaram de fora: Oguchi Onyewu, Jonathan Spector, Carlos Bocanegra, Maurice Edu, Landon Donovan e Eddie Johnson. Todos esses jogadores eram tidos como referência ao jovem grupo americano. Entretanto, Klinsmann barrou todos eles por considerar que o ciclo já havia chegado ao fim. A decisão mais polêmica reside em Landon Donovan, que por muitos anos foi o grande expoente do futebol norte-americano, ficou de fora por problemas técnicos. A decisão tomou muitos americanos de surpresa, apesar da razão de Klinsmann ter sido acertada.

Curiosidades:
- Omar Gonzalez é um exímio tocador de saxofone.
- Kyle Beckerman, volante dreadlock dos EUA, afirma que não corta seu cabelo há NOVE anos!
- Graham Zusi, que fora convocado para o lugar do Donovan, estava presente na cerimônia de abertura da Copa do Mundo de 1994, nos EUA.
- Os EUA não ficaram de fora de uma Copa do Mundo desde 1990, na Itália.
- Em 1950, os americanos derrotaram a Inglaterra, aqui no Brasil, por 1x0.



Jogador-chave: André Ayew. Um dos filhos de Abedi Pelé, André Ayew tem tudo para ser melhor que seu pai, que marcou época na história do futebol africano. Bem mais habilidoso, Ayew é a grande esperança de uma seleção muito jovem e desacreditada. Maduro e decisivo, André Ayew vem sendo uma das grandes estrelas do campeonato francês, onde atua pelo Olympique de Marselha.

Preocupação: ingenuidade. O grande problema de quase todas a seleções africanas. Como de praxe, os ganeses não sabe discernir quando é necessário atacar e quando é necessário se defender. Se não bastasse isso, os ganeses também sofrem com a defesa, que só não é mais ingenua por falta de grama.

Aposta: Christian Atsu. Contratado pelo Chelsea junto ao Porto, Christian Atsu está emprestado ao Vitesse, onde fez uma temporada muito forte e decisiva. Rápido e inteligente, Atsu pode fazer uma dupla fatal junto com Ayew. O contra-ataque, principal arma de Appiah, é fatal com esses dois juntos.

Ficaram de fora: Richard Kingson, Isaac Vorsah e Dominic Adiyiah. Kingson foi o goleiro titular de Gana por muito tempo, no entanto, sua qualidade fora diminuindo conforme a idade foi aumentando. Vorsah, que era figurinha carimbada nas convocações para as eliminatória, ficou de fora porque a concorrência no setor era um tanto desleal. Já Dominic Adiyiah, carrasco do Brasil no Mundial Sub20 de 2009, não vingou o que se esperava dele.

Curiosidades:
- Asamoah Gyan é dançarino nas horas vagas. Portanto, não se espante com as suas danças altamente elaboradas. Além disso, Gyan é cunhado do maior espiritualista de Gana.
- Essien foi muito gentil ao dar sua mansão de presente para a ex-noiva. No entanto, a ex-mulher do atacante resolveu transformar a propriedade num RESTAURANTE.
- Essa é apenas a terceira Copa do Mundo que Gana disputa. Em 2006, logo na estréia, os Estrelas Negras conseguiram se classificar para as oitavas-de-final, onde fora eliminado pelo Brasil. Na Copa do Mundo passada, na África do Sul, os ganeses avançaram mais um degrau quando chegaram às quartas-de-final, onde foram eliminados pelos uruguaios.
- Jordan Ayew, irmão mais novo de André Ayew, também está na seleção ganesa.


Grupo H











Jogador-chave: Eden Hazard. O jovem belga é falado no mundo do futebol desde os seus 15 anos quando chamou a atenção de Zinedine Zidane, que o viu jogando pelo Lille. Extremamente habilidoso, Eden Hazard já conseguiu se tornar no principal jogador do Chelsea em tão pouco tempo de casa. Polêmico e arrogante, Hazard ainda tem que provar muito no futebol, mas seus dribles e chutes potentes são excelentes cartões de visitas.

Preocupação: transição de jogadas. Se falta alguma coisa nessa ótima geração belga é a transição de jogadas. Axel Witsel é o grande responsável por transportar a bola da defesa para o ataque, porém, existe um buraco muito grande no meio-campo belga quando isso acontece já que ninguém cobre as costas do excelente volante do Zenit.

Aposta: Kevin de Bruyne. O jovem meia de 22 anos é uma das apostas mais seguras desta Copa do Mundo. Muito forte e visionário, De Bruyne adora jogar pelo meio, quase como um atacante. Sua habilidade com a perna esquerda chamou a atenção do Chelsea em 2011, quando o tirou do Genk. No entanto, o jogador jamais atuou pelo clube londrino e logo fora vendido para o Wolfsburg após retornar de um empréstimo junto ao Werder Bremen. Suas características são muito semelhantes às de Kaká em seu auge.

Ficaram de fora: Koen Casteels, Radja Nainggolan, Jelle Vossen, Igor de Camargo e Zakaria Bakkali. Todos esses jogadores ficaram de fora por opção tática e técnica de Marc Wilmots. De todos esses que ficaram de fora, dois deles poderiam ter entrado facilmente na convocação: Nainggolan e De Camargo. O primeiro é um excelente volante, que tanto marca quanto lança muito bem. Já o segundo é um brasileiro naturalizado belga, que por muito tempo foi o principal jogador de ataque deste país. Hoje, sem Benteke na frente por causa de uma contusão, De Camargo poderia ser uma opção, mas Wilmots preferiu levar outro jogador mais novo em seu lugar.

Curiosidades:
- Essa é a 12ª participação belga numa Copa do Mundo. A melhor colocação deles foi um quarto lugar em 1986, no México.
- Marc Wilmots  e Daniel Van Buyten têm uma coisa em comum: eles estavam presentes na última vez que a Bélgica disputou uma Copa do Mundo. Na época, Wilmots era o capitão da seleção e Van Buyten era apenas um jovem zagueiro buscando espaço no futebol.
- Wilmots teve um gol mal anulado contra o Brasil nas oitavas-de-final de 2002.
- Vincent Kompany, capitão da seleção, é formado em Administração e possui dois bares esportivos (um em Bruxelas e outro na Antuérpia) chamado GOOD KOMPANY.
- O pai de Van Buyten era um renomado lutador de luta-livre na Bélgica durante a década de 1960 até 1980.
- Eden Hazard tem dois irmãos que também são jogadores, o Thorgan (que também é do Chelsea) e o Kylian (White Star).
- 11 jogadores dos 23 convocados estão atuando na Premier League. O Tottenham é a equipe que mais cedeu jogadores, com 3 atletas (Vertonghen, Dembele e Chadli).
- Adnan Junazaj, grande promessa do Manchester United, estava em dúvida sobre qual das SEIS seleções ele poderia escolher defender. Nascido em Kosovo, o grande desejo do meia dos Diabos Vermelhos era atuar por sua terra natal, mas como a Fifa não reconhece Kosovo como um país o jovem jogador optou pela Bélgica. Além de Kosovo e Bélgica, Januzaj poderia ter escolhido entre Albânia, Sérvia, Turquia e Inglaterra.
- Essa polêmica sobre qual seleção Januzaj poderia escolher deixou Kevin Mirallas, atacante do Everton, bastante irritado. Segundo Mirallas, o meia do Manchester United não deveria de ser convocado para a Bélgica já que ele havia recusado defender o país em outra oportunidade.



Jogador-chave: Viktor Fayzulin. O experiente meia do Zenit é a grande esperança russa para armar o jogo nessa seleção com poucos talentos. Fayzulin tem visão de jogo e muita precisão em seus chutes de longa distância.

Preocupação: seleção muito "dura". O grande problema da Rússia é a falta de drible e movimentação. Capello possui bons atletas, mas a maioria não tem muita intimidade com a bola, arriscam muito pouco e quase nem driblam.

Aposta: Aleksander Kokorin. Um dos poucos jogadores russos que buscam o jogo e tenta alguma coisa fora da caixa é o jovem jogador do Dínamo Moscou, Aleksander Kokorin. Polivalente no ataque, Kokorin cai tanto pelas beiradas do campo como pode jogar centralizado. Seu jogo se assemelha um pouco com o do Rooney.

Ficaram de fora: Georgi Schennikov, Aleksandr Anyukov, Diniyar Bilyaletdinov e Vladmir Bystrov. Capello fora criticado pela mídia estrangeira por ter endurecido demais a Rússia, que por sua vez gostou da ideia do italiano. Muitos jornalistas de países diferentes não aprovaram a escolha do treinador que deixou de lado algum desses jogadores que costumam dar mais flexibilidade e movimentação as suas equipes.

Curiosidades:
- Yuri Zhirkov não jogava futebol por gostar do esporte. Zhirkov só jogava futebol para ganhar comida para levar para sua família que era muito pobre para comprar alimentos.
- Kombarov começou muito novo no Spartak, com apenas 4 anos de idade. Porém, alguns anos depois, sua família brigou com os dirigentes do clube e tiraram o garoto de lá. Após estrear pelo arquirrival do Spartak, o Dínamo, o clube precisava de dinheiro e decidiu vende-lo para outra equipe. Sabe qual é? O Spartak...
- Essa é apenas a terceira Copa do Mundo da seleção russa sob esse nome. Quando era União Soviética, os russos estiveram presentes em outras SETE edições do Mundial.
- A Rússia é a única seleção cujo os 23 jogadores atuam no futebol doméstico.













Jogador-chave: Sofiane Feghouli. Habilidoso, inteligente e driblador. Feghouli, que brilhou nessa temporada pelo Valencia, é o grande jogador dessa promissora seleção argelina. O árabe possui todas as características de um clássico armador camisa 10, que para o jogo e o cadencia. Além disso, Feghouli também costuma carregar a bola da defesa até o ataque sempre driblando em direção ao gol.

Preocupação: defesa insegura. A defesa da Argélia é muito dura e pouco técnica, com jogadores altos e desajeitados. Pelo alto eles vão bem, mas quando o adversário é veloz a defesa costuma entregar o pato.

Aposta: Nabil Bentaleb. Outro jogador muito habilidoso e organizador. Bentaleb é a maior promessa das categorias de base do Tottenham, que já o colocou com titular absoluto, barrando até o Paulinho. Forte na marcação, Bentaleb chuta extremamente bem de fora da área, além de gostar muito de arriscar passes longos para os atacantes brigarem no ar.

Ficaram de fora: Adlene Guedioura, Hameur Bouazza, Ishak Belfoldil. Guedioura e Bouazza eram dois nomes bastante conhecidos da equipe argelina por atuarem em clubes ingleses. No entanto, conforme a idade foi chegando, os dois perderam espaço na liga mais exigente do mundo. Como ambos atuam em equipes pequenas agora, nada mais sensato do que desconvocar ambos. Belfoldil é uma jovem promessa da Inter de Milão, que o emprestou ao Livorno para ganhar experiência. O atacante aparenta ter muita personalidade, só que agora a Argélia não tem urgência para convocá-lo.

Curiosidades:
- Brahimi, um dos grandes nomes da Argélia, rejeitou uma convocação argelina no passado com a esperança de defender a França, seleção que ele defendeu em todas as categorias de base até 2011.
- Saphir Taider, jovem promessa argelina, tem um irmão mais velho que atua pela Tunísia, o Nabil Taider.
- Essa é a quarta Copa do Mundo da Argélia, que não marca um gol desde 1982.













Jogador-chave: Son Heung-Min. Conhecido como "Sonsation" (trocadilho com "sensation", sensação em inglês), o bom camisa 9 da Coréia do Sul tem a responsabilidade de comandar todas as ações ofensivas de sua seleção. Presente na geração que abocanhou a medalha de bronze nas Olimpíadas de 2012, Son é um dos grandes nomes do Leverkusen. Muito bom na finalização, Son peca apenas nas decisões das jogadas.

Preocupação: fragilidade física. Apesar da Coréia do Sul ter evoluído bastante no futebol, os asiáticos ainda não conseguiram "crescer" fisicamente. Muitos de seus jogadores são raquíticos, leves e atrapalhados, o que pode prejudicar bastante numa disputa de bola ou na marcação adversária.

Aposta: Ji Dong-Won. Destaque da equipe que foi medalha de bronze nas Olimpíadas de 2012, Ji fez uma temporada interessante pelo Augsburg. Sua campanha foi tão impressionante que ele já assinou contrato com o Borussia Dortmund para a próxima temporada. Com 1,87m, o meia desafia as leis da gravidade ao jogar de ponta-direita.

Ficaram de fora: Shin Kwang-Hoon e Park Ji-Sung. Hong Myung-Bo pouco mexeu em sua seleção durante as eliminatórias asiáticas visando dar muito entrosamento entre os jovens. Com poucos foram convocados, poucos nomes fariam falta numa futura lista para a Copa do Mundo. Esse é o caso de Shin, que atuou em 70% dos jogos da Coréia durante as eliminatórias e mesmo assim fora cortado de última hora. Já o maior mito da seleção asiática, o meia Park Ji-Sung, famoso por ter jogado no Manchester United, decidiu se aposentar no meio da temporada passada. 

Curiosidades:
- Uma das esperanças da Coréia do Sul para essa Copa é o atacante Park Chu-Young, que possui um QI de 160 pontos!
- Lee Keun-Ho está, ao mesmo tempo que joga futebol profissionalmente, prestando seu serviço militar obrigatório! Na Coréia, a lei do serviço militar é diferente e não existe brecha para escapar dela. Todo homem com idade entre 21 e 35 anos terá que ficar preparado para ser chamado abruptamente para servir o país por 21 meses, independentemente da sua posição ou classe social.
- Essa é a nona Copa do Mundo que a Coréia do Sul disputa. Desde 1986 que os asiáticos não deixaram de disputar nenhuma edição.

A Copa do Mundo em pedaços - Grupos D, E e F

Continuação da primeira parte, que você pode acompanhar aqui.

Grupo D












Jogador-chave: Wayne Rooney. O raçudo atacante do Manchester United é a grande esperança dos Three Lions para a Copa devido a juventude de seus atacantes. Rooney, que nem é tão velho velho assim (tem apenas 28 anos), foi um dos poucos que se salvaram na desastrosa temporada dos Diabos Vermelhos. Pela seleção, Rooney terá um papel diferente do qual está acostumado no United, que é ser responsável pela criação de jogadas.

Preocupação: setor ofensivo. O setor ofensivo da seleção inglesa é muito bom, porém, existe um grande problema que pode transformar uma arma em um fardo: a falta de criação. O meio-campo inglês é composto por Gerrard, Henderson, Sterling, Rooney e Welbeck, que resulta em dois volantes e três homens responsáveis pela armação - sendo que Sterling e Welbeck jogam pelas pontas. O problema disso tudo é que Rooney não possui os atributos necessários para ser um armador de fato. Seria mais interessante avançar o Gerrard para essa posição, ou tentar confiar em Wilshere, um garoto que muito se espera e que pouco corresponde.

Aposta: Luke Shaw. O jovem lateral-esquerdo de 18 anos fez uma temporada tão fantástica pelo Southampton que seu desempenho fora definitivo para que Roy Hodgson optasse por sua convocação ao invés de chamar o experiente Ashley Cole. Rápido, habilidoso e seguro na marcação, Shaw é a grande aposta dos Three Lions para o futuro. Talvez ele receba poucas oportunidades de ser titular durante a Copa, mas caso Hodgson precise do Baines no meio-campo para auxiliar na criação, Shaw deverá entrar e dar conta do recado.

Ficaram de fora: Ashley Cole, Michael Carrick, Aaron Lennon e Joleon Lescott. Como dito antes, Ashley Cole ficou de fora devido à ascensão muito rápida de Luke Shaw e, adicionando uma temporada fraca pelo Chelsea, culminou na desconvocação do jogador. Aaron Lennon, que viveu altos e baixos (mais baixos) pelo Tottenham, viu o seu lugar ser preenchido por Raheem Sterling, grande promessa do Liverpool e esperança inglesa nessa Copa. Lescott, que era constantemente convocado por Hodgson, ficou de fora devido as fracas atuações pelo Manchester City na fase mais aguda do campeonato inglês. No entanto, a grande decepção e surpresa da convocação inglesa para a Copa foi Michael Carrick. O excelente volante do Manchester United ficou de fora por opção tática de Hodgson, que não deu muitas explicações do porquê ele preferiu deixar o grande volante dos Diabos vermelhos de fora. Carrick teria um papel essencial nessa seleção inglesa, que apesar de jovem, necessita muito de rodagem.

Curiosidades:
- Rickie Lambert, atacante do Southampton que vai assinar pelo Liverpool oficialmente depois da Copa, tem uma das histórias mais bonitas de superação deste Mundial. Lambert era jogador das categorias de base do seu futuro clube, o Liverpool, quando tinha 15 anos. Por ironia do destino, Lambert foi dispensado do Liverpool, time pelo qual torce até hoje. Ainda jovem, Lambert foi parar no Blackpool, onde recebeu poucas chances de atuar até ser dispensado. O atacante inglês ficou QUATRO MESES livre no mercado e, durante esse período, o jogador teve que trabalhar numa fábrica que engarrafava beterrabas até assim com um clube da terceira divisão inglesa. Após anos lutando, Lambert assinou com o Southampton, clube onde virou ídolo. Fato curioso sobre Lambert: desde que assinou pelos Saints, em 2009, ele nunca perdeu um pênalti.]
- O único jogador do elenco da Three Lions que não atua em solo inglês é o goleiro reserva Fraser Forster, que joga no Celtic.
- O campeão inglês, Manchester City, cedeu apenas dois jogadores para a seleção inglesa (Joe Hart e James Milner).
- Apesar de ter inventado o futebol, os ingleses nem sempre se dão muito bem com o esporte. A seleção inglesa participou de 14 mundiais, sendo que ela ficou de fora de todos os mundias até a parada ocasionada pela Segunda Guerra. Depois de 1950, os ingleses deixaram de disputar o Mundial de 1974, 1978 e 1994.



Jogador-chave: Andrea Pirlo. Gênio do futebol que será o grande responsável pelo orquestramento da Azzurra. Mesmo com 35 anos, Pirlo parece cada vez mais elegante e técnico, ostentando passes milimétricos e visão de jogo ímpar. A única coisa que joga contra a Itália e o Pirlo é a idade avançada do meio-campista.

Preocupação: Defesa. Quem diria que um dia viveríamos tempo suficiente para cornetar a defesa italiana. Mestres na defesa, a Itália sofre com a baixa de jogadores importantes no setor e com as peças de reposição que não são confiáveis. Criscito e Ranocchia estão fora por causa de lesões. Bonucci e Barzagli estão baleados, apesar do último ter participado de mais partidas nos amistosos. Paletta, que fora convocado às pressas para servir uma seleção que não é sua, já que o zagueiro é argentino de nascimento, não é nem um pouco confiável e costuma entregar. Se não bastasse, Chiellini não vive um bom momento e Buffon está machucado.

Aposta: Lorenzo Insigne. O atacante do Napoli é uma versão mais jovem de outro jogador do elenco da Azzurra, o atacante Antonio Cassano. Lorenzo Insigne é rápido, habilidoso e cheio de personalidade, característica que já chamava a atenção quando atuava pelo Pescara, ao lado de Verratti.

Ficaram de fora: Alessandro Florenzi, Emanuele Giaccherini, Pablo Osvaldo, Mattia Destro e Giuseppe Rossi. A Itália vive uma situação completamente diferente dos últimos anos. Com uma defesa contestada, foi difícil achar jogadores bons e confiáveis para preencher a posição. No entanto, o ataque, que nem sempre foi a grande especialidade italiana, deixou vários nomes pelo caminho. Florenzi é um meia que ataca e defende com muita propriedade, porém, seu nome foi desconsiderado em razão da grande quantidade de nomes "pesados" no setor italiano. Giaccherini perdeu a sua vaga para Insigne, o que é perfeitamente compreensível já que o jogador do Napoli é mais habilidoso e inteligente. Já o trio formado por Osvaldo, Destro e Rossi causou polêmica devido às escolhas de Prandelli. Dois nomes eram certezas: Balotelli e Immobile (artilheiro do Calcio) eram escolhas incontestáveis já que a temporada dos dois fora muito forte. Osvaldo conseguiu sua transferência para a Juventus visando uma vaga na Azzurra, mas Prandelli preferiu levar jogadores que estavam em maior atividade em seus clubes, logo seu nome fora excluído de vez. Destro alternou a temporada como reserva e depois titular da Roma, que abocanhou o segundo lugar do Calcio. Se Destro tivesse uma regularidade maior a sua vaga poderia ter vindo no lugar do Cerci. No entanto, a opção de não levar Giuseppe Rossi causou um verdadeiro tumulto. Forjado para ser o grande nome do ataque italiano, Rossi se contundira pouco tempo antes da Itália iniciar seus preparos para a Copa. Segundo o jogador, suas condições de jogo eram perfeitamente normais, porém, Prandelli não teria confiado piamente em sua recuperação e optou por levar o veterano Cassano em seu lugar.

Curiosidades:
- Após terminar sua recuperação, Buffon deve igualar o recorde de Carbajal e Matthaus de participações em Copas (5 edições).
- Chiellini escreveu um livro sobre um grande ídolo italiano: Gaetano Scirea (Existe um anjo branco e preto. Meu mestre se chama Scirea).
- Pela primeira vez, a Itália, após várias edições de Copas, participará de um Mundial sem um jogador da Inter de Milão.
- A Itália é a segunda seleção que mais participou de Mundiais. Atrás apenas do Brasil, a Itália só não disputou o Mundial de 1958, na Suécia.
- Sem um representante desde 1994, nesta edição o Torino emplacou três convocados (Matteo Darmian, Alessio Cerci e Ciro Immobile).
- Antes extremamente patriota, a Azzurra hoje conta com três "estrangeiros" no elenco: Gabriel Paletta, Thiago Motta e Mario Balotelli. Os dois primeiros, inclusive, chegaram a defender a Argentina e o Brasil nas categorias de base, respectivamente. Já Balotelli é ganês de nascimento, mas fora adotado por um casal italiano quando ainda era bem pequeno.












Jogador-chave: Luís Suárez. Após temporada monstruosa pelo Liverpool, onde disputou 33 partidas e fez 31 gols, Luísito Suárez é o grande nome da Charrua. Ao lado de Cavani, o atacante do Liverpool precisa se manter saudável para que possa causar estrago e terror nas defesas adversárias.

Preocupação: média de idade elevada. O jeito de jogar já é manjado por todo mundo, porém, como se faz para parar o coração uruguaio? Simples, forçar jogadas de vitalidade. A defesa celeste está bastante envelhecida, assim como o meio-campo. Lugano, capitão do Uruguai, está sem clube, sem joelho e com 35 anos, requisitos que podem enterrar não só o zagueiro como todo o time uruguaio.

Aposta: Gastón Ramirez. Destaque na belíssima campanha do Southampton durante a Premier League deste ano, Gastón Ramirez é um dos poucos jogadores uruguaios com menos de 25 anos de idade. Titular em solo inglês, Ramirez busca sua afirmação com a camisa celeste. Com ótima visão de jogo e dotado de bom passe e chute de longa distância, o meia possui todas as características clássicas de um jogador dessa posição feito no Uruguai.

Ficaram de fora: Alejandro Silva e Sebá Fernández. O ala do Lanús foi a grande decepção na convocação de Oscar Tabarez, que preferiu levar o experiente Jorge Fucile. Já Sebá Fernández ficou de fora justamente porque Tabárez confia piamente na recuperação de Luís Suárez.

Curiosidades:
- Arévalo Rios não sabe usar e muito menos tem um computador em sua casa.
- Crístian Rodríguez tem um dos apelidos mais originais desta Copa: El Cebola. Motivo? Seus dribles são tão bons que fazem os adversários chorarem de medo. Então tá, né?
- Dentre os 23 convocados por Tabárez, apenas um jogador atua no Uruguai e, ainda assim, por empréstimo: Sebástian Coates, que atualmente defende as cores tricolores do Nacional está atuando na equipe uruguaia por empréstimo do Liverpool.












Jogador-chave: Keylor Navas. O goleirão de 27 anos do Levante foi um dos principais destaques da posição no campeonato espanhol desta temporada. Navas não é um gigante (tem apenas 1,86m), mas ele é capaz de se transformar numa verdadeira muralha. Além de ter uma ótima colocação, o costarriquenho possui reflexos apurados e uma excepcional saída de bola.

Preocupação: porte físico. Os costarriquenhos são muito leves, o que pode ser um problema quando Los Ticos forem enfrentar alguma equipe que chegue mais junto.

Aposta: Joel Campbell. Rápido, muito rápido! O jovem jogador do Arsenal, que estava emprestado ao Olympiacos nessa temporada, é um corisco e deve aprontar muito para cima dos adversários pesadões da Costa Rica. Além disso, Campbell é bom no arremate.

Ficou de fora: Álvaro Saborío. Todos os jogadores que se contundiram foram excluídos de prontidão, porém, Saborío é um ícone costarriquenho. Maior artilheiro dos Ticos, Saborío nunca atuou num grande centro, mas ele sempre deu conta do recado quando exigido.


Grupo E












Jogador-chave: Karim Benzema. O centroavante do Real Madrid é um dos homens de frente mais completos desse Mundial. Benzema começou como ponta no Lyon, porém, após constatarem que o seu faro de gol e o seu porte físico eram mais úteis perto da área do que na beirada do gramado, o francês, que é filho de argelinos, começou a destruir tudo.

Preocupação: laterais. Evra está em um fim de ciclo e o Debuchy não é lá muito confiável. As opções no banco de reservas não animam muito, pois Bacary Sagna (direita) e Lucas Digne (esquerda) não fizeram por onde quando tiveram suas oportunidades. O lateral-direito, inclusive, já foi alvo de protesto dos torcedores franceses para que não fosse titular durante as eliminatórias.

Aposta: Antoine Griezmann. O jovem ponta-esquerda da Real Sociedad vem chamando a atenção dos gigantes europeus graças à sua grande habilidade com a perna esquerda. Griezmann, que nunca jogou no futebol francês, é extremamente habilidoso e muito parecido com Ribery, pois ele não só consegue driblar em alta velocidade como também possui visão de jogo apurada, além do ótimo chute de longe. Deve ser a alternativa para substituir o papel de Ribery, que fora cortado.

Ficou de fora: Samir Nasri. Deschamps declarou que Nasri nunca se destacou o suficiente pelos Bleus e, baseando-se nessa premissa, resolveu deixar o meia do Manchester City de fora. Nasri é muito habilidoso, enjoado e organizador de jogadas, porém, o seu papel pode ser desempenhado com a mesma categoria pelo Valbuena, meia do Olympique de Marselha.

Curiosidades:
- A França foi a seleção que menos pontuou dentre as classificadas para a repescagem da UEFA.
- Pogba saiu muito jovem do Manchester United por brigar muito com Alex Ferguson. Durante uma dessas discussões com o lendário treinador escocês, Pogba recebeu o apelido de Nelson Mandela por não temer uma repreensão de alguém com mais poder do que ele.
- Varane, jovem zagueiro francês, quase não assinou pelo Real Madrid quando tinha 18 anos. Na oportunidade, Varane estava ESTUDANDO para um teste que lhe permitiria ingressar na faculdade quando simplesmente ZIDANE ligou em sua casa para convidá-lo a jogar pelo Real. Varane chegou a dizer à Zidane que estava muito ocupado estudando para se preocupar com uma transferência.
- Existem mais jogadores franceses convocados que atuam na Premier League do que na liga francesa. Ao todo são 10 jogadores franceses "ingleses" contra 8 jogadores franceses "de verdade".










Jogador-chave: Shaqiri. Baixinho, porém invocado. Shaqiri é rápido, driblador e forte. Atualmente jogando pelo Bayern, o meia-atacante gosta muito de resolver as coisas sozinho, porém, o seu individualismo é responsável por seu status no clube bávaro, que o usa somente quando a situação requer profundidade. Na Suíça, Shaqiri possui outro status, o de salvador.

Preocupação: um criador de jogadas confiável. Apesar de ser o camisa 10 da seleção, Granit Xhaka está mais para um trequartista/ponta-de-lança do que meia de criação. O jogador do Borussia Monchengladbach peca nesse quesito, mas sua força na chegada dentro da pequena área é notável. Caso o gargalo aperte, a Suíça pode sofrer já que o mais próximo que ela tem nessa função é o Xhaka.

Aposta: Ricardo Rodriguez. O jovem lateral-esquerdo do Wolfsburg é muito potente em tudo que faz na beirada do campo. Bom na marcação e preciso nos cruzamentos, Ricardo Rodriguez tem um ás na manga que o faz ser um dos laterais sub-21 mais desejados na Europa: um canhão de perna esquerda. Parece com algum lateral brasileiro, não acham?

Ficaram de fora: Eren Derdiyok e Pajtim Kasami. Derdiyok era o principal atacante da Suíça até meados das eliminatórias, porém, devido uma seca brutal de gols o jogador perdeu não apenas a titularidade como perdeu uma vaga na equipe. Já o volante Kasami, que caiu junto com o Fulham, perdeu espaço por opção do treinador.

Curiosidades:
- A Suíça continua sendo a única seleção que fora capaz de ser eliminada de uma Copa do Mundo sem tomar gols (2006, na Alemanha).
- Shaqiri nasceu em Kosovo, mas é descendente de albaneses e morou perto da França.
- Ricardo Rodriguez tem outros dois irmãos que jogam futebol profissionalmente. O mais velho, Roberto, é meia do St. Gallen e o mais novo, Francisco, atua pelo Zurich, time que revelou Ricardo.
- Benaglio é embaixador de uma campanha contra o ciberbullying.
- Até 2012, Fabian Schar, zagueiro do Basel, atuava na segunda divisão suíça e trabalhava como bancário para conseguir viver.
- Josip Drmic é filho de croatas, porém, o jovem atacante renegou suas origens e optou por defender a Suíça. Entretanto, Drmic não passou no teste para obter a cidadania suíça. O jogador ficou "sem país" por 2 anos.












Jogador-chave: Antonio Valencia. Extremamente contestado no Manchester United, Antonio Valencia é uma das esperanças equatorianas. O meia joga pela ponta direita e deve ser o principal assistente dos atacantes.

Preocupação: goleiro. Nenhum dos três goleiros do Equador são confiáveis. Porém, o goleiro titular, Alexander Dominguez, conseguiu a vaga apenas por ser alto. Todavia, Dominguez é muito fraco, o popular "mão-de-alface", e quase nunca ganha uma disputa aérea apesar de sua envergadura.

Aposta: Carlos Gruezo. Revelação do Stuttgart, o jovem meia equatoriano é bastante habilidoso. Bancado como titular pelo treinador, Gruezo pode pecar pela inexperiência, já que no Stuttgart ele raramente é escalado em entre os 11 iniciais.

Ficaram de fora: Joffre Guerrón, Fidel Martinez e Junior Sornoza. Famoso por destruir o Fluminense na final da Libertadores de 2008, Joffre Guerrón está fora desta Copa por causa do pouco futebol que vem jogando. Já Fidel Martinez, que fez uma belíssima Libertadores pelo Tijuana no ano passado, ficou de fora porque Reinaldo Rueda tem mais confiança no jovem Gruezo. O mesmo pode-se dizer sobre Junior Sornoza, que atua pelo Independiente Del Valle, cuja boa campanha nessa temporada chamou atenção de vários clubes argentinos.

Curiosidades:
- Em meio a tantas opções estrangeiras e famosas, o Emelec é a equipe que mais cedeu jogadores para seleção.
- Enner Valencia, homem gol do Pachuca, ordenhava vacas e vendia leite na pista para conseguir dinheiro para comprar uma chuteira.
- Christian Noboa, volante de categoria do Dinamo Moscou, ficou quase um mês gripado por ter comido neve.













Jogador-chave: Maynor Figueroa. Rápido e forte, o lateral do Hull City deve ser a única grande opção do treinador hondurenho.

Preocupação: violência e falta de habilidade. Será que Honduras conseguirá terminar uma partida dessa Copa do Mundo sem nenhuma expulsão? Outra coisa, a pouca criatividade dos caribenhos residem num jogador jovem e sem estrada.

Aposta: Andy Najar. O jogador jovem e sem estrada é Andy Najar, que atua pelo Anderlecht-BEL. Najar apresenta categoria e intimidade com a bola. Mas, todos sabem que uma andorinha só não faz verão.

Ficaram de fora: David Suazo e Alan Lallin. Suazo decidiu se aposentar na reta final de preparação da seleção hondurenha. Já Lallin ficou de fora por opção.

Curiosidades:
- Por incrível que pareça, essa é a terceira Copa de Honduras.
- Óscar Boniek Garcia, meia da seleção, ganhou o sobrenome "Boniek" por causa de seu pai, que era jogador da seleção olímpica de Honduras que chegou a enfrentar o original polonês. Caso não se chamasse Boniek, Óscar se chamaria JAIRZINHO.
- Costly, principal jogador do ataque hondurenho, ficou 6 meses fora do futebol porque não conseguiu se transferir do futebol americano para o europeu.
- Luís Fernando Suárez, treinador da seleção de Honduras, não aceita que seus jogadores usem bonés. 



Grupo F












Jogador-chave: Lionel Messi. Não preciso explicar, certo? A única coisa que deixa em dúvida sobre o super astro argentino é a sua condição mental, pois Messi até hoje nunca foi bem em uma Copa do Mundo.

Preocupação: defesa. Apesar de não ter sofrido um gol sequer durante os amistosos, a defesa argentina é a grande preocupação para Alejandro Sabella, que possui muito jogadores low profile e pouca bagagem.

Aposta: Marcos Rojo. Mesmo tendo uma defesa inconstante e pesada, Marcos Rojo é a grande aposta argentina nessa experiente seleção portenha. Capaz de jogar tanto na zaga quanto na lateral-esquerda, Rojo é especulado no Barcelona.

Ficaram de fora: Gino Peruzzi, Nicolás Burdisso, Eduardo Salvio, Javier Pastore, Éver Banega, Erik Lamela, Carlos Tevez e Mauro Icardi. Sabella convocou uma seleção muito forte no ataque e bem fraca na defesa. Entretanto, sobram-se opções numa possível convocação e uma delas é Gino Peruzzi, que é lateral-direito e zagueiro, além do experiente Burdisso que é a grande surpresa que ficou de fora nessa defesa jovem e inexperiente que Sabella levou. O meio-campo argentino gerou muitas surpresas e polêmicas (uma delas se refere à Messi, que teria palpitado na convocação de Sabella), ainda mais pelas ausências de Salvio, Pastore e Banega. O primeiro teve uma temporada inesquecível pelo Benfica, enquanto o segundo pouco jogou pelo PSG e o terceiro, em menor escala, também não agradou muito mesmo tendo feito boas partidas pelo Newells. Duas apostas argentinas perderam espaço nessa convocação devido a grande concorrência contra grandes nomes. Lamela, que aos poucos vai buscando a titularidade no Tottenham, e Mauro Icardi se consolidou como o grande nome da Inter para o ataque no futuro. A única pergunta que ainda não foi respondida remete à Tevez, que foi o artilheiro do Calcio e simplesmente fora ignorado por Sabella. Eu levaria o Apache no lugar do Lavezzi.

Curiosidades:
- Sabe quem é o Chiquito? Por esse nome você não deve saber, mas se eu te contar que esse cara é o Sergio Romero, goleiro titular da albiceleste, tudo fará mais sentido. Confira os principais apelidos dos jogadores argentinos: Fernando Gago (La Pintita - O galã), Angel Di María (El Fideo - é um tipo de macarrão fininho), Maxi Rodríguez (La Fiera - A Fera), Javier Mascherano (El Jefecito - O chefezinho), Gonzalo Higuai (Pipita - gíria para chamar alguém de narigudo), Sergio Aguero (Kun - era um personagem de desenho animado), Lionel Messi (La Pulga - A Pulga), Rodrigo Palacio (La Joya - A Joia), Ezequiel Lavezzi (Pocho - Fruta Podre) e Alejandro Sabella (Pachorra - O Calmo).
- Mascherano estreou como profissional na seleção argentina antes de estrear como profissional no River Plate.
- Alejandro Sabella foi um dos primeiros jogadores latinos a jogar na Premier League. Em 1978, Sabella fora contratado pelo Sheffield, que inicialmente queria trazer um tal de Diego Maradona.













Jogador-chave: Edin Dzeko. O bom centroavante do Manchester City é o grande nome da estreante em Copas. Dzeko será o responsável por anotar os gols dos bósnios, que necessitarão de uma Copa inspirada do atacante.

Preocupação: defesa. Apesar de ter em Spahic sua pedra fundamental, a seleção da Bósnia é muito lenta e bastante fraca tecnicamente.

Aposta: Miralem Pjanic. O espetacular meio-campista da Roma não é nenhum moleque, já que ele tem 24 anos. Entretanto, o orquestrador da Bósnia terá uma grande chance de abocanhar um contrato com um gigante europeu caso faça uma Copa digna do que se espera dele.

Ficou de fora: Adnan Zahirovic. O jovem atacante do Bochum ficou de fora da seleção porque se machucou muito durante a temporada e quase nem participou da temporada da segunda divisão alemã. Entretanto, Zahirovic é muito cotado na Europa.

Curiosidades:
- O pai de Pjanic foi "refém" de um clube da terceira divisão da Iugoslávia. Na época, o pai de Pjanic queria sair do clube para outro por causa da guerra.
- Dzeko é o maior artilheiro da história da Bósnia, porém, nem sendo o maior astro da equipe lhe dá credenciais para fugir da zoeira. Em seu país, Dzeko é conhecido como "o Poste de Luz".
- Asmir Begovic já marcou um gol de dentro da sua pequena área numa partida pelo Stoke City.
- Tino-Sven Susic é sobrinho do treinador Seset Susic. Sua convocação foi extremamente contestada porque Susic é reserva no Hajduk Split, da Croácia.
- Hajrovic, até certo tempo atrás, era jogador da Suíça. Após muitas críticas, o ponta do Galatasaray mudou de ideia e resolveu firmar seus serviços a favor da Bósnia.











Jogador-chave: Reza Ghoochannejhad. Ainda bem que ele prefere ser chamado de Reza, já que o seu sobrenome é quase impronunciável. O centroavante iraniano é rápido e possui um excelente cabeceio.

Preocupação: porte físico. A condição física dos comandados por Carlos Queiroz é muito questionada. Se não bastasse, a média de altura da seleção é uma das mais baixas da Copa.

Aposta: Ehsan Hajsafi. O jovem meia da seleção iraniana é um excelente chutador de média distância. Com sua perna esquerda, Safi costuma dar trabalho aos goleiros com seus petardos. 

Ficaram de fora: Gholamreza Rezaei e Mojtaba Jabari. Dois jogadores experientes que foram usados por Queiroz durante a disputa das eliminatórias, mas que foram descartados por questões técnicas e físicas.

Curiosidades:
- Ashkan Dejagah, um dos jogadores mais conhecidos do Irã, não é unanimidade em seu país. Motivo? Tatuagens. Pintar a pele no Irã é proibido e, graças à audácia, Dejagah é sempre obrigado a jogar de mangas longas quando usa o uniforme iraniano.
- Daniel Davari, goleiro reserva do Irã, quase não viajou para o Brasil por motivos burocráticos. Davari possui dois passaportes, um islâmico e outro alemão.













Jogador-chave: Vincent Enyeama. O elástico goleiro da Nigéria deve ser o grande destaque dessa renovada seleção. Apesar de ser baixinho para um goleiro (1,80m), Enyeama possui um senso de colocação espetacular.

Preocupação: organização tática. Assim como todas as seleções africanas, a Nigéria sofre muito com a sua pífia organização tática. Sem saber muitas vezes o que fazer em campo, a Nigéria se torna uma presa fácil quando o adversário consegue anular sua única arma de verdade: a velocidade.

Aposta: Ogenyi Onazi. O jovem volante da Lazio é incansável na marcação. Onazi promete fazer uma dupla intransponível juntamente com Obi Mikel, vangloriado volante do Chelsea.

Ficaram de fora: John Utaka, Sunday Mba, Victor Obinna, Ikechukwu Uche, Obafemi Martins e Ideye Brown. Todos esses atacantes foram essenciais para a Nigéria, além da maioria jogar em grandes ligas. Entretanto, após várias disputadas com a federação do país, esses jogadores foram "esquecidos" pelo treinador Stephan Keshi. Chamado de "O Chefão", Keshi costuma fazer sua "família" assim como o treinador da seleção brasileira.

Curiosidades:
- Onazi já interrompeu um assalto em Roma. O volante correu atrás de um batedor de carteiras que tinha roubado uma mulher e devolveu o objetivo a dona.
- Enyeama pode ser um grande goleiro, porém, seus companheiros de clube no Lille procuram ficar um pouco longe do Pastor. Enyeama vive tentando converter seus colegas para a igreja.

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